sábado, 27 de novembro de 2010

Bombeiros da Guarda inauguram Unidade Local de Formação Sábado

Os bombeiros voluntários da Guarda inauguraram Sábado a Unidade Local de Formação.
Como o TB já tinha noticiado, a estrutura, em funcionamento desde Outubro, é um pólo de formação da Escola Nacional de Bombeiros que dá a possibilidade aos voluntários do distrito prosseguir a sua formação sem terem de se deslocar para outras zonas do país.
A Unidade Local de Formação funciona nas instalações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Guarda, onde foi criada uma área específica e dotada de todas as condições para aquele tipo de formação.
O quartel dos Bombeiros da Guarda foi escolhido após uma auditoria a diversos corpos de bombeiros, realizada por técnicos da Escola Nacional de Bombeiros e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.
Concluiu-se que a Associação da Guarda tinha condições para receber uma das unidades de formação que a Escola Nacional de Bombeiros está a criar em vários pontos do país.
A formação é prestada fundamentalmente em horário pós-laboral, tirando partido grande partido do período nocturno e dos fins de semana.
A formação é ministrada por formadores credenciados da Escola Nacional de Bombeiros, alguns pertencentes ao corpo de bombeiros da Guarda. Para concretizar a Unidade Local de Formação, a Associação Humanitária da Guarda teve de realizar «um investimento importante», como adiantou recentemente ao TB, Álvaro Guerreiro.
Foi adquirido um conjunto de contentores que formam uma estrutura real em situação de fogo urbano, modificada e transformada dentro do modelo técnico que é preciso para uma unidade de formação deste nível.
A Associação teve ainda de fechar toda a torre de treino com janelas blindadas e adquirir um conjunto de equipamentos.
Terras da Beira

Protecção Civil promoveu Exercício de Salvamento Aquático "Alquevarescue2010"

Bombeiros desdobram-se em múltiplos serviços devido às chuvas

As chuvas que assolaram o Funchal na última noite voltaram a causar problemas de inundações em vários pontos desta cidade. A constatar este facto, o relatório dos Bombeiros Voluntários Madeirenses começa por enunciar a primeira saída, às 01.17 horas, para a Rua dos Tanoeiros para reconhecimento a um alarme de fogo. Às 3.52, avançaram para o Caminho Velho de São Roque para uma inundação em residência.
Pelas 7.39 horas, os bombeiros avançaram para a Travessa do Rego devido a problemas numa adufa. Por último, pelas 11.54 horas, realizaram uma intervenção na Secretaria dos Assuntos Sociais, na Rua das Hortas. Para além destes serviços, os BVM realizaram 12 serviços no âmbito da emergência pré-hospitalar.
Por seu lado, neste dia, os BMF realizaram 14 emergências pré-hospitalares e foram solicitados a uma dezena de serviços inerentes às chuvas. Entre estes contam-se um ferido (senhora de 37 anos) por choque eléctrico numa superfície comercial no Caminho do Poço Barral onde realizaram um serviço numa caixa de elevador devido a inundação.

BVM com serviços em cima de serviços

No dia 25, dia de intensa chuva, os Bombeiros Voluntários Madeirenses responderam a quinze pedidos de auxílio num período de duas horas, devido à grande precipitação registada a partir das 13 horas. A saber, de acordo com o relatório desta corporação, o primeiro pedido foi registado pelas 13.56 horas para a Rua das Hortas, junto a um bar, devido a uma inundação numa caixa de electricidade. Um minuto depois, uma outra equipa avançou para a Estrada da Corujeira devido a muita água das chuvas que colocava aquela artéria intransitável.
Logo de seguida foi para retirar uma viatura que estava inundada dentro de um parque de estacionamento no Monte, abaixo do Monte Verde. Às 13.56 horas, mobilizaram um pronto-socorro pesado e uma ambulância, para a evacuação de civis de uma viatura inundada dentro de um túnel da Cota 40, um dos quais a acusar um estado de hipotermia. Neste período, destacaram uma equipa para o Caminho da Levada dos Tornos, para uma residência que ficou com telhas partidas e a água a correr pelas paredes. Acorreram à zona Velha da Cidade devido ao Ribeiro da Nora que transbordou e causou inundação em restaurantes.
Deslocaram-se ao Caminho de São Roque para um reconhecimento a inundação numa residência. Às 14.10, foram ao Pavilhão do Liceu para uma inundação com a água a transbordar por uma sarjeta. De seguida, uma outra equipa desdobrou-se à Rua dos Arrependidos para uma inundação de um apartamento. Pelas 14.27 deslocaram-se à Rua da Praia devido a uma inundação num estabelecimento de restauração. Como se não bastasse, os BVM foram ainda chamados para a Rua Cidade Cabo, para abrir uma porta por causa de uma panela esquecida ao lume. Às 15.02, os bombeiros desta corporação foram à Rua do Lazareto para um reconhecimento de inundação numa residência.
A seguir deslocaram-se à Estrada Luso-Brasileira e junto às oficinas de uma empresa de automóveis, na Ribeira de João Gomes, com vista a retirar pedras da estrada. Por fim, os BVM acorreram ao corte de galhos de árvores na Rua Dr. Fernão de Ornelas e no Caminho das Lajinhas, Monte. O número de serviços prestados pelos BVM, em tão pouco tempo, revela a densidade das chuvas que assolaram principalmente o Funchal no dia 25. Para além destas intervenções, esta mesma corporação deu cumprimento a uma dúzia de serviços no âmbito da emergência pré-hospitalar, destacando duas quedas na via pública.
Jornal da Madeira

Quem dá mais?

Com a crise que grassa na Câmara de Santarém os credores têm de encontrar formas alternativas de receita.
É o caso dos Bombeiros Voluntários de Santarém, que no sábado promoveram o seu 2.º Encontro de Sopas, a cargo dos pais e encarregados de educação dos jovens que frequentam a Escola de Cadetes e Infantes.
E como o bombeiral tem de andar para a frente também houve quermesse e leilão de peças, como esta bela saca para batatas em versão de cerâmica que o chefe Pinto carrega em ombros, como se vivesse a azáfama do mercado quinzenal.
O Mirante

