sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dispositivo de Protecção e Socorro da Serra da Estrela termina funções


Tem lugar amanhã, dia 1 de Maio, sábado, pelas 16h30, a cerimónia de encerramento do Dispositivo Conjunto de Protecção e Socorro da Serra da Estrela, instalado na Torre.
Este acto, para além dos responsáveis dos vários organismos envolvidos neste dispositivo sazonal, contará com a presença dos Comandantes Operacionais dos Distritos da Guarda e Castelo Branco, do 2º Comandante Nacional da Protecção Civil, Coronel José Codeço, Presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil, General Arnaldo Cruz e dos Governadores Civis dos Distritos de Castelo Branco e Guarda.
Porta da Estrela

Bombeiros de Seia promovem este fim-de-semana a 4ª RoTTa BVS

O Centro Cultural e Desportivo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia vai organizar, no próximo Domingo, dia 2 de Maio, a “4ª RoTTa – BV Seia 2010”.
A “RoTTa” disputar-se-á em sistema de Passeio TT, primordialmente por trilhos de terra batida, numa extensão aproximada de 80 quilómetros ou como alternativa de 70 quilómetros.
A "RoTTa" possuirá duas partes distintas: de manhã um trajecto extenso e exigente, de tarde uma prova de obstáculos no centro da Cidade. «Alegria, desportivismo, animação, aventura e espectáculo», são alguns dos ingredientes que a organização pretende apresentar.
Trata-se, segundo a organização, de uma iniciativa que tem despertado muita expectativa nas duas edições anteriores e que, face às opiniões recolhidas, constituiu então uma agradável jornada de animação e divulgação das potencialidades turísticas do nosso Concelho, no sector do todo-o-terreno.
Porta da Estrela

Bombeiros Voluntários de Almeirim assinam protocolo com Lusosem

Hoje, dia 30 de Abril, pelas 13h00, vai ter lugar a assinatura de um protocolo celebrado entre a empresa Lusosem (empresa de produtos para agricultura) e os Bombeiros Voluntários de Almeirim.
A Lusosem manifestou interesse e disponibilidade em desenvolver uma campanha associada a alguns dos produtos por si comercializados e destinados à viticultura, no sentido de encaminhar para a AHBVA 1 euro por hectare de cada dose dos produtos abrangidos, envolvendo os distribuidores no Município de Almeirim.
Deste modo, até 30 de Setembro, vai realizar-se a "Campanha Mildicut/ Arithane & Bombeiros Voluntários de Almeirim (BVA) 1€/ hectare" com o objectivo de apoiar financeiramente os Bombeiros.
O Almeirinense

Liga dos Bombeiros distingue Câmara de Vila Nova de Poiares

A Liga Portuguesa dos Bombeiros Portugueses (LPB) entendeu distinguir a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, com uma menção honrosa, que vai ser entregue no próximo dia 29 de Maio, em Lisboa, onde vão ser atribuídos os restantes prémios referentes ao ano de 2009. A par da autarquia de Poiares, também Odemira vai ser agraciada, num ano em que o título de Bombeiro de Mérito vai ser entregue a um elemento da corporação de Voluntários da Praia da Vitória, nos Açores.

Jaime Soares, presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, soube ontem da notícia através do Diário de Coimbra e sublinhou, inclusive, desconhecer por completo que a direcção dos Bombeiros de Poiares, corporação da qual é comandante, tivesse manifestado «essa vontade à Liga, considerando a Câmara uma entidade merecedora de qualquer agradecimento».

Mas, “surpresas à parte”, o autarca afirma que a atribuição desta menção honrosa é «sempre uma notícia agradável». Todavia, não deixa de dar conta que espera que esta decisão, tomada pelo Júri Nacional do Prémio, que reuniu na passada terça-feira, na sede da Liga, em Lisboa, seja «exclusivamente fundamentada no rigor dos regulamentos e nunca em qualquer outra situação». Reconhecendo o mais do que público envolvimento, que desde há largos anos assume no que aos bombeiros voluntários diz respeito, e uma vez que «sou uma pessoa ligada ao sector», Jaime Soares deixa claro, desde já que, se se aperceber que tenha «havido qualquer movimentação ou influência nesse sentido», rejeita qualquer distinção. E assumiu, ontem ao Diário de Coimbra, que não vai receber o prémio. «Será a vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, dr.ª Deolinda Gonçalves que vai receber a menção honrosa», afirma, adiantando que «poderei estar na cerimónia, e certamente irei lá estar, mas como bombeiro, não como presidente da Câmara Municipal».

Verdade é que esta distinção reconhece eventualmente um dos poucos autarcas do país que acumula, há largos anos, as funções e presidente da autarquia e também o comando da corporação, cargo ao qual soma, entre outros, também a responsabilidade da Federação de Coimbra dos Bombeiros Voluntários. Mais que isso, Jaime Soares tem-se afirmado como uma voz crítica no que aos bombeiros diz respeito e inclusive, antes do presidente da Liga, Duarte Caldeira, ter anunciado a seu recandidatura ao cargo, equacionou mesmo a possibilidade de avançar para a liderança da Liga Portuguesa dos Bombeiros Portugueses.

“Último Moicano”

Entre os Bombeiros e a Câmara, afirma quem o conhece que Jaime Soares vive dividido “entre dois amores” e o voluntariado é, em seu entender, um «valor que tem de ser preservado». E por isso afirma-se como uma voz crítica relativamente a um conjunto de atitudes e cedências que têm vindo a ser feitas e que, em seu entender, constituem uma «ameaça ao futuro do voluntariado», uma «mais-valia dos bombeiros portugueses» que, sendo colocada em causa representa, para Jaime Soares, a «perda de um dos maiores valores da sociedade portuguesa». «O voluntariado não está esgotado», garante, considerando que «poderei ser o último Moicano, mas vou continuar, onde e como puder, a fazer ouvir a minha voz em sua defesa». Aliás, uma das suas últimas “guerras” prendeu-se com o acordo colectivo de trabalho que a Liga fez com a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e com o sindicato, organismos que, afirma, «dão beijos de crocodilo», pois o seu objectivo é «destruir os bombeiros voluntários e a Liga tem responsabilidade nisso».

Críticas à parte, Jaime Soares reconhece que a Câmara de Vila Nova de Poiares «tem feito tudo o que nos é possível para potenciar o voluntariado», o que se justifica pela «importância que tem na defesa da vida das populações e dos seus bens». E deixa um alerta em relação a outras autarquias: «devem estar atentas e entender a importância acrescida dos bombeiros voluntários».

Foram quatro as autarquias candidatas

Vila Nova de Poiares, Odemira, Figueiró dos Vinhos e Ponte de Lima foram as quatro autarquias candidatas ao prémio instituído pela Liga dos Bombeiros Portugueses. A informação foi confirmada ontem ao Diário de Coimbra pelo presidente da Liga, Duarte Caldeira. Aquele responsável esclarece que as autarquias constituem um dos itens do Prémio Bombeiro de Mérito, que a Liga instituiu há 10 anos. As propostas são dirigidas à Liga pelas associações e corpos de bombeiros suas filiadas e o objectivo do prémio é «distinguir as câmaras municipais que atribuem às associações e corpos de bombeiros da sua área de jurisdição apoio continuado no tempo», explica Duarte Caldeira, esclarecendo que esse apoio pode ser de carácter económico e financeiro, mas também através de outras benesses que as autarquias podem instituir, por exemplo relativamente a taxas e licenças, beneficiando as associações de bombeiros e seus associados.

Duarte Caldeira, que também fez parte do júri, disse ao Diário de Coimbra que as autarquias de Poiares e Odemira «estavam muito iguais», nos diferentes parâmetros de avaliação, especialmente no que concerne ao apoio prolongado no tempo, ao longo de muitos anos». «Estas duas câmaras destacaram-se pelo apoio continuado no tempo ao longo de muitos anos», refere o presidente da Liga, justificando a atribuição “ae aequo” da menção honrosa aos dois municípios.

A Liga vai ainda distinguir o presidente da direcção dos Bombeiros da Aguda, o comandante dos Voluntários Madeirenses, o Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal (personalidade empresarial ou empresa) e Mariana Silva Cruz (personalidade da sociedade portuguesa).

Diário de Coimbra

Baptismo de três ambulâncias marcou aniversário dos Bombeiros da Chamusca

O baptismo de três ambulâncias, duas de socorro e uma de transporte de doentes, foi um momento marcante das comemorações do 60º aniversário dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, que decorreu no dia 25 de Abril e foi presenciado por largas centenas de pessoas.

Sessenta anos de vida mereceram uma comemoração mais afectiva por parte dos responsáveis da associação. Para padrinhos de baptismo foram convidadas duas pessoas ligadas a famílias de destaque na vida dos bombeiros e o representante de uma empresa que tem colaborado intensamente com a associação.

Elvira Freitas é sócia da associação desde a primeira hora. Irene Brogueira é filha do antigo comandante dos bombeiros Júlio Moreira e da esposa Elvira Brogueira, que se destacou como bombeira sem farda. Rui Cardoso é gerente de uma empresa da zona de Sintra que tem oferecido desinteressadamente vários materiais à corporação.

