A junção dos bombeiros de Faro numa estrutura única e a queda da designação de municipais e voluntários está de acordo com as recomendações da mais recente lei que regula o sector e pretende agilizar e estruturar a resposta destas forças às situações de emergência, garantiu o presidente da Câmara de Faro Macário Correia.
O autarca aproveitou o discurso oficial na cerimónia de apresentação da Força Operacional Conjunta (Focon) dos Bombeiros de Faro para explicar a sua decisão de juntar as duas corporações de bombeiros do concelho, sujeita a muitas críticas.
A polémica não esmoreceu a pompa e circunstância da parada do 1º de Dezembro, que decorreu frente aos Paços do Concelho de Faro.
Além da criação formal da Focon, esta cerimónia serviu ainda para empossar o novo comandante operacional municipal dos bombeiros de Faro Aníbal Silveira. Foi ainda reconhecido como 2º Comandante Vítor Afonso, até agora comandante interino dos Bombeiros Municipais.
Provando que a polémica ainda não terminou, os Bombeiros Municipais de Faro anunciaram hoje que vão estar presentes na Assembleia Municipal, marcada para esta noite, às 21h30.
Os Municipais de Faro «vão mostrar, com a sua presença, aos responsáveis autárquicos, a sua indignação face à sua actual situação profissional, depois da criação da Força Operacional Conjunta, que colocou Bombeiros Voluntários a comandar Bombeiros Profissionais».
Na reunião vão estar presentes todos os bombeiros municipais, excepto os que estiverem de serviço.
No seu discurso no passado dia 1, Macário Correia chegou a ser bastante crítico no seu discurso, mencionando mesmo problemas de indisciplina no seio dos Bombeiros Municipais.
No entanto, o presidente da Câmara de Faro mostrou-se, à margem da sessão, descontraído e até propenso ao humor.
No seu discurso, justificou a sua medida com as palavras de um dos principais detractores da medida, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Fernando Curto.
Numa entrevista dada a diversos jornais, este responsável elogiou a intenção de unir as duas corporações, considerando que era algo ao nível do que melhor se fazia na Europa.
Mais tarde, Fernando Curto veio a público garantir que não sabia que a fusão dos Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro iria acontecer já e que na reunião que manteve com Macário Correia não lhe foi dito nem que se iria avançar para a junção dos dois corpos, nem que a designação Municipais iria cair.
Para o autarca farense, a aparente contradição entre as duas declarações «deve ser um problema de saúde».
Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Faro explicou que a lei que saiu em 2007 e que regula os corpos de bombeiros criou a figura dos corpos mistos e deixou cair a designação de voluntários e municipais. «O que há agora são corpos detidos por autarquias ou por associações», ilustrou.
Em qualquer uma delas podem coexistir bombeiros profissionais e voluntários.
Quanto a Faro, Macário Correia garantiu que não está em causa a progressão na carreira dos bombeiros profissionais e que irão ser abertos os devidos concursos já em 2010.
No que diz respeito ao comandante, a autarquia visou cumprir a lei e nomeou o único bombeiro graduado dos quadros das duas corporações farenses que cumpria todos os requisitos exigidos, o até agora comandante dos voluntários de Faro Aníbal Silveira.
A lei exige que o comandante «tenha efectiva experiência de comando e seja licenciado», o que fazia deste oficial «a única opção».
Daqui a um ano, garantiu ainda Macário Correia, será aberto um concurso público para o cargo de comandante, «ao qual o comandante Aníbal Silveira poderá concorrer, assim como outros, e que acreditamos que tenha boas possibilidades de vencer».
Quanto à oficialização de Vítor Afonso como 2º Comandante, o autarca disse que foi uma questão de reposição da justiça, já que este bombeiro assumiu responsabilidades sem o reconhecimento profissional devido.
Uma situação que já havia levado o Comando Distrital de Operações de Socorro a interpelar a anterior Câmara de Faro, exigindo que a situação fosse regularizada, por não reconhecer a figura de comandante interino.