Condições Meteorológicas Adversas - Precipitação Forte, Tempo Frio, Vento

De acordo com a informação disponibilizada e actualizada pelo Instituto de Meteorologia, salienta-se para os próximos dias: Tempo frio em especial nas regiões do norte e centro, e com maior incidência no Interior.
Nas próximas 48 horas, é expectável o aumento da sensação de desconforto térmico nas populações. Na Segunda-feira 29/Nov, prevê-se uma situação meteorológica adversa associada a um sistema frontal e uma depressão cavada capaz de afectar o território de Portugal Continental, situação que se encontra a ser acompanhada em conjunto com o IM, salientando-se a possibilidade de ocorrência de:
Chuva, por vezes forte, na região Sul durante a madrugada, estendendo-se às restantes regiões. Queda de neve acima dos 600/800 metros, subindo a cota para 1500 metros para o fim do dia. Vento forte do quadrante leste nas regiões Centro e Sul. Para o fim do dia, o vento será forte de noroeste, com rajadas da ordem dos 70 km/h, no Litoral.
Nas terras altas, vento muito forte (60 km/h) do quadrante sul, com rajadas da ordem dos 120 km/h, tornando-se do quadrante oeste para o fim do dia. Face a esta previsão das condições meteorológicas devem ser especialmente observados os efeitos expectáveis e medidas de auto-protecção abaixo descritos. EFEITOS EXPECTÁVEIS A Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda a tomada de algumas medidas de precaução, relativamente a:
Aumento do número de acidentes de viação, devido ao piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água ou formação de gelo; Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; Danos em estruturas montadas ou suspensas; Eventuais cortes de estradas devido à queda de neve. Todos estes cenários podem ser prevenidos se, atempadamente, forem tomadas medidas que anulem ou minimizem os seus efeitos. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO A ADOTAR PELA POPULAÇÃO A ANPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção e precaução tomando especial atenção:
1. Às informações do Instituto de Meteorologia e indicações da Protecção Civil e Forças de Segurança, mantendo-se atenta à situação;
2. À desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculo ao livre escoamento das águas;
3. A adopção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água ou de gelo nas vias;
4. Ao não atravessamento de zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
5. À adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas.
6. À necessidade de utilização de várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso, evitando as roupas muito justas ou as que façam transpirar;
7. Aos cuidados a ter com o aquecimento do lar, nomeadamente, a importante de uma adequada ventilação quando se utiliza lareiras ou braseiras ou, no caso da uso de lareiras, a utilização de um resguardo próprio para evitar que qualquer faúlha salte para o exterior.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do Comando Nacional de Operações de Socorro, continuará a acompanhar permanentemente a situação em estreita articulação com os Agentes de Protecção Civil e demais Entidades relevantes para a situação em apreço, emitindo os Comunicados Técnicos Operacionais que se julguem necessários.
Cidade de Tomar

domingo, 21 de novembro de 2010

1º Seminário de Protecção Civil - Distrito de Bragança

Clique sobre a imagem para ampliar
A Juvebombeiro é uma estrutura criada no seio da Liga dos Bombeiros Portugueses, para congregar os jovens integrados nos quadros de pessoal, dos corpos de bombeiros voluntários ou mistos de todo o país. A Juvebombeiro exerce a sua actividade no plano nacional, como estrutura anexa à Liga dos Bombeiros Portugueses e tem a sua sede nas instalações da Confederação.
Neste sentido, a Juvebombeiro do Distrito de Bragança, em colaboração com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bragança, pretende levar a cabo um Seminário Distrital de Protecção Civil. Achamos esta temática é complexa e pouco divulgada a nível distrital, e por isso pretendemos dar a conhecer aos Bombeiros e população em geral do distrito de Bragança a importância de uma cultura de segurança e prevenção de alguns riscos existentes no distrito.
É neste sentido que vimos por este meio informar da realização de um Seminário de Protecção Civil, o primeiro no distrito de Bragança, no proximo dia 04 de Dezembro de 2010, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança.
Este seminário é direccionado a todos os agentes intervenientes em Protecção Civil, e população em geral. As inscrições são gratuitas e serão oficializadas através do site: www.bombeiros.pt/prociv . Para aceder basta clicar no link.
Para mais informações contactar pelo 934981460 - 910229903 -tali_0402@hotmail.com - cbbraganca.blogspot@gmail.com . ou acompanhar emwww.cbbraganca.blogspot.com Agradece-mos a sua participação a ajuda na divulgação!
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferro Del. Dist. Juvebombeiro de Bragança

Neve corta estradas ao maciço da Serra da Estrela

Três troços da EN338, entre Piornos, Torre e Lagoa Comprida, na serra da Estrela, foram cortados ao trânsito ontem à noite, devido à intensa queda de neve que se verificou desde o meio da tarde, alterando as condições de circulação rodoviária.
A interrupção verificou-se às 20h30, por tempo indeterminado.
CM

Protecção Civil teve 700 elementos activos na Cimeira da NATO

Setecentos elementos e 200 viaturas. Este foi o dispositivo que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) teve a funcionar durante a Cimeira da NATO, que decorreu esta sexta-feira e sábado, na FIL, no Parque das Nações.
Designado Dispositivo Integrado de Operações de Protecção e Socorro, foi formado por elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros e do Serviço Municipal de Protecção Civil de Lisboa, das Forças Armadas, do INEM, do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR, da Força Especial de Bombeiros «Canarinhos» da ANPC, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, da EDP, da Portugal Telecom e da Direcção-Geral da Autoridade Marítima. A ANPC vai contar ainda com o apoio dos corpos de bombeiros de todo o país.

Com o apoio destas estruturas, a ANPC pretendeu-se “garantir a máxima eficácia, rapidez e coordenação nas acções de resposta a qualquer ocorrência de protecção civil e socorro que podessem surgir” durante a cimeira.

O dispositivo tinha capacidade para responder em casos de reconhecimento e avaliação, coordenação aérea, busca e salvamento em ambiente terrestre e aquático, salvamento em estruturas, emergência pré-hospitalar e evacuação sanitária, busca e resgate aéreo, monitorização, detecção avaliação e descontaminação Nuclear, Radiológica, Biológica e Química.

Público

Bombeiros do Sul e Sueste realizaram simulacro na FISIPE

Os Bombeiros Voluntários do Sul Sueste, do concelho do Barreiro, realizaram no passado dia 18 de Novembro, no âmbito do Plano de Emergência Interno da FISIPE, um exercício de simulacro de uma fuga de Acetato de Vinilo, decorrente da ruptura de um dos tanques do complexo fabril.

O simulacro teve como objectivo testar a operacionalidade da Brigada de Emergência da FISIPE e do Órgão de Comando para situações de emergência, bem como a capacidade de resposta dos meios externos – Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste.
A FISIPE é uma empresa com uma capacidade anual de produção de fibras sintéticas da ordem das 55 000 toneladas, tendo uma área do perímetro fabril de cerca de 20 ha e um efectivo de 333 colaboradores, enquadrando-se no âmbito da Directiva SEVESO.

