sábado, 31 de julho de 2010

Cinco bombeiros feridos em despiste a caminho de incêndio

Cinco elementos da corporação dos bombeiros do Marco de Canaveses sofreram hoje ferimentos ligeiros na sequência de um despiste da viatura em que seguiam para combater um incêndio florestal, disse à Lusa fonte daquela corporação.
Segundo o adjunto do comando, Sérgio Soares, o despiste, seguido de capotamento, ocorreu cerca das 16h15, quando seguiam para um incêndio, em Paços de Gaiolo.

Um elemento da corporação referiu à Lusa que os seus colegas feridos foram transportados para o hospital local, mas que não apresentavam ferimentos graves.

Disse ainda que o carro em questão, que se encontra imobilizado, “era o melhor” da corporação para combate de incêndios florestais.
Público

Duarte Caldeira: “Esta situação não nos surpreende”

Duarte Caldeira, Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses sobre incêndios e palavras do ministro Rui Pereira.

Correio da Manhã – O ministro da Administração Interna disse que os meios de combate aos incêndios têm capacidade de resposta. Concorda?

Duarte Caldeira – Comparando com 2003 ou 2005, há um avanço significativo da capacidade de resposta do dispositivo de combate.

– Mas há meios suficientes?

– Para uma situação normal sim. Mas se temos quatro ou cinco dias seguidos, com cerca de 400 incêndios/dia, é natural que comecem a existir falhas nessa resposta.

– O que mudou para melhorar a capacidade de resposta?

– Há melhor qualificação das equipas de combate, capacidade de organização no teatro de operações, gestão dos meios aéreos e o tempo de resposta desde o alerta à chegada ao local da primeira equipa.

– Que análise faz à actual situação dos incêndios?

– Não estamos a ser surpreendidos. Em Maio, visitámos locais onde houve grandes incêndios e dissemos que era expectável. Até ao final da semana passada estávamos numa situação excelente. Tivemos um Inverno prolongado e, apesar de isso favorecer a regeneração da vegetação, não houve fogos em Janeiro e Março.

CM

Fogo na Covilhã lavra em duas frentes

As chamas em São Jorge da Beira estão a consumir uma zona de pinhal.
Estão activos 20 fogos de pequena dimensão de norte a sul do país, mas há um que arde com intensidade no concelho da Covilhã.

O fogo em São Jorge da Beira está a consumir uma zona de pinhal, não havendo casas em risco.

As chamas, que segundo o site da Autoridade Nacional de Protecção Civil têm duas frentes, estão a ser combatidas por dez meios aéreos e 181 bombeiros.

O tempo mais fresco que se faz sentir está a facilitar o trabalho dos bombeiros, após ontem terem ocorrido 332 ocorrências.

Entretanto, a Policia Judiciária anunciou hoje a detenção do presumível autor do incêndio em Mangualde que durou todo o fim-de-semana passado.

O homem de 33 anos é acusado de ter dado início a quatro focos de incêndio no concelho de Mangualde, um deles de grandes dimensões. O presumível incendiário já esteve presente durante a manhã no Tribunal de Tondela para interrogatório judicial.
RRenascença

PJ: Detida mulher suspeita de atear fogos em Barcelos

A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de dois crimes de incêndio florestal ocorridos no concelho de Barcelos.
O anúncio foi feito pela PJ que, em comunicado, refere que a investigação foi levada a cabo pelo Departamento de Investigação de Braga, e explica que o fogo, que tinha casas "nas proximidades", só não produziu danos de valor mais elevado devido à rápida intervenção de particulares e bombeiros.
A detida não tem antecedentes criminais e não existe, "para já, causa determinada para a motivação do seu acto", diz a PJ.
A mulher, "fortemente indiciada" pela prática de dois crimes de incêndio, tem 49 anos, reside na zona, e vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
JN

Aviões para vigiar incêndios vão ficar parados e sem uso

A vigilância de incêndios em Portugal não vai, este Verão, dispor de meios aéreos. A confirmação foi, ontem, sexta-feira, feita pelo secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, que considerou que as aeronaves, oferecidas em 2004, “não nos garantem nenhuma eficácia”.

As duas aeronaves de vigilância de incêndios da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) não vão ser utilizadas este Verão. Segundo Vasco Franco, os aparelhos, doados pela Fundação Vodafone Portugal, em 2004, “garantiam apenas uma protecção ínfima”.