Pedido feito em duas ocasiões, como revelou Macário Correia, que leu mesmo os ofícios no seu discurso.
Já Aníbal Silveira mostrou-se tranquilo, apesar da polémica que envolveu todo este processo e disse esperar que todos os bombeiros cumpram o seu dever de prestar auxílio às populações.
A polémica não esmoreceu a pompa e circunstância da parada do 1º de Dezembro, que decorreu frente aos Paços do Concelho de Faro.
Além da criação formal da Focon, esta cerimónia serviu ainda para empossar o novo comandante operacional municipal dos bombeiros de Faro Aníbal Silveira. Foi ainda reconhecido como 2º Comandante Vítor Afonso, até agora comandante interino dos Bombeiros Municipais.
Provando que a polémica ainda não terminou, os Bombeiros Municipais de Faro anunciaram hoje que vão estar presentes na Assembleia Municipal, marcada para esta noite, às 21h30.
Os Municipais de Faro «vão mostrar, com a sua presença, aos responsáveis autárquicos, a sua indignação face à sua actual situação profissional, depois da criação da Força Operacional Conjunta, que colocou Bombeiros Voluntários a comandar Bombeiros Profissionais».
Na reunião vão estar presentes todos os bombeiros municipais, excepto os que estiverem de serviço.
No seu discurso no passado dia 1, Macário Correia chegou a ser bastante crítico no seu discurso, mencionando mesmo problemas de indisciplina no seio dos Bombeiros Municipais.
No entanto, o presidente da Câmara de Faro mostrou-se, à margem da sessão, descontraído e até propenso ao humor.
No seu discurso, justificou a sua medida com as palavras de um dos principais detractores da medida, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Fernando Curto.
Numa entrevista dada a diversos jornais, este responsável elogiou a intenção de unir as duas corporações, considerando que era algo ao nível do que melhor se fazia na Europa.
Mais tarde, Fernando Curto veio a público garantir que não sabia que a fusão dos Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro iria acontecer já e que na reunião que manteve com Macário Correia não lhe foi dito nem que se iria avançar para a junção dos dois corpos, nem que a designação Municipais iria cair.
Para o autarca farense, a aparente contradição entre as duas declarações «deve ser um problema de saúde».
Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Faro explicou que a lei que saiu em 2007 e que regula os corpos de bombeiros criou a figura dos corpos mistos e deixou cair a designação de voluntários e municipais. «O que há agora são corpos detidos por autarquias ou por associações», ilustrou.
Em qualquer uma delas podem coexistir bombeiros profissionais e voluntários.
Quanto a Faro, Macário Correia garantiu que não está em causa a progressão na carreira dos bombeiros profissionais e que irão ser abertos os devidos concursos já em 2010.
No que diz respeito ao comandante, a autarquia visou cumprir a lei e nomeou o único bombeiro graduado dos quadros das duas corporações farenses que cumpria todos os requisitos exigidos, o até agora comandante dos voluntários de Faro Aníbal Silveira.
A lei exige que o comandante «tenha efectiva experiência de comando e seja licenciado», o que fazia deste oficial «a única opção».
Daqui a um ano, garantiu ainda Macário Correia, será aberto um concurso público para o cargo de comandante, «ao qual o comandante Aníbal Silveira poderá concorrer, assim como outros, e que acreditamos que tenha boas possibilidades de vencer».
Quanto à oficialização de Vítor Afonso como 2º Comandante, o autarca disse que foi uma questão de reposição da justiça, já que este bombeiro assumiu responsabilidades sem o reconhecimento profissional devido.
Uma situação que já havia levado o Comando Distrital de Operações de Socorro a interpelar a anterior Câmara de Faro, exigindo que a situação fosse regularizada, por não reconhecer a figura de comandante interino.
Pedido feito em duas ocasiões, como revelou Macário Correia, que leu mesmo os ofícios no seu discurso.
Já Aníbal Silveira mostrou-se tranquilo, apesar da polémica que envolveu todo este processo e disse esperar que todos os bombeiros cumpram o seu dever de prestar auxílio às populações.
Hugo Rodrigues
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