O cenário do simulacro foi o seguinte: um operador de campo sentiu um cheiro a Acetato de Vinilo no tanque TF 116 A, dando o alarme para sala de controlo. Depois de accionado o alarme interno, os bombeiros externos são chamados a intervir, chegando ao local em 3 minutos (menos 7 minutos do que o previsto) e estabelecendo o dispositivo de combate ao incidente, articulando a sua intervenção com a Brigada de Emergência da empresa. Aos bombeiros coube fundamentalmente o estabelecimento de cortinas de água para protecção de tanques de matérias-primas e edifícios contíguos ao tanque acidentado, bem como para evitar a produção de nuvens perigosas decorrentes do derrame, tendo para o efeito recorrido ao VTGC 01, o qual está equipado com bomba própria e monitores para combate directo a incêndios, e ao VUCI 01.

O exercício de simulacro envolveu ainda o VCOT 01 e a ABSC 01, num total de 13 bombeiros e 1 elemento de Comando, tendo sido reconhecido o sucesso das operações por todos os participantes e observadores.

No briefing final, o Presidente da Direcção da AHBV Sul e Sueste lamentou o facto – anunciado através de entrevista concedida pelo Secretário de Estado da Protecção Civil ao Jornal da Liga dos Bombeiros Portugueses (edição de Outubro de 2010) – das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) previstas para serem criadas em alguns Corpos de Bombeiros do Distrito de Setúbal, em particular no Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, não se terem concretizado na data prevista – Setembro de 2010 – nem se prever que o venham a ser durante o ano de 2011, deixando o Barreiro de fora desta importante rede de meios de prevenção e socorro, em particular porque se trata de uma cidade com 80.000 habitantes, na qual vem sendo instalados novos complexos comerciais de grande dimensão, para a ém da existência de um complexo industrial que conta com 3 empresas de risco elevado, em laboração, enquadradas na Directiva SEVESO.
Rostos online

Empresa de Meios Aéreos teve prejuízo de 7,6 milhões de euros e injecção de capital em 2008. Aparelhos vão ser usados na cimeira da NATO

Criada para gerir a frota do Estado, a Empresa de Meios Aéreos (EMA) não conseguiu descolar das dificuldades financeiras. Em 2008 teve 7,6 milhões de euros de prejuízo e só uma injecção de 12 milhões, para reforço do capital social, evitou maiores sobressaltos. As contas de 2009 não estão ainda aprovadas, justificação dada pela empresa e pela tutela para não revelarem qualquer pormenor sobre os resultados do ano passado.

O relatório de 2008, a que o i teve acesso depois de pedidos insistentes, é claro quanto à inviabilidade da empresa pública, se não aumentar o investimento por parte do Ministério da Administração Interna (MAI). O Estado, accionista único da EMA, "tem a obrigação de assegurar os meios financeiros correspondentes aos encargos a suportar com as missões atribuídas à empresa, para que não seja comprometida a sua sustentabilidade, situação que não se conseguiu atingir no ano transacto".

Como a única fonte de receitas da empresa é a prestação de serviços a organismos tutelados pelo MAI, foram contratualizadas horas de voo utilizadas em missões de segurança e protecção civil. Esta semana, na cimeira da NATO, serão operados aparelhos desta frota. GNR, PSP, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) têm de suportar todas as despesas dos helicópteros e da própria EMA, englobando a manutenção programada e não programada das nove aeronaves, o combustível para as missões e exercícios de treino, os encargos com o pessoal e os restantes custos de estrutura.

GNR e PSP pagaram, nos termos do acordo de prestação de serviços de 2008, um milhão de euros (a que acresce IVA) por um total de 185 horas de voo, enquanto o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras contratualizou um milhão e meio de euros e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária dois milhões. Horas adicionais de voo são pagas à parte e, deste pacote, horas não voadas não podem ser deduzidas. Em 2008, apenas a GNR atingiu uma percentagem elevada do potencial de voo (71,4%), enquanto a ANSR utilizou apenas uma hora e 20 minutos de serviços. Quarenta e quatro por cento do total de tempo de serviço aéreo da empresa foi destinado a treino.

No que respeita à missão prioritária da empresa, a gestão do dispositivo de combate a incêndios, é todos os anos aprovado em Conselho de Ministros um montante para garantir as verbas necessárias. Um dos argumentos para a compra de helicópteros, quando António Costa era ministro da Administração Interna, foi tornar mais barata a operação nos incêndios. O que acabou por não acontecer. Em 2008, primeiro ano de utilização dos meios próprios, foi batido o recorde de gastos com aeronaves - 44 milhões de euros, 16 dos quais para pagar aos nove helis do Estado e os restantes para suportar o aluguer de 47 aeronaves. Um custo que o relatório e contas reconhece como "custo de oportunidade" a suportar pela disponibilidade permanente de um dispositivo mínimo que garanta resposta a todo o momento.

Para 2009, o contrato-quadro da empresa com o Estado previa uma subida de 22,8 para 28,6 milhões de euros. Mesmo assim, a administração encarava o ano de 2009 "com alguma reserva de que, no médio prazo, a EMA reúna as condições para garantir a sustentabilidade económica e financeira".

Além dos custos com pessoal, a manutenção dos helicópteros absorve uma fatia significativa - 12,8 milhões de euros em 2008. Outras transacções relevantes dizem respeito à aquisição de seguros (1,7 milhões) e à compra de combustível, que no mesmo ano atingiu 1,1 milhões.

ionline

“Limpar Portugal” diz que o seu projecto nacional “emperrou” na Autoridade Florestal

O movimento “Limpar Portugal” está a limitar a sua ação às florestas do Porto, uma vez que o objectivo de dar dimensão nacional ao projecto “emperrou” na Autoridade Florestal Nacional”, disse hoje à agência Lusa a mentora do movimento.
“A nossa ideia é atuar a nível nacional. A Autoridade Nacional de Protecção Civil abriu-nos as portas, mas endossou-nos para a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e aí emperrou”, queixou-se Judite Maria Moura.

Ao contrário, a recetividade que a ideia teve no Porto, mesmo ao nível de Comando Operacional de Operações de Socorro, do Governo Civil e das autarquias, foi “extraordinária”, explicou a ativista, que falava aos jornalistas durante uma ação de limpeza de floresta na encosta da serra do Branzelo, em Medas, Gondomar.

A ação envolveu 95 pessoas, incluindo a própria governadora civil do Porto, Isabel Santos, que pegou numa enxada e tratou de rapar mato na berma de uma caminho de acesso ao cimo da serra.

O grupo inclui ainda voluntários do projeto “Limpar Portugal”, efetivos dos serviços municipais de Protecção Civil, formandos das corporações dos Bombeiros Voluntários de Gondomar e Valbom e agrupamentos de escuteiros do concelho.

Esta ação visou em concreto o alargamento de acessos para viaturas de bombeiros, explicou, no local, a governadora civil.

