
Ricardo Rocha, presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência, adiantou que estas «situações insuportáveis» atingem também os bombeiros.
«Neste momento só falta morrer alguém», lamentou o dirigente sindical.
A situação de hoje relacionou-se com a assistência a um homem alcoolizado na via pública que, ao entrar numa ambulância do INEM, esfaqueou com uma navalha o técnico, atingindo-o no braço, cabeça e abdómen, contou à agência Lusa Ricardo Rocha.
A vítima perdeu muito sangue e a consciência no local, tendo depois sido transportada para o Hospital de São José, acrescentou a mesma fonte.
Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse que o técnico de ambulância «está a ser tratado no hospital e que, apesar de os ferimentos terem alguma gravidade, deverá ter alta ainda hoje».
«Mais uma vez se demonstra que somos alvos de agressão, mesmo em situações onde a ambulância não devia ir. Em Espanha, é a Polícia que é responsável pelas pessoas alcoolizadas na via pública», exemplificou o dirigente sindical.
Na semana passada, a equipa que hoje ajudou o técnico ferido também foi agredida por uma mulher alcoolizada, enquanto no ano passado, em Braga, numa situação de violência doméstica, técnicos de ambulância foram quase baleados.
«Estas situações deviam passar a ser crime público e deviam existir meios de defesa nas ambulâncias, como gás pimenta», defendeu Ricardo Rocha, acrescentando que as equipas de socorro já vão com «relutância» e «medo» a alguns bairros e «locais problemáticos».
Lusa / SOL
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