A partir desta terça-feira, Faro conta apenas com um único corpo de bombeiros. O comandante operacional municipal, Aníbal Silveira tomou hoje posse numa cerimónia conduzida pelo presidente da Câmara, Macário Correia, escreve a Lusa.
A criação da força operacional conjunta mereceu críticas da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), mas autarca de Faro diz está a cumprir a lei.
«Respondo às críticas com a lei. A lei diz que não há corpos voluntários, nem municipais, há corpos de bombeiros detidos por entidades com regimes jurídicos diferentes, diz que o comandante operacional municipal tem que ter experiência de comando efectivo num determinado número de ano e tem que ser licenciado. Entre os elementos que exerciam funções de comando nas duas corporações de Faro (voluntários e municipais) o único que preenchia estes requisitos era o comandante Aníbal Silveira», disse.
O que vai mudar a partir de hoje
«Vamos passar a ter uma articulação operacional das duas corporações com um comando único, passará haver uma sala de comunicação única, as viaturas passam a ter uma gestão conjunta e passará a existir uma articulação operacional no dia-a-dia para qualquer ocorrência», explicou o autarca.
Macário Correia lembrou que antes havia uma situação de «duplicação de meios com alguma dificuldade operacional, com custos acrescidos e com prejuízo para o erário público e população em geral».
O autarca adiantou ainda que a nova força fará planeamento e planos de protecção civil especiais para questões como o aeroporto de Faro, «que é o segundo do país», e operações de combustíveis, que têm mecanismos especiais de prevenção e segurança.
Macário disse igualmente estar convencido que a junção dos dois corpos de bombeiros irá trazer poupanças para a autarquia, afirmando não ter «a mais pequena dúvida de que a razão está certa».
Prática europeia
Já o novo comandante operacional municipal, Aníbal Silveira considerou que a junção dos dois corpos da cidade, voluntários e municipais, vai aproximar o socorro da prática europeia.
«O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) disse que todo a Europa joga com forças conjuntas de profissionais e voluntários e penso que era essencial dar o pontapé de saída nesta matéria», afirmou Aníbal Silveira, na sua tomada de posse.
Sublinhou que hoje «existe um único corpo de bombeiros» em vez dos anteriores dois corpos mistos, com voluntários e profissionais, e essa nova unidade «tem uma hierarquia para cumprir e será cumprida».
«Quem sai beneficiado são o cidadão e o socorro no concelho, neste caso, ou no distrito, se a ANPC achar por bem accionar os meios de facto», afirmou.
Aníbal Silveira desvalorizou ainda as críticas do presidente da ANBP e do SNBP, Fernando Curto, que questionou a sua nomeação para COM. «O que quero é que o socorro seja eficiente e eficaz para a população», sustentou.
TVI24
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