Como se quisesse certificar-se de que estava mesmo a acontecer, após "longos e longos anos de espera" ( por causa do "bailado das leis e regulamentos") e, até, "descrença na execução da obra", confessou, depois de estabelecer cronologicamente, dia a dia, ano a ano, os avanços e recuos de um processo com "mais de 12 anos".
E nada, ali, era irreal: o futuro edifício, perto da Biblioteca Municipal, vai mesmo ser erguido a partir da pedra que ontem foi depositada sobre o tubo de aço que continha "os documentos do nosso tempo" - como referiu o padre Celestino Ramos -, entre os quais uma edição do "Jornal de Notícias" e outra do "Jornal de Santo Thirso", além das assinaturas dos bombeiros e de todos quantos estiveram envolvidos no projecto.
O futuro quartel, orçado em 1,1 milhões de euros, dos quais 70% estão assegurados por fundos do QREN, terá, a partir de meados do próximo ano, camarata feminina, oficina e sala de formação, valências que a actual sede, construída em 1934, não oferece.
Uma das novidades, em relação a outros quartéis, é o facto de a casa-escola ser circular, em vez de quadrada, como costumam ser as torres. "É sempre interessante e instrutivo variar o tipo de edifícios que se projecta. Temos de ter experiências de todo o tipo de projectos.
É uma aprendizagem. Esta, faltava", afirmou, ao JN, Siza Vieira. O arquitecto lembrou, ainda, o pavilhão polivalente, "muito importante para a comunicação com a cidade", que teve de ser retirado do projecto para que este pudesse auferir de apoios comunitários.
Deixou um desejo: "Espero que seja construído no futuro". Tanto o presidente da Câmara, Castro Fernandes, como a governadora civil do Porto, Isabel Santos, não pouparam nos elogios a Siza. "Uma referência mundial". consideram.
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