A primeira ação de prevenção de fogos florestais no distrito do Porto decorreu em outubro no monte de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso, com particular enfoque na limpeza de mato, recolha de lixo e eliminação de espécies invasoras.

As próximas estão marcadas para a serra de Santa Justa, em Valongo, e incluirão a preparação das áreas ardidas para a sementeira de bolotas, fruto-semente comum a carvalhos, azinheiras e sobreiros, com vista à reflorestação com espécies autóctones, mais resistentes à propagação de incêndios.

Os incêndios florestais consumiram este ano, até 15 de setembro, quase 118 mil hectares, mais 58 por cento do que no mesmo período do ano passado, segundo um relatório da AFN.

Entre 01 de janeiro e 15 de setembro arderam 117.949 hectares de floresta, contra 74.792 no ano passado.

O distrito da Guarda contabilizou a maior área ardida (23.345 hectares), seguindo-se os distritos de Viana do Castelo (19.877), Vila Real (18.751) e Viseu (15.321). Três quartos da área ardida situaram nestes cinco distritos.

Já quanto ao total de ignições nos primeiros nove meses e meio do ano, a maioria (53 por cento) ocorreram nos distritos do Porto, Aveiro e Braga.

AO online

Comandante dos bombeiros de Ponte de Sor admite que situação financeira da corporação é "delicada"

O comandante dos bombeiros voluntários de Ponte de Sor, Joaquim São Facundo, admitiu hoje que a situação financeira da corporação é “bastante delicada”.
Segundo Joaquim São Facundo, a corporação já não consegue cumprir dentro dos prazos os pagamentos aos fornecedores por falta de verbas.
Os salários dos cerca de 20 funcionários dos bombeiros daquela cidade alentejana, estão em dia, mas o responsável teme que a situação se possa alterar.
Joaquim São Facundo voltou a apontar a utilização do transporte de doentes em táxis, como factor que veio agravar os problemas financeiros das corporações de bombeiros.
Rádio Portalegre

Bombeiros precisam de 80 mil euros para arranjar cobertura

115 pessoas participaram no jantar de angariação de fundos para a reparação da cobertura do quartel dos bombeiros de S. João da Madeira. A iniciativa da associação humanitária decorreu na passada sexta-feira, num hotel da cidade, desconhecendo-se ainda o montante angariado. O presidente Carlos Coelho disse ao labor que algumas pessoas ficaram de enviar os donativos pelo correio mas a verba total não deverá ultrapassar os 2.000 euros.

Para reparar a cobertura do quartel operacional, os bombeiros precisam de mais de 80 mil euros, de acordo com os orçamentos que recolheram até à data. Segundo Carlos Coelho, o material usado, sendo “de fraca qualidade”, não aguenta a água, provocando uma inundação no quartel sempre que chove. O problema veio antecipar a necessidade de substituição da cobertura que, sendo em fibrocimento de amianto, é proibida a partir de 2012.

A associação pensava juntar esta operação a um conjunto de obras que pretende candidatar aos fundos europeus mas Carlos Coelho está convencido de que a cobertura não poderá esperar tanto. A direção continuará a promover angariações de fundos para financiar a obra.

Jornal Labor

Homenagem simbólica mas cheia de significado a sapador de Lousada, morto em serviço

Manuel Vicente Correia combatia as chamas num edifício da baixa portuense

Segunda-feira, o quartel dos Bombeiros Sapadores do Porto encheu-se de gente para uma última homenagem ao chefe Manuel Vicente Correia, que na madrugada de domingo morreu enquanto combatia um incêndio na Rua dos Caldeireiros, na baixa portuense.

Manuel Vicente Correia, de 51 anos, vivia em Boim, Lousada, era casado e deixa três filhos (uma rapariga - com casamento marcado - e dois rapazes, um deles de 11 anos). Era bombeiro nos Sapadores do Porto há 28 anos.

O bombeiro morreu no combate às chamas num edifício devoluto e ocupado clandestinamente na Baixa do Porto, na consequência da queda de uma parte da fachada.

A carrinha funerária com os seus restos mortais entrou no quartel com todos os elementos em parada que lhe prestaram continência. Foi ainda colocada uma coroa de flores, momento no qual participou o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, acto de última homenagem ao chefe Correia, antes do funeral que se realizou em Boim, Lousada, e constituiu também uma grande manifestação de pesar. O segundo comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Pais Rodrigues, explicou que esta é "uma cerimónia simbólica mas cheia de significado", à qual muitas corporações de bombeiros vizinhas se associaram, para além de dezenas de bombeiros sapadores, quer no ativo quer aposentados.

Em declarações aos jornalistas, Rui Rio disse que esta é uma "homenagem ao bombeiro que morreu em serviço e quando isso acontece, mesmo que seja numa profissão de risco, "choca" toda a gente.

"O que compete à Câmara fazer - com a devida calma, não é hoje - é averiguar exatamente tudo aquilo que se passou para ver se tudo decorreu na normalidade ou há algum aspeto que tenha falhado e que nós tenhamos que corrigir ou responsabilizar alguém por isso", avançou o presidente da autarquia.

As causas da origem do incêndio são ainda desconhecidas, estando as autoridades policiais a realizar o inquérito necessário para apurar as mesmas.

O segundo comandante dos Sapadores do Porto explicou aos jornalistas que o incêndio deflagrou no último piso de um edifício que estava identificado, mas ocupado indevidamente e cujo proprietário estava informado da situação.

"O chefe da operação no local estava a fazer, com mais dois homens, uma montagem de serviço para combater o incêndio de um edifício contíguo", relatou, acrescentando que "houve o descolamento da fachada onde estava a decorrer o incêndio e essa fachada veio a cair em cima dos homens, tendo vitimado o chefe de serviço".

Pais Rodrigues disse ainda que os chefes de serviço dos Sapadores do Porto "têm muita experiência acumulada" e o local onde a vítima mortal se encontrava "era seguro porque era fora do incêndio, afastado ainda alguns metros do edifício".

Dor e consternação em Boim

Tinha 23 anos quando ingressou nos Sapadores Bombeiros do Porto. Volvidos 28 anos, era chefe de serviço. Casado com Emília Pinto e pai de três filhos de 22, 19 e 11 anos, a família foi avisada por uma psicóloga e colegas que se deslocaram a Lousada, onde vivia, para informar do óbito. "Foi-nos roubado", diz cunhada, Isabel Ferreira.

Manuel Vicente Correia era natural e residente em Lousada e há cerca de dois anos foi promovido a chefe dos Sapadores do Porto, posição que o afastava mais das ruas. "Mas quis o destino que no domingo, por falta de efectivos, fosse ajudar a combater o incêndio que acabou por lhe tirar a vida", desabafou Isabel Ferreira. O Lugar do Cruzeiro, em Boim, Lousada, está mergulhado em tristeza desde a chegada da notícia da sua morte.

