segunda-feira, 5 de abril de 2010

Voluntariado renova-se

Mais de três dezenas de candidatos a bombeiros estão a frequentar a Escola de Estagiários na corporação dos "Novos" que decorre até Dezembro. Prova de que o voluntariado não está em crise, segundo o comandante da corporação, Ricardo Fradique.

É um pouco como filho de peixe saber nadar, no caso filha de bombeiro quer seguir as pisadas do pai. O exemplo é dado por Sara Coelho, 17 anos, estudante em S. Jacinto de um curso profissional de técnico de secretariado, uma das 12 mulheres de um total de 35 candidatos que frequentam nos "Novos" a Escola de Estagiários de Bombeiros.

"Quando o informei, o meu pai disse que fazia bem e que ia gostar; a minha mãe ficou um bocado receosa, mas deu-me força; a minha irmã é que ficou com medo", confidenciou a Sara Coelho ao JN.

Henrique Teixeira, 28 anos, de Águeda, tem o apoio da namorada e o "bichinho" de ser bombeiro vem-lhe dos tempos da tropa, que já o levou ao Kosovo e ao Líbano, por exemplo, onde foi socorrista.

"Vim para cá porque tenho aqui colegas militares e criaram o ambiente para eu vir", comentou ao JN, depois de confidenciar que foi várias vezes convidado para ingressar nos bombeiros de Águeda, cidade onde reside.

Consultor de negócios, Miguel Sousa, 24 anos, de Esgueira, casado e com um filho de três, já tive uma experiência em Braga, mas foram "cunhas" de familiares que o levaram até aos "Novos".

"Tenho dois primos nesta corporação", justificou. "Para já, estou satisfeito", frisou. Assistente num consultório médico, 21 anos, Tânia Pinto, da Taipa-Requeixo, não diz que não ao sonho de ser comandante. "Não podemos dizer nunca", responde com um sorriso. "Para já, não está a ser difícil, mas também ainda não começaram as dificuldades da prática", comentou. Tem o apoio do namorado e foi "empurrada" por um amigo. "Tive curiosidade e inscrevi-me", disse.

Desistências

A Escola de Estagiários de Bombeiros que congrega candidatos dos 16 aos 32 anos, teve seis desistências logo no início, segundo o comandante dos "Novos", Ricardo Fradique.

Com um corpo activo de 124 elementos, Ricardo Fradique diz que não nota desinteresse pelo voluntariado. "Fizemos uma escola no ano passado e não notámos falta de pessoas", disse. "O objectivo é fazer todos os anos", salienta o comandante dos Novos.

JN

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