Para a decisão do Governo contribuiu sobremaneira, indicou, os acidentes verificados com duas dessas aeronaves, um deles com duas vítimas mortais.

“Ao todo, foram oferecidas quatro aeronaves. Dessas, duas caíram, tendo um desses acidentes custado a vida a duas pessoas. Depois de dois acidentes e de dois mortos, mandámos parar essa acção”, disse.

O primeiro acidente, do qual resultaram duas vítimas mortais, verificou-se em Março passado, em Castelo Branco, com a aeronave que se despenhou junto à pista do aeroclube local.

A tragédia foi, mesmo, considerada “estranha” pelos associados da agremiação. Aos comandos do aparelho – um ultraligeiro Zephyr 2000 ULM, a exemplo dos restantes, oferecidos ao então Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil – seguia um instrutor do clube, piloto tido como “muito experiente”.

O segundo acidente, sem consequências de maior, teria lugar no começo do Verão, em Tomar. Piloto e passageiro saíram do aparelho com ferimentos ligeiros.

Ao que o JN conseguiu apurar, decorrem, ainda, os inquéritos relativos aos dois acidentes, encontrando-se a ANPC em vias de transferir os dois aparelhos ainda existentes (e estacionados no Aeródromo José Ferrinho, em Leiria) para a Empresa de Meios Aéreos.

“Temos uma rede permanente de torres de vigia, que funcionam, nesta fase, 24 horas por dia, com cerca de mil pessoas a trabalhar. É nessa rede que temos de confiar e não nas aeronaves. É esforço que agradecemos mas não queremos que essas pessoas corram riscos”, considerou, a propósito, Vasco Franco, enfatizando que o país “tem de dispor de um sistema de vigilância permanente e as torres de vigia são esse sistema”.

Confrontado com a opção da tutela, o presidente do Aeroclube de Leiria, Afonso Vieira, assinala: “Esta é uma valência que poderia ser aproveitada, numa altura em que o país precisa de fazer mais por menos dinheiro. Trata-se de um custo irrisório. No país existe uma dezena de aeroclubes que, a um custo muito baixo, poderia desenvolver esse trabalho. Os piloto são voluntários”.

Disse, ainda, que ao clube é devida a vigilância efectuada durante o ano de 2007, num total de cerca de 12 mil euros.

JN

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Jaime Soares alega "estratégia errada para o combate aos incêndios... os topos de gama estão nas elites"...

O responsável pela Protecção Civil na Associação Nacional de Municípios diz que Portugal tem uma estratégia errada para o combate aos incêndios. Jaime Soares diz que se criou uma super-estrutura na Autoridade Nacional da Protecção Civil que tem todos os meios e os bombeiros que estão no terreno não têm nada.

Criticas à organização do combate aos fogos numa altura em que por todo o país há centenas de bombeiros exaustos e sem ninguém que os substitua.

São longas horas de exposição a altas temperaturas, inalação de partículas, pouca ingestão de líquidos, má alimentação e muito pouco tempo de descanso. Problemas comuns à maioria das corporações de bombeiros que, na última semana, têm estado na primeira linha de combate aos fogos.

Os bombeiros estão exaustos e em muitos casos não há efectivos para os substituírem, nem equipamento adequado para todos os homens que estão na primeira linha de combate às chamas.

«Há cinco anos que não são entregues equipamentos, mas os topos de gama estão nas elites da Autoridade Nacional de Protecção Civil», diz Jaime Soares à TVI. O responsável da Protecção Civil da Associação Nacional de Bombeiros aponta o dedo á forma como está organizado o combate aos incêndios:

«Muitas dificuldades de equipamento, tremendas dificuldades estratégicas, porque Portugal preferiu criar elites numa estrutura de protecção civil, que têm tudo, e os bombeiros que estão no terreno não têm nada. Não é verdade que Portugal está efectivamente preparado, porque Portugal não está preparado».