A festa foi bonita e na cerimónia solene, que contou com a presença da governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, deu para perceber que os Bombeiros da Chamusca estão de boa saúde e em fase de crescimento a todos os níveis: tem 53 elementos no corpo activo, uma escola de formação com cerca de duas dezenas de elementos, com média de idades de 20 anos, e uma escola de formação com 24 jovens de tenra idade, quatro dos quais pertencentes aos Bombeiros de Alpiarça. “O que se pode dizer é que os Bombeiros da Chamusca estão de boa saúde e preparados para acorrer a todo o género de serviços para que forem chamados”, referiu o comandante Manuel Rufino.

Depois de serem impostas medalhas de assiduidade aos bombeiros que completaram, 5, 10, 20 e 25 anos de serviço, foram também distinguidos elementos do quadro de honra e o único fundador da associação ainda vivo.

O presidente da direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, Eurico Monteiro, também destacou a evolução favorável da associação, que só é possível, garantiu, pela forte ajuda da Câmara da Chamusca. “Por outro lado, salienta-se o entusiasmo dos elementos do corpo activo, que para além do seu aumento também se salienta na efectividade ao serviço e no entusiasmo como se entrega a outras acções, como é o caso da criação da fanfarra, com muita gente jovem e que já não envergonha os Bombeiros da Chamusca”, disse, aproveitando o momento para agradecer aos Bombeiros de Minde a sua colaboração na formação da fanfarra.

O momento foi de festa. Não se registaram as habituais queixas e os bombeiros marcharam pelas ruas da vila, seguidos pelo comboio de viaturas de serviço, que “obrigou” os chamusquenses a interromperem o almoço para virem à janela ver passar os soldados da paz.

O Mirante

Meios de resgate aquático testados no Mondego

Elevada turbulência provocada por helicóptero Kamov dificultou operações de resgate no Basófias, num simulacro organizado pelos Sapadores de Coimbra
Um incêndio na casa das máquinas do barco Basófias, com 15 passageiros a bordo e dois tripulantes, gerou o pânico em pleno rio Mondego. Ouviram-se gritos, pessoas em pânico começaram a saltar para a água – duas acabariam por ser encontradas sem vida – e, na ponte de Santa Clara, foram-se acumulando dezenas de curiosos a tentar perceber o que se estava a passar ontem de manhã. Seria dramático, se não se tratasse de um simulacro organizado pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra para treinar procedimentos em meio aquático.
Com 128 pessoas envolvidas e 35 equipamentos, dos Sapadores, Voluntários de Coimbra, Voluntários de Brasfemes, Cruz Vermelha, INEM, Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Municipal, Guarda Nacional Republicana (GNR) e Comando Distrital de Operações de Socorro, o exercício não correu totalmente como previsto, devido à forte turbulência provocada pelo helicóptero Kamov, que dificultou as acções de resgate.
De acordo com Avelino Dantas, comandante dos Bombeiros Sapadores, numa situação real, o meio aéreo solicitado teria sido um helicóptero do INEM, «mas esses estão de prevenção para vítimas reais». «Não fazia sentido desviarmos um helicóptero destes para um exercício e depois pôr em causa a prestação de socorro a vítimas», explicou, certo que foi corrido um risco, acrescido pelo facto de o Basófias ser uma embarcação «com um casco plano», que acabou por ser muito susceptível à força do meio aéreo.
A opção foi encostar o barco turístico totalmente à berma – parte da deslocação já tinha sido provocada pela turbulência – e continuar com o exercício.

“Algumas coisas a corrigir

Tudo começou às 10h30. O incêndio deflagrou a bordo e a tripulação começou por combatê-lo com os meios disponíveis, mas estes revelaram-se impotentes para resolver a situação, pelo que foi feita a comunicação para o 112, que activou os Bombeiros Sapadores, o INEM e a PSP. O CDOS, que também recebeu a comunicação, providenciou um meio aéreo, em reforço das equipas terrestres do INEM.
Entretanto, foi accionada a saída do veículo urbano de combate a incêndios, que chegou ao teatro de operações às 10h57, e equipas de nadadores salvadores. Enquanto a Polícia Municipal recebia a informação, o INEM accionou uma viatura de intervenção em catástrofe com um posto médico avançado para prestação de cuidados às vítimas.
Devido à gravidade da situação, a PSP e a Polícia Municipal começaram a condicionar o trânsito e delimitaram um perímetro para que os meios de socorro pudessem trabalhar em segurança, aumentando o número de pessoas que se concentrava na zona, muitas delas com máquinas fotográficas a registar vários dos momentos. «Nunca vi nada assim. Estava tão preocupada e, afinal, não é real», dizia uma senhora que assistia a tudo, com o máximo de atenção.
Passados pouco mais de 10 minutos sobre o alerta, duas equipas de nadadores salvadores entraram em acção e, pouco depois, as primeiras vítimas atingiam as margens. Foram pedidos reforços de meios e um veículo de comando táctico, enquanto a equipa do veículo de combate a incêndios se preparava para aceder ao Basófias – no meio do rio – em rappel. É, então, que se comunica a existência de uma vítima queimada no Basófias, que começou por ser assistida por uma equipa sanitária de suporte básico de vida dos Bombeiros de Brasfemes.
Com a entrada em cena do helicóptero, às 11h03, as forças de segurança deram ordem para o corte total do trânsito na ponte de Santa Clara, ao mesmo tempo que se cancelaram as manobras de recuperação de vítimas no rio, por motivos de segurança. Surgiram dificuldades inesperadas, devido à forte turbulência provocada Kamov Hexa 1.
Já com o Basófias na berma, desceu a equipa médica e depois a maca, onde foi colocada a vítima para ser transportada ao hospital, numa operação de resgate algo atribulada – vítima e o recuperador chegaram a entrar dentro de água, quando já iam no guincho –, que terminou cerca de 50 minutos depois de iniciada.
Com a retirada do helicóptero do teatro de operações, a polícia reabriu ao trânsito a faixa norte da ponte e retomaram-se as acções de resgate no rio, já que se encontravam duas pessoas desaparecidas.
Entretanto, chegou a informação que uma viatura ligeira caiu à água na margem direita da ponte, durante as operações aéreas, pelo que foi necessário accionar uma equipa de desencarceramento subaquático e mais duas equipas de mergulhadores.
O exercício terminou com o balanço de três mortos – dois deles passageiros do Basófias e outro da veículo submerso –, com Avelino Dantas a fazer um balanço positivo, apesar de assumir que há «algumas coisas a corrigir». Seja como for, o objectivo foi cumprido, nomeadamente o teste à coordenação entre todos os agentes de Protecção Civil.

População alarmada com aparato junto ao rio

O exercício de ontem apanhou a população da cidade de surpresa. Aliás, como qualquer acidente real. Os cortes no trânsito, as sirenes, o corrupio de ambulâncias pelas ruas em direcção ao centro da cidade. Inicialmente, poucos terão percebido que se tratava de um simulacro, tanto que na redacção do Diário de Coimbra choveram telefonemas de pessoas preocupadas com uma possível ocorrência de gravidade.
Quem se encontrava nas proximidades do local do treino aos procedimentos em meio aquático acabou por assistir a manobras que, no dia-a-dia, não são habituais.
Diário de Coimbra

quarta-feira, 28 de abril de 2010

ULS da Guarda e Federação de Bombeiros chegam a acordo

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda e a Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda chegaram ontem a um entendimento sobre o Regulamento de Transporte de Doentes.
A ULS entregou à Federação de Bombeiros uma segunda versão do documento onde estarão vertidas as alterações apresentadas pelos Bombeiros num documento elaborado pelo advogado e presidente dos Bombeiros Voluntários da Guarda, Álvaro Guerreiro.
A versão alterada do Regulamento de Transporte de Doentes foi entregue numa reunião realizada esta Terça-feira no Governo Civil da Guarda. O encontro foi promovido pelo governador civil, Santinho Pacheco, que realçou o «espírito de colaboração e de concórdia» com que decorreu o encontro.
O governador civil explicou ao TB que foram clarificados os vários pontos do documento que suscitavam «discórdia», admitindo que possa haver «arestas ainda a limar». O documento entregue pela ULS vai ainda ser analisado pela direcção da Federação, mas o presidente, Gil Barreiros, reconheceu que por aquilo que teve oportunidade de ler na reunião do Governo Civil a nova versão «responde aos anseios dos bombeiros».
A Federação de Bombeiros deverá manter a reunião marcada para 3 de Maio com as associações de bombeiros do distrito, na qual se pretendia decidir sobre medidas a tomar como forma de protesto contra o regulamento de transporte de doentes, mas agora com o objectivo de dar a conhecimento dos resultados da reunião com a ULS.
Esta foi a segunda vez que o governador civil chamou os dirigentes da Federação de Bombeiros e da Unidade Local de Saúde da Guarda para discutir o Regulamento de Transporte de Doentes, em vigor desde o início de Fevereiro.
O documento tem sido alvo de duras críticas por parte das associações de bombeiros do distrito que ameaçavam tomar algumas medidas de protesto. A Federação de Bombeiros alertava para o facto da situação estar a pôr em causa a «sobrevivência» dos corpos de bombeiros e dos postos de trabalho criados pelas associações humanitárias».
Acusou a ULS «de optar por medidas economicistas, sem ter em conta «acordos anteriormente celebrados e as leis nacionais». Gil Barreiros constatava recentemente que as associações de bombeiros já se ressentiam do regulamento que restringe o transporte de doentes em ambulância e privilegia a utilização dos transportes públicos e o transporte próprio.
A ULS tem reafirmado que o objectivo do Regulamento é pôr cobro aos «abusos e aos vícios que se foram criando». A ULS paga anualmente cerca de 3,5 milhões de euros em transporte de doentes.
Terras da Beira