Segundo a cunhada, o chefe Correia, como era conhecido, "era um homem muito calmo, pacífico, muito querido aqui no lugar e que amava a profissão que tinha, vivia-a muito e estava sempre com vontade de trabalhar". Mas esta paixão fazia com que a família "andasse sempre com o coração nas mãos, em sobressalto", apesar de ele nunca "ter tido nenhum receio e de ser muito cuidadoso". Nunca tinha sofrido nenhum acidente, "apesar de já ter feito trabalhos mais perigosos do que este".

No batalhão, a voz embarga-se quando são pedidas algumas palavras sobre este "homem da casa", um profissional tão "cauteloso". "Um porreiro, responsável, cumpridor, bem-disposto, acarinhado pela corporação, muito respeitado", afirma o 2.º comandante, Pais Rodrigues. Manuel Monteiro, que tem a mesma graduação de Correia e com ele entrou na corporação a 27 de Setembro de 1982, não consegue destacar um momento especial da carreira do colega, "tantas e tão diversificadas são as ocorrências". Mas ressalva o facto de sempre ter sido "um camarada para o seu amigo, sem grandes conflitos e que tentava gerir o pessoal sempre da melhor maneira".

Terras do Vale do Sousa

domingo, 14 de novembro de 2010

Ministro Rui Pereira sabe de alegados desvios na Protecção Civil desde Abril

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que tutela a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), conhece desde Abril as suspeitas que existem contra o comandante operacional da ANPC, Gil Martins, e que levaram a Inspecção-Geral da Administração Interna a propor a abertura de um processo disciplinar ao principal responsável operacional deste sector.
Isso mesmo confirmou Rui Pereira numa resposta enviada por e-mail ao PÚBLICO, onde o ministro alega não ter competências para decidir a suspensão de Gil Martins.
"No dia 14 de Abril de 2010, foi remetido ao gabinete do ministro da Administração Interna o referido processo [inquérito destinado a investigar procedimentos sobre os quais foram suscitadas dúvidas, nas palavras do MAI], com a proposta de instauração, pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), de um processo disciplinar contra o comandante operacional nacional, Gil Martins", lê-se no e-mail que o MAI enviou ao PÚBLICO. Rui Pereira acrescenta que no mesmo dia remeteu o processo para a IGAI. E quanto à ausência de medidas preventivas, justifica: "O comandante Gil Martins continuou a exercer funções porque a sua suspensão preventiva só seria legalmente admissível se tivesse sido proposta pela entidade que instaurou o processo, a IGAI, ou pelo próprio instrutor do processo, o que não sucedeu".

Inquérito-crime aberto - Segundo o semanário Expresso, o comandante está a ser investigado por alegadamente ter desviado cerca de 100 mil euros entre 2007 e 2008. Gil Martins usaria a escala de serviço, que incluiria mais funcionários do que aqueles que efectivamente prestariam serviço no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), para fazer sair o dinheiro através da Associação Humanitária de Bombeiros Progresso Barcarense, que procedia ao pagamento do pessoal. O dinheiro relativo aos funcionários que não tinham trabalhado seria entregue a um motorista do comandante. Mais tarde era justificado perante os serviços administrativos dos bombeiros barcarenses com facturas de refeições, deslocações, telemóveis, computadores e até de uma consola Nintendo. Esta semana o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa confirmou que estava a investigar o caso. Tal deve-se ao facto de o estatuto disciplinar de quem exerce funções públicas prever que os ilícitos disciplinares prescrevem ao fim de um ano após serem cometidos, a não ser que também sejam crime. Ora como os factos são de 2007 e 2008 só se constituírem crime é que não estarão prescritos a nível disciplinar.

O recrutamento de funcionários através de associações de bombeiros é um esquema que existe na Protecção Civil há mais de 20 anos e pretende colmatar a recusa repetida dos governantes em criar quadros na ANPC e nos organismos que a antecederam. "Nunca houve disponibilidade dos vários ministérios para fazer concursos de admissão", afirma Joaquim Marinho, presidente do antigo Serviço Nacional de Bombeiros entre 1996 e 2002. "A mecânica engendrada era a figura da cooperação técnica operacional, que permitia a transferência das verbas para as associações de bombeiros, que contratavam as pessoas", continua. Para a resolução definitiva do problema, Rui Pereira prometeu um centro de recursos para a protecção civil.
Mas o projecto não saiu do papel. Em vez disso, a maioria dos funcionários da ANPC foi contratada pela Escola Nacional de Bombeiros, uma associação privada, que tem como accionistas a Liga dos Bombeiros e a própria ANPC. Apesar de reconhecer a fragilidade do sistema que se mantém hoje, Marinho garante que ele não facilita o que se fala agora. Não será essa a convicção do ex-comandante distrital de Évora, José Rodrigues, suspenso preventivamente o ano passado e depois demitido da ANPC. O ex-dirigente recusou-se ontem a falar, mas o PÚBLICO apurou que as suas declarações terão contribuído para a abertura de um inquérito ao CNOS.

Público

Bombeiros Sapadores de Coimbra recebem três viaturas e novo equipamento

A corporação dos Bombeiros Sapadores de Coimbra recebeu hoje (sexta-feira) três novas viaturas e um inovador equipamento, destinado a ser usado pela equipa de busca e resgate em estruturas colapsadas.
O “Audio Resq – Life Locator”, no valor aproximado de 10 000, foi adquirido e entregue à corporação pela empresa Águas do Mondego, no âmbito da política de apoio a entidades regionais.
Apesar de ser vulgarmente utilizado pelas equipas internacionais de busca e resgate, em Portugal, há apenas mais um destes equipamentos, em Lisboa, que permite detectar vítimas soterradas debaixo de escombros.
Destinados a reforçar a capacidade operacional dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, os três veículos entregues pela Câmara Municipal de Coimbra representam um investimento na ordem dos 360 000 euros. Para além de uma viatura de comando táctico, a corporação passa a dispor de mais duas viaturas ligeiras de combate a incêndios, devidamente equipadas, uma vocacionada para a intervenção em zonas urbanas e de difícil acesso e a outra para a área florestal.
O comandante dos Sapadores, tenente-coronel Dantas, apresentou ainda um novo projecto, no valor aproximado de 600 000 euros, tendente à ampliação das instalações do actual quartel, privilegiando a criação de novos espaços destinados a albergar valências nas áreas da protecção ambiental, formação e treino da equipas de mergulhadores e busca e resgate em estruturas colapsadas, entre outras.
A obra, comparticipada pelo Quadro Referência Estratégico Nacional (QREN) em 70 por cento, foi adjudicada ontem pelo Município de Coimbra, que suporta o restante investimento.
A aguardar o aval do Tribunal de Contas para avançar, esta empreitada tem o prazo de conclusão de um ano.
Campeão

Bombeiros devem 350 mil euros

Os bombeiros de Vila Meã, em Amarante, têm um passivo de perto de 350 mil euros e não conseguem pagar as dívidas. Só de combustível, a associação humanitária deve perto de 50 mil euros a uma estação de serviço da localidade.
"Estamos com muita dificuldade em pagar as contas. O empreiteiro que construiu o nosso quartel e a quem devemos cerca de 250 mil euros meteu uma acção de execução fiscal em tribunal. Temos algumas receitas que estão a ser bloqueadas por isso", explicou ao CM Serafim Martins, presidente da associação humanitária.