TVI24

quinta-feira, 29 de julho de 2010

CIN já angariou 100 fire shelters para os bombeiros portugueses

A campanha “Ao proteger a sua madeira está a proteger a de todos!” da marca de tintas CIN já conseguiu angariar fundos para a compra de 100 fire shelters a atribuir às Corporações de Bombeiros Voluntários portuguesas. “Decorreu apenas um mês do início da campanha, que termina no dia 21 de Setembro, pelo que este é um número recorde que já nos permite oferecer fire shelters a 20 Corporações de Bombeiros nacionais”, refere Reinaldo Campos, Director de Marketing, Estratégia & Business Development da CIN.
Nesta segunda edição da campanha “Ao proteger a sua madeira está a proteger a de todos!”, que resulta de uma parceria entre a CIN e a Liga de Bombeiros Portugueses, são os consumidores que decidem quais as corporações vencedoras através de voto online em woodtec.cin.pt. As votações* estão muito disputadas em todos os distritos. A campanha decorre até ao dia 21 de Setembro, finda a qual se apurará o número final de equipamentos e as corporações vencedoras.

Na compra de um litro de qualquer produto da gama CIN Woodtec, entre 21 de Junho e 21 de Setembro de 2010, um euro reverte inteiramente a favor desta acção conjunta entre a CIN e a Liga dos Bombeiros Portugueses. Em 2009, a CIN conseguiu oferecer um total de 150 abrigos florestais, a 30 Corporações de Bombeiros Voluntários de Norte a Sul do país.

“O Abrigo Florestal (Fire Shelter) é um artigo obrigatório do equipamento de protecção individual do bombeiro, mas é muito dispendioso para as corporações e não é reutilizável, o que faz com que seja uma das principais necessidades dos bombeiros, especialmente dos voluntários, que dispõem de menos verbas”, refere Duarte Caldeira, Presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros.

A gama CIN Woodtec é uma gama de produtos CIN, lançada a nível ibérico, que apresenta diversas soluções para a protecção e decoração da madeira, em interior e em exterior, tendo por base a tecnologia avançada, aliada à performance e estética decorativa.
* Corporações que lideram a votação em cada distrito, neste momento:
Açores Corporação Madalena, A.B.V.
Aveiro Corporação Mealhada, A.H.B.V.
Beja Corporação Cuba, A.H.B.V.
Braga Corporação Guimarães, A.H.B.V.
Bragança Corporação Moncorvo, A.H.B.V.
Castelo Branco Corporação Cernache de Bonjardim, A.H.B.V.
Coimbra Corporação Penela, A.H.B.V.
Évora Corporação Borba, A.H.B.V.
Faro Corporação Alcoutim, A.H.B.V.
Guarda Corporação Meda, A.H.B.V.
Leiria Corporação Bombarral, A.H.B.V.
Lisboa Corporação Ajuda, A.B.V.
Madeira Corporação São Vicente e Porto Moniz, A.B.V.
Portalegre Corporação Avisenses, A.H.B.V.
Porto Corporação Freamunde, A.H.B.V.
Santarém Corporação Caxarias, A.H.C.B.V.
Setúbal Corporação Amora, A.B.V.
Viana do Castelo Corporação Ponte de Lima, A.H.B.V.
Vila Real Corporação Vila Real (Cruz Branca), B.V./S.P.
Viseu Corporação Armamar, A.H.B.V.
Rostos On-line

PJ deteve desempregado suspeito de atear três incêndios

A Polícia Judiciária (PJ) do Norte anunciou hoje a detenção de um desempregado suspeito de atear três incêndios florestais na zona de Castelo de Paiva, na sexta-feira.

O homem "terá agido em quadro de alcoolismo e utilizado um isqueiro na deflagração dos fogos", que só não atingiram grandes proporções devido "à pronta intervenção dos bombeiros" e porque, "na altura, as condições atmosféricas não eram propícias a que alastrasse a eucaliptais e áreas de cultivo", refere a PJ, em comunicado.

A investigação, desenvolvida em colaboração com a GNR, resultou ainda na apreensão de um isqueiro e de uma bolsa de arma de caça que "terá sido subtraída" pelo arguido, acrescenta a PJ.

De acordo com aquela força policial, o homem "será suspeito de autoria de outros incêndios na zona, mesmo já no passado ano".

O detido, de 53 anos, vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

DN

Há menos sete mil bombeiros no combate aos fogos

No terreno estiveram ontem 3100 bombeiros, 650 veículos e 50 meios aéreos para atacar chamas. Foi dos piores dias do ano.