Bombeiro que salvou duas pessoas de navio em chamas distinguido

O Prémio Bombeiro de Mérito de 2009 vai ser atribuído a Bruno Espínola, do Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores, anunciou esta quarta-feira a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), noticia a Lusa.
«O bombeiro de 1.ª classe Bruno Espínola arriscou a própria vida, no dia 9 de Março de 2009, para salvar dois tripulantes de um navio, que se encontravam no porão, isolados pelas chamas que consumiam a embarcação», refere a LBP em comunicado.
O Júri Nacional do prémio, reunido na terça feira, decidiu também distinguir Manuel Oliveira Guedes, presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários da Aguda, com a Menção Honrosa atribuída a dirigentes, e Rui Pedro Gouveia de Sousa, comandante dos Bombeiros Voluntários Madeirenses, com a Menção Honrosa atribuída a elementos de comando.
Em ex aequo foram distinguidos os municípios de Odemira e Vila Nova de Poiares com a Menção Honrosa atribuída a câmaras municipais, o SIMARSUL-Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal com a Menção Honrosa para personalidade empresarial ou empresa, e Mariana Silva Cruz com a Menção Honrosa atribuída a personalidade da sociedade portuguesa.
O Prémio Bombeiro de Mérito e as Menções Honrosas serão entregues numa cerimónia integrada no Dia do Bombeiro Português, que se irá realizar em 29 de Maio, em Lisboa.
A Liga dos Bombeiros Portugueses, fundada em 18 de Agosto de 1930, é considerada a confederação das associações e corpos de bombeiros de qualquer natureza (voluntários, municipais, sapadores e privativos).
TVI24

Técnico de ambulância esfaqueado por homem que ia socorrer

Um técnico de ambulância foi hoje à tarde esfaqueado em Lisboa por um homem que iria socorrer, disse uma fonte do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência, que referiu uma média de um ataque por semana em todo o país.
Ricardo Rocha, presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência, adiantou que estas «situações insuportáveis» atingem também os bombeiros.
«Neste momento só falta morrer alguém», lamentou o dirigente sindical.
A situação de hoje relacionou-se com a assistência a um homem alcoolizado na via pública que, ao entrar numa ambulância do INEM, esfaqueou com uma navalha o técnico, atingindo-o no braço, cabeça e abdómen, contou à agência Lusa Ricardo Rocha.
A vítima perdeu muito sangue e a consciência no local, tendo depois sido transportada para o Hospital de São José, acrescentou a mesma fonte.
Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse que o técnico de ambulância «está a ser tratado no hospital e que, apesar de os ferimentos terem alguma gravidade, deverá ter alta ainda hoje».
«Mais uma vez se demonstra que somos alvos de agressão, mesmo em situações onde a ambulância não devia ir. Em Espanha, é a Polícia que é responsável pelas pessoas alcoolizadas na via pública», exemplificou o dirigente sindical.
Na semana passada, a equipa que hoje ajudou o técnico ferido também foi agredida por uma mulher alcoolizada, enquanto no ano passado, em Braga, numa situação de violência doméstica, técnicos de ambulância foram quase baleados.
«Estas situações deviam passar a ser crime público e deviam existir meios de defesa nas ambulâncias, como gás pimenta», defendeu Ricardo Rocha, acrescentando que as equipas de socorro já vão com «relutância» e «medo» a alguns bairros e «locais problemáticos».
Lusa / SOL

IPO: regime de estacionamento será ajustado «caso se justifique»

O IPO de Lisboa esclareceu, esta terça-feira, que o novo sistema de pagamento do estacionamento, que na segunda-feira motivou críticas, está em «regime experimental» por seis meses e será ajustado, «caso se justifique». Uma dezena de ambulâncias de bombeiros voluntários estava na segunda-feira parada junto à porta principal do Instituto Português de Oncologia (Lisboa)por causa do novo sistema de estacionamento, que obriga estas viaturas pagar ao fim de meia hora no local.

De acordo com o folheto com as informações citado pela Lusa, está prevista a gratuitidade do estacionamento para os regimentos de sapadores bombeiros, polícia, funcionários, Ministério da Saúde, dadores, agências funerárias, carros camarários, fornecedores e veículos autorizados.

Bombeiros voluntários de várias corporações lembraram à Lusa que habitualmente ficam neste local entre as 09:00 e as 17:00, porque transportam os doentes para as consultas, o que normalmente não é feito pelos bombeiros sapadores.

Em resposta enviada hoje à Lusa, Maria do Céu Valente, do Conselho de Administração do IPO, informou que a situação «está a ser monitorizada». O IPO «tem noção de que esta mudança causa alguns transtornos e está atenta às críticas que têm vindo a ser apresentadas, que não deixarão de ser tomadas em devida consideração», acrescentou.

No entanto, a instituição tem de levar em conta «a segurança de todos quantos entram no Instituto, pelo que não poderá haver cedências perante argumentos que não tenham este interesse superior em consideração».

A Administração do IPO sublinhou ainda que as medidas se «fundamentam na necessidade de aumentar as garantias de segurança», uma vez que o estacionamento irregular «assumiu proporções preocupantes e colocava em causa eventuais operações de socorro e mesmo o acesso de alguns doentes».

A administração do IPO lembrou que, nos simulacros de incêndio, as autoridades responsáveis foram «unânimes em apontar o estacionamento ilegítimo como um dos principais problemas». Recordou ainda que o IPO de Lisboa serve toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e que é «impossível no espaço disponível para estacionamento garantir o parqueamento de todas as viaturas das associações de bombeiros voluntários». A solução encontrada foi «permitir que todas as viaturas de transporte de doentes entrem, façam o encaminhamento dos doentes durante 30 minutos, e depois permitam que outras viaturas com doentes possam efectuar o mesmo processo».

IOL Diário

4a RoTTa B. V. Seia

Clique para ampliar
Enviado por: P-S

terça-feira, 27 de abril de 2010

Lisboa: Detidos por fogo posto

A Polícia Judiciária de Lisboa deteve domingo e segunda-feira três homens, solteiros, e desempregados, com idades compreendidas entre os 19 e os 36 anos de idade, pela presumível autoria de um furto de alfaias agrícolas e de um incêndio que destruiu duas viaturas e parte de armazéns agrícolas, localizados no concelho de Salvaterra de Magos.

O fogo colocou em perigo vários edifícios de construção antiga e recheio de um complexo agrícola, avaliados em centenas de milhares de euros e foi posto no dia 24 de Março, durante a noite.

Na sua origem estariam motivos de vingança pessoal contra o seu proprietário por parte de um dos detidos que contratou os dois autores materiais para o efeito.

Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial para posterior aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.

CM

Estacionamento pago no IPO gera críticas entre bombeiros

Uma alteração às normas de estacionamento no Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, provocou, esta segunda-feira, várias críticas, nomeadamente por parte dos bombeiros voluntários.
O estacionamento no IPO passou a ser pago para rentabilizar o parque, à semelhança de todos os hospitais do país, e porque apesar de existir lugar para 679 viaturas todos os dias mais de 800 veículos enchiam o espaço à volta do Instituto.
Feitos quatro simulacros, concluiu-se que em caso de acidente não havia condições para a circulação, daí o novo regime de pagamento.
No entanto, os bombeiros, que vêm de vários pontos do país, criticaram a medida, dizendo que chegam a esperar várias horas pelos doentes.
«O estacionamento que está em vigor é 45 cêntimos nos primeiros 15 minutos, para além da meia hora livre e grátis», e depois de 25 cêntimos de «15 em 15 minutos», afirmou Manuel Oliveira, responsável pela segurança.
Isentos desse pagamento estão os funcionários do IPO, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Regimento de Sapadores Bombeiros, a PSP, o Ministério da Saúde, dadores e agências funerárias.
Manuel Oliveira explicou que as ambulâncias dos bombeiros voluntários já têm uma situação de excepção, nomeadamente um «suplemento de pagamento».
A contestação ao estacionamento pago não tem parado, mas o IPO mostra-se flexível para fazer alterações ao regulamento, caso seja necessário. «Tudo é possível, porque estamos em fase de experiência», afirmou Manuel Oliveira.
Apesar da sinalização e dos letreiros que dão conta da novidade deste pagamento de parque um pouco por todo o IPO, a fila para os pagamentos tem sido grande, tal como as dúvidas e os protestos.

Espinho: Mulher de 72 anos salva de morrer afogada

Os Bombeiros Voluntários Espinhenses salvaram esta segunda-feira uma mulher de 72 anos de morrer afogada no mar de Espinho. A vítima foi encontrada a boiar já sem pulso e sem respiração.

De acordo com o Jornal de Notícias, o alerta foi dado pelas 16 horas por um dos banhistas que devido às altas temperaturas aproveitou para apanhar banhos de sol na praia da Costa Verde.
Quando os bombeiros chegaram ao local, dois banhistas estavam a tentar retirar a mulher da água.

