terça-feira, 13 de abril de 2010

Comandante criticou Centro de Orientação de Doentes Urgentes

“A triagem feita pelo CODU (Centro de Orientação dos Doentes Urgentes) não é sempre perfeita”, lamentou ontem o comandante dos Bombeiros Voluntários de Viatodos.
Joaquim Pereira, que falava na sessão solene do 26.º aniversário da corporação, adiantou que “umas vezes o doente não é considerado grave e os socorristas quando chegam ao local verificam o contrário e até solicitam o carro médico, noutras é considerado grave e verifica-se o contrário”.

Tendo na mesa representantes do Governo Civil de Braga, da Autoridade Nacional de Protecção Civil, da Liga dos Bombeiros Portugueses e o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, na conclusão do seu discurso, Joaquim Pereira preconizou uma redefinição das estruturas de comando nacional e distrital dos bombeiros.
“Os bombeiros inserem-se na protecção civil, mas a protecção civil não é só os bombeiros. Todos os agentes da protecção civil têm o seu comando próprio. E os bombeiros?” — questionou.

O comandante da corporação manifestou ainda discordância em relação ao modo como tem vido a ser implementado o Recenseamento Nacional dos Bombeiros Portugueses.
“Discordo sobretudo das 70 horas de formação”, vincou, salientando que “estamos a lidar com voluntários e não com profissionais”.

“Não há vantagem andarem a fazer fomação só para contabilizarem horas”, argumentou, propondo sugestão de realizar os cursos que a lei obriga apenas aos bombeiros que queiram progredir na carreira, “mas sempre em horário pós laboral e no distrito a que pertencem”.
Em representação da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Hercílio Campos, comandante distrital de Braga de Operações de Socorro, recusou bombeiros com “carga de formação zero”, frisando que como cidadãos quando precisamos de socorro queremos ser atendidos “por gente competente”.

Mais de 20 mil associados com as quotas em dia

Outra intervenção ouvida foi a do presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Viatodos.
Amadeu Ferreira Lemos referiu “orgulhosamente” a ultrapassagem dos 20 mil associados com as quotas em dia e lembrou as valências que têm sido desenvolvidas no centro de lazer, que já presta serviço sete dias por semana.

Diariamente, frisou o presidente, são confeccionadas 260 refeições escolares, sendo servidas 140 nas próprias instalações dos soldados da paz aos alunos dos jardins de infância e escola do 1.º ciclo. Designada desde 2005 pólo de recepção do Programa Comunitário de Apoio a Carenciados, a corporação, de acordo com as contas do comandante, distribuiu géneros a seis instituições para distribuírem a 5.740 pessoas e procedeu a entregas directas de bens alimentares a 1.216 beneficiários.

Outras acções que o presidente da direcção realçou respeitam a cursos de formação em tempo laboral e pós laboral, os primeiros com equivalência ao 9.º ano de escolaridade, em áreas como geriatria, socorrismo, higiene e segurança no trabalho.
Também as acções de rastreio em áreas como oftalmologia, cardiologia e podologia foram ainda lembradas por aquele responsável, em colaboração com presidentes das juntas de freguesia e párocos. O pavilhão dos bombeiros estava repleto de centenas de soldados da paz e convidados. A festa incluiu também uma missa e um almoço de confraternização.
Diário do Minho

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