Só a fornecedores, os bombeiros devem perto de 100 mil euros. Também o ordenado dos bombeiros assalariados está em atraso devido à falta de dinheiro. Há oito meses que os bombeiros não pagam despesas. "Pagamos 75% dos salários aos nossos funcionários. Os 25 restantes tiveram de ser adiados para melhores dias. Também não sabemos se iremos conseguir pagar os subsídios de Natal", disse o mesmo responsável.

Para dar a volta à situação, os bombeiros pediram apoios camarários e também um empréstimo.

A solução passa ainda por organizar eventos para angariar fundos. Tudo isto foi discutido em assembleia geral, onde ficou decidido também pedir ajuda à Liga dos Bombeiros. "Sensibilizámos toda a gente."

CM

Corporações de bombeiros podem «entrar em falência» a partir de Janeiro

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) garante que se o Estado não pagar as verbas em atraso, há várias corporações de bombeiros em todo o país que «vão começar a entrar em falência» já a partir de Janeiro.

Rui Silva, vice-presidente da LBP, explicou ao Diário de Notícias que as dívidas do Estado já superam os 20 milhões de euros.
A «última esperança» é a equipa conjunta criada pela LBP, pelo Ministério da Saúde e pela Direcção-Geral de Saúde para monitorizar as dívidas em atraso.

«É uma situação generalizada em todo o País. E se este trabalho de monitorizar os pagamentos falhar, a partir de Janeiro estaremos a falar da progressiva falência das associações, o que seria gravíssimo a vários níveis», sublinhou o responsável.
«Uma coisa é certa, a não resolução do problema pode pôr em causa, a partir de Janeiro, o transporte de doentes em ambulância porque os encargos com salários e equipamentos rodoviários são incomportáveis com estes atrasos», alertou.
abola.pt

Proprietária do prédio onde morreu bombeiro já tinha sido notificada pela câmara

A proprietária do prédio na Rua dos Caldeireiros, ocupado clandestinamente, onde morreu esta noite um bombeiro dos Sapadores do Porto durante o combate às chamas, já tinha sido notificada pela câmara para que encerrasse o edifício.
O segundo comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Pais Rodrigues, disse que, de acordo com indicações que teve dos técnicos da câmara, “a proprietária já tinha sido notificada para a realização de obras e para impedir o acesso ao edifício”.
Segundo Pais Rodrigues, o “edifício já estava “identificado há muito tempo” como estando a ser ocupado clandestinamente, mas não oferecia perigo físico.
“A câmara não se pode substituir ao proprietário”, afirmou o segundo comandante da corporação, explicando, no entanto, que no caso de risco de derrocada ou de falta de segurança a autarquia intervém.
Depois da notificação camarária, e caso o proprietário não cumpra a ordem, a câmara pode substituir-se ao proprietário, fazendo a intervenção necessária, e enviando, à posteriori, a conta das obras realizadas.
Também o presidente da Junta de Freguesia, António Oliveira, garantiu à Agência Lusa que foi enviado um ofício à proprietária “há dois meses” a alertá-la para esta situação.
“A resposta que obtivemos foi que a proprietária ia entregar o caso ao advogado. Mais nada”, disse.
O presidente da junta garante que os moradores estão “revoltados” sabendo que a proprietária e Câmara do Porto sabem da situação em causa e nada está a ser feito, considerando urgente “vedar” o edifício.
Um incêndio num prédio na Rua dos Caldeireiros, na baixa portuense, vitimou esta noite um chefe dos Sapadores do Porto, de 52 anos, durante o combate às chamas.
As causas na origem do incêndio são ainda desconhecidas, estando as autoridades policiais a realizar o inquérito necessário para apurar as mesmas.
Público

sábado, 13 de novembro de 2010

Chefe dos bombeiros Sapadores morre a combater chamas de um incêndio na baixa

O chefe dos Bombeiros Sapadores do Porto morreu na noite de sábado quando tentava apagar um incêndio num edifício situado na baixa portuense, disse à lusa fonte do quartel.
"Neste momento, o pessoal todo do quartel está lá.
Ele era o nosso actual chefe, o chefe Correia", disse à lusa o elemento dos sapadores que ficou no quartel a atender as chamadas telefónicas.
O incêndio começou por volta das 22:25 e terá sido a derrocada de uma parede que terá provocado ferimentos mortais ao chefe Correia de 52 anos, explicou aquele elemento da coorporação.

(Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.)

Lusa

Chefe dos bombeiros que morreu a combater incêndio era de Lousada

O chefe dos Bombeiros Sapadores do Porto que faleceu, na noite de sábado, durante o combate a um incêndio resida em Boim, Lousada. Manuel Vicente Pereira Correia, 51 anos, casado e com três filhos, um deles menor, era bombeiro profissional há 28 anos. A notícia da sua morte chegou de madrugada através do próprio comandante da corporação.

Bombeiro há 28 anos - “Ele já podia ter vindo embora há cinco anos, mas na altura achou que era demasiado novo. Agora, faltavam-lhe quatro anos para ser reformado”, destacou Filipe Miranda, namorado da filha do chefe dos bombeiros.

Manuel Correia optou por dar continuidade à carreira e, na noite de sábado, estava a liderar a operação de combate a um fogo que deflagrou num prédio ocupado indevidamente na rua dos Caldeireiros, na baixa portuense.

"O chefe de serviço no local estava a fazer, com mais dois homens, uma montagem de serviço para combater o incêndio de um edifício contíguo. Houve o descolamento da fachada onde estava a decorrer o incêndio e essa fachada veio a cair em cima dos homens, tendo vitimado o chefe de serviço", explicou, à comunicação social, o 2º comandante Pais Rodrigues.

À família, a explicação chegou horas depois da tragédia pelo próprio comandante da corporação. “Foi o comandante Carlos Mota, juntamente com uma equipa de psicólogos do INEM, que veio a Lousada dar a notícia da sua morte. Eram cerca das 2h15 e a mulher estava em casa com os três filhos, um deles menor”, revelou Filipe Miranda.