Os bombeiros iniciaram de imediato as manobras de suporte básico à vida, conseguindo a vítima vomitar alguma água, mas ainda inconsciente.
A mulher acabou por ser transferida para o hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, onde permanece nos cuidados intensivos.
A Bola

Quartel de Siza já deu primeiro passo

Bombeiros de Santo Tirso avançam com obra no valor de 1,1 milhões de euros depois de 12 anos de avanços e recuos. Arquitecto diz que foi uma "aprendizagem".
"Esta é a primeira pedra". Azuil Dinis, presidente dos Bombeiros de Santo Tirso, quase sussurrou a frase, em tom de desígnio finalmente cumprido, enquanto se agachava para enterrar o cilíndrico pedaço de granito, devidamente abençoado, sobre o qual nascerá o primeiro quartel traçado pelo arquitecto Siza Vieira.

Como se quisesse certificar-se de que estava mesmo a acontecer, após "longos e longos anos de espera" ( por causa do "bailado das leis e regulamentos") e, até, "descrença na execução da obra", confessou, depois de estabelecer cronologicamente, dia a dia, ano a ano, os avanços e recuos de um processo com "mais de 12 anos".

E nada, ali, era irreal: o futuro edifício, perto da Biblioteca Municipal, vai mesmo ser erguido a partir da pedra que ontem foi depositada sobre o tubo de aço que continha "os documentos do nosso tempo" - como referiu o padre Celestino Ramos -, entre os quais uma edição do "Jornal de Notícias" e outra do "Jornal de Santo Thirso", além das assinaturas dos bombeiros e de todos quantos estiveram envolvidos no projecto.

O futuro quartel, orçado em 1,1 milhões de euros, dos quais 70% estão assegurados por fundos do QREN, terá, a partir de meados do próximo ano, camarata feminina, oficina e sala de formação, valências que a actual sede, construída em 1934, não oferece.

Uma das novidades, em relação a outros quartéis, é o facto de a casa-escola ser circular, em vez de quadrada, como costumam ser as torres. "É sempre interessante e instrutivo variar o tipo de edifícios que se projecta. Temos de ter experiências de todo o tipo de projectos.

É uma aprendizagem. Esta, faltava", afirmou, ao JN, Siza Vieira. O arquitecto lembrou, ainda, o pavilhão polivalente, "muito importante para a comunicação com a cidade", que teve de ser retirado do projecto para que este pudesse auferir de apoios comunitários.

Deixou um desejo: "Espero que seja construído no futuro". Tanto o presidente da Câmara, Castro Fernandes, como a governadora civil do Porto, Isabel Santos, não pouparam nos elogios a Siza. "Uma referência mundial". consideram.


JN

Meios testados com fogo real

Coordenar as diversas entidades implicadas na protecção da floresta portuguesa foi o principal objectivo do exercício organizado pelo Grupo de Análise de Utilização de Fogo (GAUF) da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que decorreu no fim-de-semana em Sapardos (Vila Nova de Cerveira) e Labruja (em Ponte de Lima).

“O objectivo deste exercício é coordenar as diversas forças no terreno e fazer uma avaliação, o mais real possível, da aplicação das técnicas e meios de combate a incêndio florestal”, disse ao ‘Correio do Minho’, Emanuel Oliveira, Comandante Operacional Municipal.

Esta foi a primeira vez que se organizou um exercício do género no Alto Minho e que envolveu várias entidades: as autarquias de Vila Nova de Cerveira e Caminha, Protecção Civil, GNR (através do Serviço de Protecção da Natureza e do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro), a Autoridade Florestal Nacional, equipas de Sapadores Florestais,associações florestais e corporações de bombeiros. No total estiveram no terreno 75 pessoas.

Fogo real

Além da parte teórica, o exercício contemplou, também, uma parte prática nos montes de Sapardos e de Labruja.
Em ambos os casos foi usado fogo real para que todos pudessem testar os métodos de combate ao fogo.

Humidade obrigou à alteração de planos

O elevado nível de humidade no solo registado ontem de manhã em Sapardos (Vila Nova de Cerveira) levou a que os exercícios práticos tivessem de ser transferidos para a zona da Labruja, em Ponte de Lima.
Uma alteração que levou a que os responsáveis da Autoridade Florestal Nacional presentes tivessem de se desdobrar em contactos para obter autorizações, principalmente ao nível da autarquia de Ponte de Lima.
“Não é fácil alterar toda esta logística, mas com boa vontade tudo se consegue”, disse Emanuel Oliveira, da Protecção Civil.
Correio do Minho

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril: 36 anos depois, mais ‘ricos’ e mais instruídos

Nos anos após a revolução, Portugal viveu com inflação perto de 30% e taxas de juro de 20%. A qualidade de vida melhorou, mas o país continua abaixo da média dos parceiros europeus.
Em 1974 apenas um terço das casas em Portugal tinha duche. Com esgotos só 60%. Uma viagem entre Lisboa e Trás-os-Montes levava um dia inteiro e 26% da população era analfabeta.
Mais de três décadas depois, a qualidade de vida melhorou e os portugueses ficaram mais ‘ricos’ e instruídos. Mas há um perigo que volta a ensombrar a economia: a bancarrota.

No período pós-25 de Abril, a entrada em incumprimento foi um cenário plausível. A revolução levou muitos portugueses a quererem trocar escudos por outras moedas para tirarem o dinheiro do país. Na altura, a escassez de reservas cambiais foi a principal ameaça para a economia.

«Havia incerteza. As pessoas não tinham confiança», recorda Jacinto Nunes, o primeiro governador do Banco de Portugal (BdP) nomeado depois do 25 de Abril (ver entrevista ao lado).

Hoje, a possibilidade de Portugal não conseguir honrar os compromissos financeiros está sobretudo relacionada com o descontrolo das finanças públicas. Mas o antigo governador recusa a ideia de que o país possa vir a ‘falir’. «Não sou um optimista declarado, mas não sou pessimista a esse ponto».

Depois do 25 de Abril, os salários evoluíram de forma livre. A procura disparou, mas a oferta não respondeu de imediato. A solução foi recorrer às importações, o que agravou o défice externo. A inflação disparou, atingindo níveis próximos de 30% (ver infografia).

Dias agitados

Nos anos que se seguiram à revolução, o BdP foi forçado a subir a taxa de juro para evitar a fuga de capitais – chegou a 20% em 1978. Foram períodos conturbados, com grande agitação social e com o Estado a assumir mais preponderância na economia, nacionalizando bancos e parte da indústria.

«Pela primeira vez na história económica recente, o Estado foi mais travão de crescimento do que motor», considera o historiador económico Pedro Lains. Segundo o investigador, até à II Guerra Mundial o Estado garantia o «formato institucional», a segurança, as transacções e os mercados. Depois, impulsionou os grandes investimentos e a industrialização. E, desde 1974, teve como «principal papel o fornecimento dos serviços que melhoraram a qualidade de vida, incluindo a saúde, a educação e a segurança social». É o princípio da «nova economia dos serviços».

Nestes 30 anos houve melhorias. «Será raro o indicador de qualidade de vida que não tenha melhorado, da mortalidade infantil à esperança de vida, passando pela literacia e pela formação universitária, os transportes, as cidades, a segurança na velhice». Contudo, o facto de Portugal ainda estar longe da média europeia em muitos indicadores causa «insatisfação» na população.

O ritmo de crescimento nos anos 70 é inferior ao da década anterior, marcada pela abertura ao exterior com a entrada de Portugal na EFTA (Zona de comércio Livre). A entrada na UE, em 1986, deu um novo fôlego às trocas comerciais e a economia do país deu outro salto.

Actualmente, Portugal está perante uma nova encruzilhada. Depois de uma década de crescimento quase anémico, a necessária redução da despesa do Estado implicará sacrifícios. «O Estado Social universal não pode continuar, porque senão qualquer dia não temos estado social nenhum, nem para os mais carenciados».

Sol

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Os Bombeiros Voluntários de Viseu e a ambição cega de alguns

Corpo Activo e Direcção, curiosamente a que mais realizações logrou fazer em todos os 124 anos de história da Corporação, estão numa luta. Dum lado da barricada o trabalho que salta à vista, do outro os ambiciosos elementos do comando. Pelo meio os oportunistas que, escorraçados dali e daqui espreitam a hipótese de granjearem louros com trabalho alheio.

Para poupar nas palavras, porque não devemos ser maçadores, a actual Direcção ganhou as eleições contra uma lista apoiada pelo actual Comandante, Horácio Alves. Estranhamente este senhor, que não dispõe das qualificações técnicas decididamente certificadas perante o mutismo da Autoridade Nacional de Protecção Civil, não colocou o lugar à disposição. E entendeu guerrear a direcção. Entretanto o Chefe Joaquim Coelho, a quem alguém prometeu o lugar, vago, de 2º comandante, processou a Associação a quem exige uma gorda indemnização. Pelo meio o Adjunto Luís Duarte, que foi “escorraçado” pelo actual comandante no âmbito de um processo disciplinar e foi salvo in extremis pela intervenção do Conselho dos 3 presidentes que evitaram a sua expulsão do Corpo Activo.