Em Portugal há 28 mil bombeiros para combater fogos, menos sete mil que os 35 mil esperados. Ontem, com os termómetros a atingirem os 40 graus em diversos distritos do País, os incêndios dispararam e a Protecção Civil admite que pode ter sido o pior dia do ano.

Ao final da tarde eram oito os grandes fogos por circunscrever: Paredes, Castelo, Valença e Pedreira, no distrito de Viana do Castelo. Cunha Alta, em Viseu, Feira, Aveiro e Vieira do Minho, Braga. Durante o dia combateram as chamas mais de três mil bombeiros.

A Liga de Bombeiros Portugueses reconhece que em determinadas zonas do País este número fica aquém das necessidades. Na prática, enquanto em Lisboa os fogos são reforçados com centenas de efectivos, noutros distritos, como Viana do Castelo, chegam a ser sete bombeiros a combater as chamas durante horas. Ontem, dia em que as temperaturas atingiram os 40.º, estiveram no terreno 3100 homens, 650 veículos e 50 meios aéreos. Terá sido o pior dia do ano e obrigou a uma intensa mobilização de bombeiros.

Ontem, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, divulgava em Vouzela o número de bombeiros apurado no último recenseamento do Governo. "Há 28 mil bombeiros activos para fazer frente a fogos florestais e calamidades", anunciou. Uma afirmação que contraria os 35 mil bombeiros, que se supunha existirem em Portugal, e que têm sido divulgados pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Duarte Caldeira justifica a discrepância com o facto de a contagem da Liga ter incluído "bombeiros das regiões autónomas e estagiários", e refuta que haja falta de operacionais em Portugal. Mas reconhece que "em determinadas zonas do País há carências. Uma constatação que vem de encontro às preocupações da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, que tem vindo a alertar para um problema que "pode levar a falhas no combate aos fogos. Temos exemplos, em Lisboa e Porto, onde há centenas de bombeiros em falta, mas em muitas cidades do País a situação é pior", denuncia Fernando Curto.

Na prática, "enquanto em Lisboa os fogos são combatidos por 200 homens em menos de duas horas, no interior do País há incêndios que lavram durante várias horas com um número reduzido de bombeiros", salienta Curto. Os números da Protecção Civil dão-lhe razão.

Um violento incêndio, que eclodiu cerca das 03.00 de ontem no Parque Natural de Sintra, mobilizou 200 operacionais. Em Viana do Castelo houve incêndios combatidos com sete homens, como em Arcos de Valdevez. Para este distrito foram mesmo enviados reforços de Lisboa, Leiria e Aveiro.

No terreno a pior situação registava-se em Amarante, onde um incêndio em mato continuava a lavrar em quatro frentes distintas.

Ao início da noite, a Protecção Civil não tinha ainda um balanço, mas assumia que domingo "terá sido o pior do ano e terá ultrapassado os números de sábado, em que se registaram 299 ".

DN / Amadeu Araújo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Acidente com viatura de bombeiros

Viatura dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia despistou-se no combate às chamas em Marco de Canaveses.
Uma viatura pesada dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia despistou-se na manhã de hoje, na serra da Aboboreira, causando apenas ferimentos ligeiros nos dois ocupantes que receberam ainda assim tratamento hospitalar.

O camião carregado de água deslocava-se em direcção a uma frente de fogo que lavra desde as 17 horas de ontem, na freguesia de Soalhães.

Às 18h30 eram 127 os operacionais que estavam a combater as chamas, oriundos de várias corporações do distrito, ajudados pelos sapadores florestais.

O incêndio deflagrou às 17 horas de terça-feira, e desde aí tem dado muito que fazer aos bombeiros que, visivelmente cansados e sem tempo para comer, têm combatido as chamas, evitando que ao longo do dia de hoje várias habitações e propriedades fossem consumidas pelo fogo.

As acções estão a ser coordenadas no local pelo comandante do corpo de bombeiros de Vila do Conde, com o apoio do comando dos voluntários marcoenses. Também o comandante operacional de Baião encontra-se já no local, tendo em conta que o fogo perto daquele concelho.

Na tarde de hoje outro incêndio causou grande preocupação na Zona Industrial de Tuías, ameaçando várias unidades industriais aí situadas. As chamas foram controladas pelos vários meios operacionais.