“O comandante explicou o acidente e disse que ele foi ajudar um colega a subir uma escada quando a fachada interior do prédio ruiu de repente. Ainda não percebemos muito bem o que aconteceu. Ele era chefe e devia estar a comandar as operações, não a combater o fogo”, acrescentou o mesmo familiar.

Manuel Correia trabalhou numa fábrica metalúrgica de Lousada antes de ser incorporado nos Bombeiros Sapadores do Porto há 28 anos. Era, segundo os seus comandantes, um bombeiro experiente.

“Ele já tinha tido situações complicadas e, de vez em quando, andava dois ou três dias transtornado com algumas coisas que lhe aconteciam. Mas nunca teve a vida em perigo durante estes anos todos”, recordou Filipe Miranda.

O Verdadeiro Olhar

sábado, 6 de novembro de 2010

Onde há fumo há fogo, a ser verdade é uma vergonha

O comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil é suspeito de ter desviado, em 2007 e 2008, 100 mil euros que deveriam servir para pagar turnos na época de fogos florestais para outros fins, como computadores, LCD e hotéis.

Gil Martins, que está a ser investigado pela Inspeção Geral da Administração Interna por uso indevido de verbas e está a ser alvo de um processo disciplinar, disse ao jornal: “Ainda não fui ouvido. Quando chegar a acusação, se chegar, terei oportunidade de me defender”.

Programa de computador ajuda a prever fogos secundários

Equipa de Coimbra analisa comportamento de partículas durante incêndios e probabilidade de provocarem novos focos

Os perigos associados aos incêndios florestais e os que podem resultar da deflagração de fogos secundários durante o combate às chamas pelos bombeiros, levou a equipa liderada por Domingos Xavier Viegas a desenvolver um programa de computador que ajuda a prever as áreas onde há maior risco de deflagrarem chamas secundárias, tendo em conta as características do local e as condições meteorológicas. O Spot Fire arrancou em 2009 e deve estar concluído no final de 2011.

"Os focos secundários podem agravar os perigos de um incêndio, aumentando a sua velocidade de propagação e colocar em risco a vida de pessoas ou bens", recorda Xavier Viegas, presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), onde está integrado o projecto liderado pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

No Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, onde têm sido desenvolvidos trabalhos nesta área (ver texto secundário), a equipa começou por "estudar a libertação de partículas incandescentes por árvores ou arbustos".

"Utilizamos sistemas de aquisição e análise de imagens muito avançados, que nos permitem medir não apenas o número de partículas libertadas como o seu número e dimensão assim como as suas velocidades e trajectórias iniciais", explica Domingos Xavier Viegas.

E uma das conclusões é que a casca do eucalipto, das espécies mais perigosas num fogo, "pode percorrer, em determinadas condições, uma distância de cinco a sete quilómetros". Xavier Viegas diz que "as que caem mais perto são as que preocupam para já, pois são que têm maior probabilidade de provocar focos secundários".

Além desta análise, a equipa está "a estudar as propriedades de combustão de diversas partículas e as características aerodinâmicas, para poder compreender melhor o seu comportamento durante o transporte pelo vento". "Colegas nossos que desenvolvem modelos numéricos estão a trabalhar na integração dos dados, para simular a trajectória das partículas em diversas condições ambientais, tendo em conta a presença do fogo, vento e topografia, para prever o modo de combustão e a provável do seu impacto com o solo", frisa.

Além dos objectivos científicos de melhorar o conhecimento do problema, a equipa espera transmitir os conhecimentos às entidades operacionais. "E, a médio prazo, dotá-las de ferramentas de decisão mais fiáveis para um combate mais seguro dos incêndios", admite o coordenador do projecto. A meta é chegar a um programa de computador, mas o investigador da ADAI admite que "ainda faltam muitos passos". Mas destaca a importância "da colaboração com os bombeiros e as autoridades da Protecção Civil" no desenvolvimento deste e outros estudos.

Com um financiamento de 136 mil euros, a ADAI contou com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, que financiou o projecto a 100%. "Tem sido muito difícil obter apoio financeiro para estes estudos, da parte de entidades operacionais ou de empresas com actividades florestais ou afins", acrescenta.

DN

Depois dos incêndios é preciso abrir as portas para o futuro

O distrito da Guarda foi bastante fustigado pelos incêndios no último Verão. D. Manuel Felício, bispo local, lamenta esta situação porque “infelizmente a Guarda aparece no top só por estas razões que não nos convêm”.

Com a entrada na época outonal e o aparecimento das primeiras chuvas é tempo de fazer balanços e ajudar os que sofreram as consequências das chamas. O Bispo da Guarda garante que “muitas pessoas ficaram sem os rebanhos”.

Para atenuar este problema foi feita uma parceria – com o Governo Civil e várias instituições onde está incluída a Cáritas diocesana – para ajudar as pessoas que ficaram “sem meios e lhes permitam ter as portas abertas para o futuro”.

Comparando com os tempos de outrora, D. Manuel Felício sublinha que “existem menos pessoas a viver da terra e dos rebanhos”, mas mesmo esses “precisam do nosso apoio”. No Verão de 2009, a diocese viveu “um flagelo igual”. São situações como estas que “deixam as pessoas desanimadas”.

Após os incêndios aparecem sempre as promessas de ajuda. No entanto, “o ano passado tivemos promessas governamentais que não se realizaram”. E acentua: “os terrenos continuam abandonados e não têm uma única árvore plantada”.

O bispo da Guarda apela também ao desenvolvimento sustentável. “Não pode haver desenvolvimento verdadeiro sem a pessoa, sem a comunidade e sem a relação com a natureza”.

Ao nível da pastoral, a diocese pretende desencadear algumas acções que permitam alterar o rumo dos acontecimentos. “Foi lançada uma parceria com o outro lado da raia, para serem lançadas 150 mil cabras na zona raiana para que estas limpem os terrenos” – disse o prelado.

Na região da Guarda, o número de escolas encerradas também merece um comentário de D. Manuel Felício. “Nesta hora de crise, o maior drama não é a economia, mas o do abandono escolar”.

E finaliza: “fechar uma escola numa terra é antecipar o fecho dessa mesma terra”. Se nalguns casos era “inviável manter as escolas abertas, noutros casos isso não sucede” – lamenta o bispo da Guarda. E finaliza: “é a morte antecipada de muitas aldeias”.

AEcclésia

Bombeira reintegrada obrigada a trabalhar na casa-de-banho

Uma funcionária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros está, desde o início de Outubro a trabalhar numa das casas-de-banho da corporação, depois de a direcção, que a tinha despedido, ter sido obrigada a reintegrar e a indemnizar Sílvia Martins.