Perante este cenário e com a construção de um quartel de bombeiros, já na segunda placa, ao mesmo tempo que se aguarda o deferimento de uma candidatura a fundos comunitários que permitirá dotar o Corpo Activo com 20 (VINTE) profissionais, estalou a rebelião. Tudo porque o vogal da Direcção Botelho Pinto quis resolver o problema do Comando e aceitou a falaciosa proposta do actual comando. Grosso modo “saio se levarem o Joaquim Coelho a segundo e o Luís Duarte a primeiro Comandante”. Como não lhe deram ouvidos, graças a Deus e ao S. Marçal, demitiu-se e fez perpassar a mensagem, por moto próprio ou alheio, de que tudo se devia a ele. Encurralado pelo signatário, numa Assembleia-geral remeteu-se ao mutismo. Apesar de demissionário não se coibiu de comparecer numa reunião da Direcção com o Corpo Activo e de compactuar com outras estranhas vontades. Na reunião, promovida pelos dois elementos do Comando e o Chefe, a Direcção não foi em acareações e manteve-se coesa. Apesar disso recebeu o ultimato “ou resolve as coisas até sexta-feira ou iremos para os jornais”.

Ontem a Direcção, em reunião, não se preocupou com o assunto e hoje, de forma capciosa, soez e usurpando o nome da instituição (creio até que no limite seja crime mas disso falarei abaixo) lá veio um email em nome dos bombeiros a afirmar:

“No passado dia 20 realizou-se a reunião de direcção conjunta com o corpo activo na sequência da petição assinada pelos bombeiros, nessa reunião, a direcção ouviu dos bombeiros várias criticas sem respostas satisfatórias, tendo sido dado ao presidente da direcção o prazo de dia 22 para resolver a situação da proposta do comando. Dia 22, ontem, realizou-se a reunião de Direcção onde o presidente entrou em conflito com a restante direcção o que levou o mesmo a abandonar abruptamente a reunião e a direcção juntamente com mais quatro elementos, assim, os bombeiros, preparam a entrega de mais de 50 assinaturas para convocatória de uma assembleia-geral”.

Pelo que ouvida e relida a reunião foi pacífica e tomadas as decisões que deveriam ter sido tomadas. Em jeito de conclusão aponto:

- Se o presidente disse, perante testemunhas e no sítio próprio, para o Comandante enviar a proposta o porquê desde alarido?

- Não pode ser qualquer proposta. O senhor Joaquim Coelho jamais poderá ser segundo-comandante conquanto processou a Associação, ou seja atentou contra uma entidade da qual é sócio e, salvo melhor opinião, até era motivo mais que suficiente para o consequente processo disciplinar por não salvaguardar os interesses da Associação a que pertence.

- O senhor Horácio já há muito que devia ter abandonado o Comando por falta de certificação da competência técnica. Tem curso de Comando? Certificou as competências? Tem idade e genica? Percebe do assunto? Tem curso de socorrismo?

- O senhor Luís Duarte, que até foi meu chefe de piquete, quer dançar conforme os galões com que lhe acenam. Por mais competência técnica que tenha a Lealdade deve fazer parte das qualidades de qualquer comandante. Não me parece que a tenha.

Rumo de acção:

- Como tenho tempo e vontade vou questionar a minha Republica sobre a minha segurança. Vivo num concelho de 100 mil habitantes e estou preocupado com a segurança. Ainda esta semana vi 3 ambulâncias para uma queda com uma vítima. Curiosamente a única que estava estacionada em contra-mão, sem segurança e a por em risco a de terceiros era a dos meus bombeiros. Curiosamente chefiada por um dos contestatários. Se em vez das contas do rosário da Direcção se preocupassem com a operacionalidade…

- Jamais irei aceitar a nomeação do senhor Joaquim Coelho para segundo-comandante. Posso não a travar, mas irei atrasá-la seguramente. Não que tenha o que quer que seja contra o Quim, mas acho que como Bombeiro antigo, graduado e capaz deveria dar outros exemplos e não se deixar empolgar. Tal como fez na escola do Acácio quando chefiou o Internacional, com recrutas, para um fogo na então Cave do Rei. Esse é que era o Quim Coelho que ensinava e respondia pelos seus homens. O de hoje não o conheço.

- Se a Direcção cair por falta de quórum ou porque se demitiu serei o primeiro mobilizador de sócios para votarem em branco, caso apareçam candidatos à Direcção que se tenham demitido da actual.

- Venha a Assembleia-geral. Os sócios devem conhecer tudo o que se passa. Com transparência e não com jogadas de bastidores. E dela deve ser dado conhecimento à cidade, principalmente aqueles que quando precisam de socorro batem à porta da Corporação e obtém um não como resposta.

Por fim questiono, com um mero exemplo, querem alguém que resolva o problema dos bombeiros, como fizeram ao Armando que apesar da infelicidade de ter um acidente em serviço ainda tentaram que fosse espoliado dos seus direitos ou alguém que defenda, com obra feita, o trabalho dos bombeiros? E não é já tempo de deixarem os galões e preocuparem-se com o concelho ou estão à espera que aconteça como em Braga?

Enviado por: Amadeu Augusto Saraiva Araújo Lopes (Lambaia) Bombeiro de 1ª Classe do Quadro Honorário

terça-feira, 20 de abril de 2010

Bombeiros pedem reforço monetário

Voluntários das equipas de combate aos incêndios dizem que subsídio não paga despesas.
Os bombeiros voluntários que integram as equipas de combate a incêndios, consideradas essenciais no ataque inicial aos fogos entre Maio e Setembro, recebem apenas 1,70 euros por hora, dinheiro que mal dá para pagar deslocações e refeições.

"Quase que ainda temos de pagar para fazer o serviço", queixa- -se Ricardo Gonçalves, de 32 anos, dos Bombeiros Voluntários de Alcochete. "É algo que me parece desajustado e irrisório com as refeições que temos de fazer pelo meio", refere, lembrando que se tiver de almoçar e jantar num espaço de 12 horas gasta, no mínimo, 10 dos 20,40 euros que irá auferir, tendo ainda de descontar o valor das deslocações.

Considerando o montante injusto, a Liga dos Bombeiros Portugueses há três anos que solicita a sua actualização perante o esforço inerente ao trabalho de combate a incêndios. "Não é realmente justo, sobretudo se tivermos em consideração este valor para uma acção que exige elevado esforço físico e elevado stress psicológico", salientou, ao JN, o presidente Duarte Caldeira. "De facto, seria justo que houvesse uma actualização", acrescenta.

Por outro lado, o responsável explica que não existe uma relação de contrato entre os bombeiros voluntários e o Estado, tratando-se apenas de um prémio de recompensa. "É um mecanismo de compensação do tempo perdido", frisa, salientando que com o aumento do desemprego tem havido nos últimos anos mais elementos disponíveis para integrar as ECIN.

"Há já uma rotina. Os bombeiros quando marcam férias já calendarizam cinco dias, uma semana ou duas, no máximo, para dar ao quartel", realça, alertando, porém, que "é preciso ser audacioso nos incentivos a este voluntariado" para garantir a mobilização.

JN

Menos bombeiros a combater fogos

O ano passado foi um dos mais trabalhosos para todos os bombeiros e instituições mobilizadas para o combate aos fogos florestais. Desde 2005 que não ardia tanta zona verde de norte a sul de Portugal, pelo que se aguarda com grande expectativa o desenrolar de 2010, isto depois de os responsáveis governamentais terem manifestado vontade de diminuir a área ardida.

Para já, neste ano apenas uma coisa é certa no combate aos incêndios: vão estar disponíveis menos homens no terreno, contrapondo com um maior número de viaturas. Esta é a principal conclusão da Directiva Operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, divulgada anteontem.

Segundo o documento, na temporada de fogos que se avizinha estará disponível, ao longo da fase Charlie (entre 1 de Julho e 30 de Setembro), aquela que regista temperaturas mais elevadas e que para as autoridades é considerada a mais crítica, um total de 9985 elementos, auxiliados por 2177 veículos. Quanto aos meios aéreos, as várias bases do País terão 56 aeronaves (entre helicópteros e aviões) prontas a entrar em acção.

Comparativamente ao que aconteceu no ano passado, isto significa que vão estar disponíveis, por todo o País, menos 193 homens (eram 10178 em 2009), mas mais 769 viaturas no terreno (apenas 1408 em 2009).

Destaque para o facto de cinco dos distritos portugueses não estarem protegidos por qualquer equipa de intervenção permanente, casos de Beja, Évora, Faro, Lisboa e Setúbal. Relembre-se ainda que em 2009, até ao final de Setembro, arderam aproximadamente 77 mil hectares de área florestal.

Preocupante para as autoridades é o facto de quarenta por cento dos incêndios ter começado durante o período nocturno, o que sugere causas humanas.

Curiosamente, apenas um por cento dos fogos teve origem em causas naturais.

BOM TEMPO JÁ DEU TRABALHO ÀS CORPORAÇÕES

Segundo números divulgados pelo Comando Nacional de Operações de Socorro, na página oficial da Protecção Civil, o bom tempo que se registou na semana a seguir

à Páscoa já deu algum trabalho aos bombeiros de todo o País. O fim--de-semana de dia 10 e 11 foi o mais crítico, com a ocorrência de 102 incêndios florestais no sábado, que foram combatidos por 879 homens apoiados por 229 viaturas no terreno. No domingo houve 84 fogos.

CM

Bombeiros vão ter quartel "Século XXI"

A primeira pedra do futuro quartel dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha foi ontem de manhã lançada numa cerimónia presidida pelo governador civil do distrito de Aveiro, José Mota.

O novo edifício, com custos estimados em 1,250 milhões de euros, irá denominar-se "Século XXI" e será construído hum terreno cedido pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, com uma área de 16 mil metros quadrados na zona industrial muito perto da "Helipista".

A cedência do terreno por parte da Câmara aos bombeiros de Albergaria-a-Velha será período de 51 anos.

