Mas foi isso que aconteceu, quando o alegado agressor impediu a ambulância onde seguiam Maria Manuela Costa, de 35 anos, a filha, de seis, e dois bombeiros, de prosseguir rumo ao Gabinete Médico-Legal da Figueira da Foz. Tinham feito dois ou três quilómetros, apenas.
Manuela foi quem se apercebeu de que, no seu encalço, de carro, seguia Mário Joaquim Pessoa. Estava armado. E barrou o caminho da ambulância. A GNR de Montemor-o-Velho havia pedido escolta, mas não chegara a tempo. Face a isto, o condutor inverteu o sentido de marcha e recuou ao posto da GNR, com a sirene ligada, esforçando-se por impedir uma ultrapassagem, explicou, ao JN, o segundo-comandante dos Bombeiros de Montemor-o-Velho, Licínio Serrano.
Os dois tripulantes, abalados, não estiveram disponíveis para prestar declarações. Mas nem no posto da GNR Manuela estaria a salvo. "[Mário Joaquim Pessoa] estacionou o carro, saiu de arma em punho, ameaçou matar um bombeiro e um militar da GNR, entrou na ambulância e disparou sobre a mulher", contou Licínio Serrano.
Manuela morreu ali mesmo, perante o olhar da filha de ambos, que ficou ferida no abdómen e num braço, mas já teve alta. "A miúda foi safa pela mãe, que a empurrou", concluiu.
JN
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