Já não há sinais do lavatório ou da sanita que servia de prateleira a vários dossiês, mas Sílvia Martins permanece sozinha num cubículo que já foi casa-de-banho, sem acesso à secretaria e à central, ela que também tem formação de bombeira voluntária. E as loiças sanitárias só já não fazem parte da decoração do seu insólito gabinete porque a Autoridade para as Condições de Trabalho ordenou que a direcção fizesse obras.

Ainda assim, o caso está longe de estar encerrado. José Alberto Baptista, dirigente regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração local, revelou ao JN que já pediu uma reunião com "carácter de urgência" à direcção dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, para que Sílvia Martins tenha acesso à secretaria e à central, dois locais fundamentais para o desempenho das suas funções.

A situação vem denunciada num blog de bombeiros e adianta que a funcionária foi despedida depois de se ter sindicalizado. Na ocasião, a direcção terá invocado a figura de extinção do posto de trabalho para despedir Sílvia.

A funcionária recorreu aos tribunais e ganhou a acção. Não só foi reintegrada, como recebeu dois mil euros por danos morais. Contudo, no início de Outubro, foi confrontada com um novo local de trabalho: uma casa-de-banho adornada com uma secretária.

Nos primeiros dias, esteve ali, entre a sanita e o lavatório, sem trabalho atribuído e com um computador sem Internet. "Aquilo que fizemos foi logo chamar a Autoridade para as Condições de Trabalho e a direcção teve de fazer obras, mas há aspectos que estão por resolver", explica José Alberto Baptista. O sindicalista revela ainda que, na secretaria, depois da saída de Sílvia Martins, continua a trabalhar um funcionário.

O JN tentou ontem, por diversas vezes, ouvir um responsável da direcção dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, mas ninguém se mostrou disponível para prestar quaisquer declarações.

JN

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bombeira agredida quando socorria mulher

Uma bombeira da corporação dos Voluntários de Évora foi agredida, hoje, terça-feira, quando se preparava para socorrer uma mulher em paragem cárdio-respiratória. A agressão terá sido protagonizada pelo filho desta.

Fonte dos Bombeiros Voluntários de Évora adiantou, ao JN, que os bombeiros foram chamados ao Bairro Almeirim, em Évora, para acudir a um incêndio ou explosão, tendo avançado com uma ambulância e um carro de combate a incêndios.

Ao chegarem, perceberam que não havia qualquer acidente daquele género, mas apenas uma mulher em paragem cárdio-respiratória no interior da sua casa. De imediato, a bombeira Ana Nunes, de 28 anos, deu início aos preparativos para tentar reanimar a vítima, enquanto um outro colega se deslocava à ambulância para recolher o material necessário.

Terá sido neste espaço de tempo em que Ana Nunes ficou sozinha na residência, que sofreu uma forte pancada na cabeça, alegadamente desferida pelo filho da mulher em paragem cardio-respiratória.

O agressor foi, entretanto, afastado do local e chamada a Viatura de Emergência e Reanimação Médica (VMER), que conduziu a mulher ao hospital. Esta viria, no entanto, a falecer a caminho daquela unidade.

Também a bombeira Ana Nunes foi conduzida ao hospital para observação, mas o seu estado de saúde não inspira cuidados, soube o JN.

A mesma fonte adiantou que a direcção dos Bombeiros Voluntários de Évora pondera apresentar uma queixa pela agressão na PSP.

JN


Bombeiro mais velho de Portugal completou 100 anos

O bombeiro mais velho do país, Henrique Amaro, foi ontem homenageado pelo seu 100º aniversário durante o 5º fórum nacional dos bombeiros honorários, que reuniu em Santarém mais de 1300 elementos dos quadros de honra. “Eu sou do tempo em que não havia auto-tanques e os fogos eram apagados com os ramos das árvores, cortados à machadada”, recordou ao CM Henrique Amaro, que apagou 100 velas na quinta-feira, 28 de Outubro, conservando uma memória e uma lucidez de fazer inveja.
“Para nós, era uma alegria tremenda quando chegávamos ao fim de um incêndio com êxito, mesmo estando exaustos”, frisou o homenageado, para quem “não há comparação possível entre o antigamente e o agora. Ainda bem que os jovens sabem mais e têm outros equipamentos”. O actual segundo comandante do quadro de honra dos bombeiros voluntários de Agualva – Cacém tornou-se soldado da paz com apenas 23 anos, como bombeiro de 3ª classe no corpo de Campo de Ourique, onde permaneceu quatro anos.

Em 1941, mudou de residência e ingressou nos bombeiros de Agualva – Cacém. Como o tempo anterior não lhe foi contabilizado, Henrique Amaro teve que passar novamente pela escola de recrutas antes de entrar no corpo activo, onde esteve durante 29 anos. Entre 1965 e meados de 1968, assumiu funções de segundo comandante, tendo de seguida sido nomeado comandante interino até à data da sua reforma, a 2 de Novembro de 1970.

Henrique Amaro sublinha com orgulho que é o “sócio nº12” da Associação Humanitária dos Bombeiros de Agualva – Cacém, que ultrapassa já os 20 mil associados. Este prémio “não é para mim, é para todos os que são e foram bombeiros”, afirmou o homenageado, distinguido numa cerimónia organizada pela Liga de Bombeiros Portugueses e pela Associação Reviver Mais, e onde esteve presente o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

CM

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Conferência Nacional "Os Bombeiros e as Novas Tecnologias" - VI aniversário do portal bombeiros.pt (reg. foto. de Sábado)

1] 30Out2010 / 15:40 - Abertura dos trabalhos com o moderador Daniel Rocha e orador Luís Mário Ribeiro - CEIF/ADAI (Universidade de Coimbra)
2] Moderador Daniel Rocha e orador Nuno Breda - Empresa IFFIRE, IFPROTEC, GPSPHONETRACK IFFIRE Mobvile IFMB - Tecnologias Integradas para Bombeiros e Protecção Civil
3] Orador António Almeida - Empresa DecimalFire - Criar Plataforma Moderna de Gestão para Bombeiros
4] Moderador Sérgio Cipriano e orador Jaime Aranda - Empresa RPG Companhia Espanhola Especializada no Sector Audiovisual
5] Orador Luís Madeira - Empresa Quartel21 - Sistema de Intranet Dedicado à Gestão Interna de Corpos de Bombeiros
6] Oradores Miguel Marques e João Baptista - Empresa ENERBUILD Tecnologias de MicroLedPlus - Sistemas em Projectores Portáteis para Sistemas de Emergência
7] 18:50h: Encerramento dos Trabalhos com o Moderador Sérgio Cipriano e orador Jacinto Oliveira - Empresa JaCinto Lda. - Novas Ferramentas de Desencarceramento, Sistemas de Resgate Hidráulicas por Bateria e Novos Paineis de Operação de Veículos de Incêndio