A construção do edifício que deverá estar pronto no próximo ano terá financiamento público através do QREN (Quadro Estratégico de Referência Nacional) e poderá ainda receber ajudas monetárias da autarquia,. "Os bombeiros devem contar com o apoio da Câmara para a construção do novo quartel", sublinhou ontem o presidente da autarquia albergariense João Agostinho durante a cerimónia solene que evocou a passagem do 85.º aniversário da instituição.

Os bombeiros de Albergaria-a-Velha estão hoje localizados no centro da vila, num quartel que data de 1969 e que está ultrapassado.

O governador civil de Aveiro, José Mota, que estava em representação do secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, que o "Governo tem sabido encontrar as condições necessárias para o financiamento" das infra-estruturas dos bombeiros.

O novo quartel dos bombeiros de Albergaria-a-Velha vai romper com a filosofia tradicional das instalações dos bombeiros voluntários em Portugal.

Será uma construção tipo industrial, com apenas duas portas e os carros no seu interior não ficarão estacionados paralelamente, mas em espinha. Terá uma zona de descontaminação para as ambulâncias e não terá camaratas mas quartos triplos para homens ou mulheres. Segundo os responsáveis pelos bombeiros de Albergaria-a-Velha, o futuro quartel segue as pisadas do que se está a fazer de melhor pela Europa, nomeadamente em França. Chamar-se-á "Século XXI porque para além das inovações terá baixos custos de manutenção.

JN

Bombeiros Voluntários de Canha - MONTIJO Apresentam Escola de Infantes e Cadetes

O 27.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários de Canha, assinalado ontem, ficou marcado pela atribuição de uma das mais altas condecorações da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) ao Presidente da Direcção, António Comenda Henriques, e pela apresentação da Escola de Infantes e Cadetes da corporação.

Para o Governador Civil do Distrito de Setúbal, Manuel Malheiros, a Escola, com cerca de 15 crianças, não vai, apenas, formá-los para a serem bombeiros, mas sobretudo para serem cidadãos mais dedicados aos outros, atentos e conscientes do dever de serviço público.
“A Protecção Civil diz respeito a todos, mas na primeira linha estão os bombeiros. É com eles que temos de contar, é a eles que temos de ajudar e apoiar. É, particularmente, importante e sensibiliza muito a qualquer pessoa a existência de uma escolinha de bombeiros. Ver aqueles jovens, aqui, interessados, fardados, marchando, mas ao mesmo tempo sabendo que não estão a aprender a ser bombeiros, estão a aprender é o espírito de cidadania, de serviço público, de dedicação aos outros, é realmente importante e emocionante. Mais uma vez a profissão de bombeiro vai além da estrita protecção contra o fogo e contra as inundações. Vai no sentido da integração da sociedade, da cidadania activa e de espírito de sentido público” disse.

Outro dos momentos mais marcantes da cerimónia foi a distinção de António Comenda Henriques, que participou na fundação da Associação, com o Crachá de Ouro da LBP.

“Que melhor forma de comemorar 27 anos do que atribuir o crachá de ouro da Liga ao seu fundador. É um dos mais altos galardões da Liga dos Bombeiros Portugueses”, disse António Rodeia Machado, vice-presidente da LBP, referindo que António Comenda Henriques é merecedor da distinção “pelos altos serviços prestados nesta Associação”.

Durante a cerimónia, foram também atribuídas medalhas de assiduidade e dedicação aos bombeiros da corporação e inauguradas três novas viaturas, que vêm reforçar a frota automóvel.

No final da sessão, a Presidente da Câmara Municipal, Maria Amélia Antunes, felicitou a Associação “e os que de uma forma ou outra foram homenageados pelo seu trabalho e pela sua dedicação”. Maria Amélia Antunes deixou uma palavra de agradecimento ao Presidente de Direcção, referindo que o reconhecimento feito “é da mais elementar justiça”.

Marcaram, também, presença na cerimónia o 2.º Comandante Operacional Distrital, Rui Costa, em representação da Autoridade Nacional de Protecção Civil, e o Comandante Fernando Pestana, em representação da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal.
Rostos Online

“Há quem queira a cabar com os bombeiros voluntários, mas tudo faremos para os manter”

As contas não estão fáceis de fazer na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra. A conjuntura divulgada ontem, na sessão comemorativa dos 121 anos da instituição, por Fausto Garcia, presidente da Direcção, deixa antever problemas maiores do que aqueles com que os Voluntários convivem diariamente. «As receitas provenientes do serviço de ambulâncias para os hospitais, que eram um bom sustentáculo da Associação, são cada vez menos», expressou Garcia, depois de ter revelado que a instituição tem o orçamento anual de «cerca de um milhão de euros».
«Acontece que, só em Coimbra, existem 11 empresas de transporte de ambulâncias, que fazem concorrência desenfreada aos bombeiros», argumentou o dirigente dos Voluntários de Coimbra, antes de exclamar: «Se os serviços destas, distribuídos pelos hospitais, forem equitativamente atribuídos em número de quilómetros percorridos, ficamos com sérias dúvidas sobre a viabilidade destas empresas, pois os hospitais de Coimbra pagam à Associação uma média anual de 39.310,85 euros».
Fausto Garcia perguntou, então, se «será possível manter uma empresa com estas receitas, pagando às tripulações, Segurança Social, reparação de viaturas, seguros, etc». De seguida, respondeu: «Se os serviços forem equitativamente distribuídos, tendo em conta os quilómetros percorridos idênticos aos dos Voluntários, essas empresas, muitas delas, teriam falido por falta de receitas».
Num discurso perceptivelmente preocupado, o presidente da Direcção reparou que «os serviços de transporte dos hospitais parecem não ter em conta que os Bombeiros Voluntários de Coimbra não fazem só transporte de doentes, mas prestam todo o tipo de socorro», lembrando que «as ambulâncias dos bombeiros ainda recentemente foram equipadas, por obrigação legal, o que não é nada barato», antes de pedir «bom senso e equilíbrio».

Operacionalidade ainda não está em causa
Fausto Garcia acrescentou que se a situação se mantiver «é natural que tenha de haver centenas de despedimentos de tripulantes de ambulâncias», explicando que «deixaremos de ter alguns fundos, ainda que miseráveis, dos hospitais, como é o nosso caso, para ajudar a liquidar os seus vencimentos». «Esta situação é inacreditável e a manter-se será a morte lenta das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, nomeadamente a de Coimbra. Não temos outras fontes de receita e estas têm diminuído assustadoramente», assegurou. Apesar das dificuldades, declarou o dirigente, não está, «por enquanto, em causa a operacionalidade do corpo de bombeiros».
Com 40 mil euros anuais de subsídio da Câmara Municipal de Coimbra, que aumentou o valor em 10 mil euros, mas que «não dá para liquidar um mês de despesas», Garcia socorreu-se da estatística para informar que «somos o corpo de bombeiros voluntários que mais socorro presta no distrito». Mesmo considerando as exigências legais, «exageradas para quem trabalha durante o dia e passa as noites no quartel», o presidente da Direcção assegurou que «a formação não é descurada, bem pelo contrário». «Por tudo o que se disse, parece-me que há quem queira acabar com os bombeiros voluntários, mas tudo faremos para os manter», realçou.
Muito se tem falado nos últimos tempos da crise de voluntariado. Fausto Garcia revelou que «o voluntarismo pode estar em causa, mas não nos faltam voluntários, falta-nos sim disponibilidade financeira para lhe darmos tudo quanto eles merecem». «Pergunto-me se o Estado, com tantas exigências pouco apropriadas para voluntários, não estará a cavar a sepultura do próprio voluntariado, que lhe faz falta», disse, prosseguindo com a certeza de que, «sem os beneméritos, a Associação estaria já tecnicamente falida». «São eles que têm substituído os deveres públicos», declarou, antes de dar um exemplo.
«Para este ano, temos outra viatura que nos foi oferecida pela REN, mas que tivemos de equipar e para a qual muito contribuiu a sócia benemérita Susana Redondo. Não tivemos qualquer ajuda do Estado», lamentou o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra, que, no que respeita a viaturas, adianta que «estamos bem equipados». Ontem, Pedro Veloso Marques tomou posse como adjunto do comando, tendo sido atribuídas condecorações a bombeiros e homenageadas empresas e os sócios beneméritos, incluindo a entrega de capacetes a oito descendentes da família de José Carranca Redondo, os mais jovens sócios beneméritos de sempre.

Comandante fala em “grande carência” de fardamento
Ontem, além da falta que faz um novo quartel, Fernando Nobre, comandante dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, sublinhou a «grande carência de fardamento e equipamento de protecção individual». Por sua vez, António Simões, em representação da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra e da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), confirmou os «problemas que afectam todas as associações do país que fazem transporte de doentes em ambulâncias dos bombeiros».
«Durante muitos anos, o Estado serviu-se das associações. O que não gostaríamos de ver era, de um momento para o outro, estas instituições serem substituídas por empresas privadas a quem, se calhar, se vai pagar muito mais», afirmou o também comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova, antes de anunciar que «a LBP está a trabalhar com o Ministério da Saúde para que haja bom senso, de forma a manter os postos de trabalho».
António Ferreira Martins, comandante operacional distrital de Coimbra, assumiu que, este ano, «o dispositivo de primeira intervenção apresentado para o distrito é igual ao do ano passado», pelo que «não há substituição de bombeiros», acrescentando que, «em 2009, foram gastos, no distrito de Coimbra, um milhão e quase 200 mil euros em despesas com pessoal entre 15 de Maio e 31 de Outubro».
Henrique Fernandes confirmou a verba de «um milhão e 180 mil euros gastos, em 2009, com pessoal dos corpos de bombeiros», além de, garantiu, «as câmaras municipais terem suportado os seguros e entregue subsídios regulares de meio milhão de euros». Por fim, o governador civil de Coimbra desafiou à constituição de um espaço de reflexão, envolvendo todas as entidades com responsabilidades na protecção civil.

