Incêndio Destruiu a Casa do "Brasileiro"

Bastaram poucos minutos para uma humilde casa de habitação ficar reduzida a cinzas, devorada por um incêndio causado, ao que parece, por uma vela, segundo nos explicou o proprietário da habitação, António Manuel Ramos Traveira, de 72 anos de idade, conhecido por “brasileiro”, que mal teve tempo de vestir umas calças e uma camisa e sair para a rua descalço.

Pouco passava das 9h45 de ontem, quando o alerta foi dado perante o muito fumo que saía da casa, na rua de Santa Cruz, em Buarcos (próximo do Teatro Trindade). As pequenas dimensões dos arruamentos nesta zona do Castelo de Buarcos criaram algumas dificuldades às corporações de bombeiros para chegarem lá com as viaturas de maior porte.

No entanto a eficiência dos Bombeiros e dos meios utilizados fez com que o fogo fosse rapidamente controlado, evitando que se propagasse às habitações contíguas. Infelizmente, o recheio da casa ficou reduzido a cinzas, deixando sem nada o “brasileiro” – figura que goza de enorme simpatia na vila de Buarcos, que já foi coveiro (está reformado) – e que criou enorme tristeza junto dos buarcosenses, dado também a época natalícia que se avizinha e que faz a “dor” ser ainda maior.

António Traveira explicou ao nosso Jornal «que tinha deixado uma vela acessa para não andar sempre a ligar a luz, mas que adormeceu e a vela quando chegou ao fim deve ter pegado fogo aos móveis e incendiado a casa. Quando dei por ela só tive tempo de fugir para a rua» disse.

Da casa só restam os escombros, tendo a Protecção Civil, em parceria com a segurança social, chamado a si o realojamento temporário do António Traveira, que residia sozinho. Conhecido por “brasileiro” porque foi emigrante no Brasil, tinha regressado à Figueira da Foz no início da década de 1970 e desde então radicou-se em Buarcos, onde reside.

No local estiveram a prestar socorro os Bombeiros Municipais com duas viaturas e oito homens, entre os quais o comandante e segundo comandante, os Bombeiros Voluntários com 14 homens e 4 viaturas, Protecção Civil e a PSP.

Diário de Coimbra Deseseja ouvir a notícia?