Crise justifica atraso na cedência do terreno para o novo quartel
O novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbra continua sem passar do projecto de intenções. «Necessitamos ainda da escritura para que o terreno [entre o Fórum e o Centro de Saúde de Santa Clara] seja da Associação», informou Fausto Garcia, sublinhando que, «agora, lutamos com outra grande dificuldade que não se levantava há 10 anos».
«Para construir o novo quartel, necessitamos de vender as actuais instalações, mas não encontramos um comprador devido à crise que lavra na construção civil. Há alguns anos, houve boas ofertas, que não se concretizaram porque apesar de ter ido a concurso público a construção do aquartelamento, noutro local, este foi posteriormente reprovado», contextualizou.
O presidente da Direcção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra deu conta, ainda, que o Quadro de Referência Estratégico Nacional «agora só subsidia até 70 por cento, mas só a parte operacional, tendo nós que pagar pelo menos 30 por cento do restante da construção, que diz respeito à área administrativa, bar, parte social, etc».
João Paulo Barbosa de Melo disse estar «esperançado» que, no próximo ano, o assunto do quartel «se possa resolver», com o vice-presidente da Câmara de Coimbra a explicar que «o terreno não é da autarquia, mas de particulares que estão envolvidos numa operação urbanística que a fará quando o terreno for libertado para a Câmara, que, depois, o transferirá para os Bombeiros Voluntários de Coimbra».
Os atrasos são justificados com a crise, que afecta fortemente o sector imobiliário e retrai o investimento, mas também com «questões ambientais». «Devido à crise, não posso dizer uma data para quando a escritura vai estar pronta a ser feita», prosseguiu Barbosa de Melo, que disse, ainda, esperar que «a crise possa deixar vender as actuais instalações».
Diário de Coimbra

domingo, 18 de abril de 2010

Em Destaque "Loriganet": Simulacro dos Bombeiros de Loriga 1994

Vagos: Bombeiros do distrito operacionais


Os bombeiros do distrito mostraram ontem que estão operacionais e capazes de responder com prontidão ao combate a incêndios florestais
Os bombeiros do distrito de Aveiro foram, ontem, testados quanto à sua operacionalidade no que diz respeito ao combate a incêndios florestais.
Mais de duas centenas de “soldados da paz” de todo o distrito combateram um “incêndio florestal” em Calvão, na Mata Nacional de Vagos.
O alerta para este simulacro de grandes dimensões foi dado cerca das 8 horas, tendo as operações durado até às 11.40 horas, altura em que foi dado como dominado e entrou em fase de rescaldo.
Segundo o comandante das operações e socorro, Miguel Sá, as maiores dificuldades prenderam-se com as comunicações e a falta de meios adequados para o tipo de terreno, bastante arenoso, em que aconteceu o incêndio. Contudo, os meios foram improvisados e o combate e salvamentos de três “feridos” foram assegurados com prontidão e eficácia.
No local, além dos elementos que combateram as chamas, esteve o 2.o comandante operacional nacional, José Codeço, o governador civil de Aveiro, José Mota, além de peritos franceses – que vieram a Aveiro promover acções de formação - e outros agentes da Protecção Civil.
Este exercício mobilizou todas as corporações do distrito de Aveiro, num total de 265 elementos, apoiados em 81 viaturas, além de elementos da GNR, GAUF, Autoridade Florestal Nacional, Autoridade Nacional da Protecção Civil, Governo Civil e Afocelca, entre outros.
Diário de Aveiro/Vera Tavares

Melhor Protecção Civil

O Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, foi recebido em Gaia, no quartel dos Bombeiros Sapadores, por Luís Filipe Menezes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e restante executivo, com guarda de honra.

Após visitar o quartel, o Secretário de Estado tomou conhecimento das necessidades que afectam a Companhia de Bombeiros Sapadores, não obstante o investimento de cinco milhões de euros por ano a cargo da Câmara Municipal de Gaia.

Uma das necessidades mais urgentes, referida por Marco António Costa, Vice-Presidente da Câmara de Gaia, é a aquisição de um veículo de salvamento e desencarceramento rápido e moderno para substituir o actual, que já tem 22 anos de existência, só transporta dois bombeiros e atinge a velocidade máxima de 40 km/hora.
"Esta aquisição seria a maior prenda que a Companhia poderia receber no dia do seu aniversário - 4 de Maio" quando completa 171 anos de vida. Gostaria de ter no horizonte essa promessa cumprida", afirmou, por sua vez, Salvador Almeida, Director Municipal de Bombeiros e Protecção Civil de Gaia.

A par das insuficiências de recursos materiais, foi também abordada a falta de recursos humanos. "Temos 100 efectivos e a sua renovação é necessária ", acrescentou ainda Salvador Almeida. De referir que rácio actual é de um bombeiro por 3000 habitantes, para um território com uma área de 167 km2, o que é manifestamente insuficiente, comparando com outros grandes municípios.

As fontes de financiamento dos Bombeiros Sapadores de Gaia resultam do Orçamento da Câmara Municipal. A questão do financiamento é fundamental, mas tem que ser realista e o esforço tem que ser colectivo. "Existem soluções para aqueles que têm mais capacidade. Em alguns casos, empresas cotadas na bolsa e que, distribuindo dividendos de uma forma significativa, poderiam comparticipar neste esforço colectivo de financiamento de um serviço que é crucial", afirmou a propósito Luís Filipe Menezes, Presidente da Câmara de Gaia, antes de destacar a importância da criação de uma taxa municipal para garantir um maior e melhor apoio à comunidade por parte da Protecção Civil.

Em resposta a Luís Filipe Menezes, o Secretário de Estado da Protecção Civil considerou " justa a sugestão da criação de uma Taxa Municipal de Protecção Civil, não de uma forma isolada, pontual, município a município, mas de uma forma articulada entre os municípios".



"Recorde-se que a Câmara Municipal de Gaia e o Governo têm mantido uma relação estreita na resolução dos problemas da população", acrescentou Vasco Franco, destacando que uma das suas apostas é contribuir para a alteração do regulamento do QREN, de modo a permitir que outros municípios, para além de Lisboa, se possam candidatar à compra de viaturas.
"Têm sido aprovados inúmeros projectos no âmbito do QREN para apoio aos Bombeiros, quer em matéria de instalações, quer de construção de novos quartéis quer ainda na aquisição de equipamentos e de viaturas. Vamos procurar que estes apoios também abranjam de uma forma mais efectiva os municípios que têm Bombeiros Sapadores e Bombeiros Municipais", concluiu Vasco Franco.

GaiaGlobal

Burlões fazem-se passar por bombeiros

O Comandante dos Bombeiros de Vila Nova de Santo André alertou a população, esta sexta-feira, para burlas praticadas por pessoas que se fazem passar por elementos do hospital ou da associação de bombeiros local.

O comandante Alberto Trigo explicou à agência Lusa que a corporação de bombeiros foi contactada por «vários habitantes que diziam que havia pessoas a baterem-lhes à porta e se identificavam» como estando ligadas «ao hospital e aos bombeiros».

«Essas pessoas diziam aos moradores que tinham uma certa dívida para com as referidas instituições e pediam para pagar», acrescentou.

O comandante disse à Lusa que pelo menos seis habitantes terão sido burlados através deste esquema. Uma das pessoas pagou 140 euros, outras não «caíram» porque não tinham «dinheiro disponível».

O mesmo responsável da corporação de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Santo André, em Santiago do Cacém, avançou que a situação foi comunicada de imediato à GNR.

Alberto Trigo deixou um alerta à população local: «Se alguém lhe bater à porta a dizer que vai cobrar uma dívida por parte dos bombeiros, não pague e alerte a GNR ou ligue para os bombeiros», disse.

Em Santo André, disse ainda, «ninguém cobra dinheiro dos bombeiros, excepto as quotas». «Todos os outros serviços de dívida aos bombeiros são enviados por carta».

TVI24

Prioridades dos Bombeiros são carro de desencarceramento e novo quartel

Foi eleita, no passado sábado, a lista que vai liderar os destinos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lousada (AHBVL) no próximo triénio. José António Tavares de Oliveira foi reeleito presidente da direcção. Segundo ele, os objectivos desta corporação passam, a curto prazo, pela aquisição de uma viatura de desencarceramento, e a, médio/longo prazo, pela construção de um novo quartel.
É difícil arranjar dirigentes para as associações
Para Tavares de Oliveira, engenheiro electrotécnico de 53 anos, residente em Boim, este será já o terceiro mandato à frente da corporação de bombeiros lousadense. Das listas em que concorre, desde 2006, uns saíram outros entraram, mas Tavares de Oliveira manteve-se e recandidatou-se porque, assume, é cada vez mais difícil encontrar voluntários que queiram dirigir estas associações. "Sobretudo desde que a nova lei de gestão das associações pune cível e criminalmente os responsáveis por má gestão", explicou. Essa foi uma das razões que o levou a continuar.
A outra foi a vontade de pôr em prática os projectos já iniciados. Para o futuro, referiu, querem concretizar dois grandes objectivos: a aquisição de uma viatura de desencarceramento e a construção de um novo quartel. Para cumprir a primeira meta, já foi realizado no ano passado um peditório no concelho que "correu bem". "A população foi generosa", adiantou Tavares de Oliveira que, apesar de não adiantar números falou em "verbas significativas" que não chegam para adquirir o veículo mas que podem permitir à corporação fazer um leasing para concretizar o objectivo. "Queremos ter ainda este ano essa viatura", frisou o presidente da direcção, justificando a urgência pelas condições do concelho, servido por estradas onde se circula a grande velocidade e onde há regularmente acidentes.
Quartel actual já não é suficiente
"As instalações que temos foram projectadas para um corpo activo de 50 elementos. Hoje, temos mais do dobro", disse, por outro lado Tavares de Oliveira sobre o desejado novo quartel. Além disso, referiu, há ainda que ter espaços adaptados ao corpo feminino, que actualmente já conta com 30 jovens. Para já, o novo espaço ainda nem está no papel. A direcção vai começar a entrar em contacto com alguns proprietários de terrenos de possíveis localizações, mas admite que a ideia está apenas a dar os primeiros passos. Outro dos objectivos é dar mais formação à corporação.

O Verdadeiro Olhar

Um raio atingiu o quartel dos Bombeiros de Tomar

Uma forte chuvada inundou ontem as ruas de Tomar, Braga e Guimarães.
Em Tomar, um raio atingiu o quartel dos Bombeiros, queimando a central telefónica.
Várias habitações foram inundadas em Braga e Guimarães e uma pessoa ficou desalojada.
O quartel dos Bombeiros de Taipas (Guimarães) sofreu inundação e ficou com as comunicações destruídas.
A queda de um raio em Alcobaça deixou Casais de Santa Teresa sem electricidade.
CM

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Rede de emergência nacional

A Secretaria de Estado da Administração Interna e a Secretaria dos Assuntos Sociais assinaram ontem dois protocolos com vista à uniformização dos sistemas de comunicações de emergência. A Madeira passa a estar integrada, em pleno, no SIRESP - Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal.
Dois protocolos com vista à cobertura da Região Autónoma da Madeira pelo Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP), e para as áreas de intervenção e responsabilidade das entidades utilizadoras do referido sistema nacional, foram ontem assinados pela secretária de Estado da Administração Interna, pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e pelo presidente do SIRESP.
Com este projecto, fica uniformizada a rede de comunicações de emergência e segurança entre o continente e a Madeira, numa cobertura integral da RAM, orçada em 21 milhões de euros, que representam um esforço financeiro do Estado e do Governo Regional, como salientou a governante nacional, Dalila Araújo, em declarações aos jornalistas.
“Esta é uma obrigação do Governo para com a Madeira, é um sistema nacional e a Região Autónoma faz parte do nosso território, portanto é a aplicação de um projecto nacional de grande importância do ponto de vista das comunicações”, sublinhou Dalila Araújo.
“Nós assinalamos justamente aqui, na Madeira, o fecho deste importante investimento para
Portugal e para a Região Autónoma”, referiu ainda, lembrando que a rede do sistema em causa fechou, em termos de contrato, em Dezembro, estando já implementada e em funcionamento na Madeira toda a tecnologia necessária para a rede nacional. Em suma, explicou ainda, procedeu-se à migração da rede já existente na Região - Sistema Integrado de Comunicações de Segurança, Emergência e Defesa da Madeira (SICOSEDMA) - , para a rede SIRESP. Dalila Araújo disse ainda que foram distribuídos, recentemente, cinco mil terminais SIRESP, estando prevista a distribuição de mais 18 mil terminais pelo país.
O secretário regional dos Assuntos Sociais, salientou, por seu turno, que com os protocolos ontem assinados e com a integração do SICOSEDMA no SIRESP, «o País ficou mais rico», tendo em conta que foram transferidos para o sistema nacional as estações e equipamentos já existentes no seu sistema de comunicação de emergência. Francisco Jardim Ramos apontou ainda «o bom entendimento entre o Ministério de Administração Interna e o Governo Regional», na implementação do sistema nacional de comunicações de emergência.
Após a assinatura dos protocolos, Dalila Araújo, Jardim Ramos e elementos das forças de segurança, de socorro e militares deslocaram-se ao Comando Operacional da Madeira, onde é gerido o sistema na Região. De salientar que partilham do SIRESP associações humanitárias de bombeiros, a Cruz Vermelha Portuguesa, Forças Armadas, a GNR, PSP, PJ, Autoridade Marítica, Instituto Nacional de Emergência Médica, SEF, o Serviço de Informações de Segurança e a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O SIRESP na Madeira está em funcionamento pleno desde o último dia 23 de Março. Actualmente, a rede na RAM contempla 18 estações base no âmbito do SICOSEDMA e 11 no âmbito do SIRESP, ficando assim com 29 estações base. De referir ainda que a tecnologia implementada em Portugal responde ao contexto europeu, com 15 países (incluindo Portugal) a terem projectos para segurança e emergência desta natureza.


Dalila Araújo fez balanço positivo à visita à RAM
Antes da visita ao Comando Operacional da Madeira, Dalila Araújo fez um balanço positivo à sua visita à Madeira, que terminou ontem. A secretária de Estado esteve, na sua deslocação à Região, nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), tendo salientado que a Região é «um bom exemplo» das políticas de integração dos imigrantes. «A Madeira é um bom exemplo dessa política que assenta na população do fluxo migratório e nas políticas de integração e numa acção concertada com outras forças de segurança naquilo que é o combate à imigração ilegal e ao tráfico de seres humanos», analisou.
Jornal da Madeira

Agressão, acidente e alarmes de fogo movimentam BVM

Uma mulher foi ontem transportada pelos Bombeiros Voluntários Madeirenses ao Hospital Dr. Nélio Mendonça para observação, em consequência de uma agressão, na Rua D. Carlos I, por volta das 8:30 horas.
A mesma corporação esteve também activa devido a duas suspeitas de fogo. Uma delas, aconteceu na Rua do Till, às 16:17 horas, no infantário “Os reguilas”. O alarme de incêndio disparou, mas os bombeiros nada detectaram.
A outra saída aconteceu por volta das 9:58 horas, para o Hotel Santa Maria, que se encontra desactivado. Ao que tudo indica, alguns empregados estavam a fazer a limpeza no local, mas a poeira terá atingido alguns sensores, o que fez disparar o alarme. Em ambos os casos, foram deslocados para os locais um pronto socorro e cinco elementos.
Também de manhã, um acidente de viação na via-rápida, pelas 9:12 horas, junto à entrada da Boa Nova, no sentido Santa Cruz-Funchal, envolveu quatro veículos ligeiros de passageiros, de que resultou ferimentos em duas pessoas, nomeadamente, uma senhora que se fazia acompanhar de um bebé de 22 meses. Por precaução foram ambos observados no Hospital.
Os BVM tiveram ainda onze serviçoes de âmbito pré-hospitalar.
Jornal da Madeira

Doentes do Cadaval sem justificação para pagar ambulâncias

Os Bombeiros Voluntários do Cadaval apresentaram uma queixa, na Liga dos Bombeiros, devido ao facto do Centro Hospitalar de Torres Vedras ter deixado de passar as justificações dos transportes de doentes para as urgências, provenientes do concelho do Cadaval, com prejuízo manifesto para os Bombeiros Voluntários e utentes.

O Comandante dos Voluntários do Cadaval reclama “uma clarificação dos critérios” e denuncia que o acordo com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, após o encerramento do SAP do Cadaval, “não está a ser cumprido”.

Os Bombeiros Voluntários do Cadaval querem saber “porque é que um doente, que morre dois dias depois de dar entrada no hospital de Torres Vedras, não obtém justificação” para ir de ambulância para o Hospital.

José Carlos Caetano explica que “a justificação começou a ser negada há cerca de dois meses”. Há casos de doentes que seguem depois para Lisboa para fazerem exames e que ficam sem justificação para o transporte desde o Cadaval.

As situações de urgência são mais que justificadas, porque os doentes estão sem alternativa”, garante o comandante dos Bombeiros Voluntários do Cadaval.

Para o presidente da Câmara do Cadaval, Aristides Sécio, “é o acordo com a ARS que não está a ser cumprido pelo Hospital”. “O acordo estabelecia que todos os doentes do Cadaval tinham direito a ambulância paga ida e volta”, explicou.

O presidente da Câmara do Cadaval levou este caso à ministra da Saúde, Ana Jorge, na recente reunião dos autarcas do Oeste com a ministra, mas a situação mantém-se.

Segundo o gabinete de relações públicas do Hospital de Torres Vedras, a instituição “cumpriu a norma que cabe ao médico decidir se deve ser pago pelo doente o transporte”. “Exceptuam-se os casos sociais, que são devidamente encaminhados para a assistência social”.

Os casos mesmo urgentes devem vir através do INEM e os doentes podem sempre reclamar, no gabinete do utente, quando entenderem que o serviço não foi pago pelo hospital”, esclareceu o gabinete de relações públicas.
Jornal Oeste online