A viatura ficou imobilizada no local de grande declive e só por sorte não teve um desfecho mais grave.

Às 18h30 havia 19 incêndios activos – cinco no distrito de Viana do Castelo, quatro no distrito de Aveiro, quatro no distrito do Porto, dois no distrito de Viseu e no distrito de Braga e um no distrito de Coimbra.

A Verdade

Bombeiros exaustos e de estômago vazio

Um pouco por todo o lado, a logística do abastecimento não tem funcionado. Em Alcácer do Sal, ao final da tarde, aconselharam mesmo o 2º comandante dos Bombeiros de Montemor-o-Novo a levar croquetes para os homens que estavam no terreno. "É revoltante o que se está a passar. Em três abastecimentos, às 04h00, 10h00 e 16h00, recebemos três sandes e águas e sumos quentes", começou por se queixar Luís Paixão. "Dois dos meus homens sentiram-se mesmo mal e tiveram de ser assistidos por socorristas de uma ambulância, pois os níveis de açúcar no sangue eram muito baixos."
A incredulidade do responsável atingiu o pique ao final da tarde. "No ‘briefing’ disseram-me mesmo para levar alguns croquetes para os meus homens. Mas como não tinha recipiente, deviam querer que eu os levasse nos bolsos", ironizou.Também os bombeiros da Póvoa de Santa Iria se queixaram das condições. Chegaram ao terreno durante a noite de anteontem, mas só ontem, às 13h00, tiveram direito a alguma comida. Valeu a todos eles a ajuda de alguns populares.
No Norte, a zona mais fustigada pelos incêndios, os bombeiros estão exaustos. Em Penafiel, valeu--lhes as sandes oferecidas por moradores, ontem ao almoço. "Os bombeiros passaram a noite toda a proteger as nossas casas das chamas. O mínimo que podíamos fazer era oferecer-lhes um lanche e água fresca", explicou Jacinta Lopes sobre o gesto de solidariedade para com mais de 20 dos 120 voluntários que combatiam as setes frentes activas naquela zona. "Mantiveram-se sempre perto e, quando as chamas começaram a rodear a minha casa, os homens foram rápidos e acabaram por salvar tudo o que tinha. Improvisámos um lanche na minha garagem", contou a moradora que viveu momentos de grande aflição.
Ontem à noite, em Albergaria--a-Nova, um incêndio que lançou o pânico em várias freguesias ainda estava por controlar e os bombeiros resgataram três pessoas encurraladas pelas chamas. O fogo começou em Oliveira de Azeméis, anteontem de manhã e propagou--se para Sul, onde ameaçava uma zona industrial. "Ficamos cercados pelo fumo. Parecia noite", disse ao CM David Nunes, morador em Albergaria-a-Nova, onde o fogo invadia estradas e caminhos.
GNR NEGA FALTA DO GIPS
Há quem se queixe da falta de meios e o blog ‘Bombeiros para Sempre’ diz que elementos do GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), da GNR, recusam-se a combater fogos, por causa da falta de pagamento de um subsídio. A GNR, através do seu porta-voz, o tenente-coronel Costa Lima, foi clara: "A GNR repudia a calúnia e mentira numa altura em que os militares do GIPS estão empenhados a 100%, fazendo turnos continuados e muitas vezes sem descanso".
"ESTOU COM MEDO, NUNCA VI NADA ASSIM"
Em Parada, Santa Maria da Feira, o fogo ameaçou um estaleiro de madeiras que inspirava maior preocupação aos bombeiros.
Também os populares lutaram contra as chamas. "O fogo começou às 04h30 e depois apagou-se. Reacendeu às 15h00 e ardeu o terreno com eucaliptos, que é da nossa família. Estou com medo que chegue a minha casa. Nunca vi nada assim", disse ontem ao CM Adelaide Oliveira, filha do proprietário da indústria ameaçada.
in bombeirosparasempre

Menos 80 por cento de área ardida desde Janeiro em relação a 2009

Duração média dos incêndios diminuiu com reforço da primeira intervenção. Altas temperaturas podem inverter actual tendência positiva.
A área ardida em Portugal, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho, foi 80 por cento menor do que em igual período de 2009, segundo o mais recente relatório da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Porém, o número de incêndios não diminuiu na mesma proporção: foram registados menos 53 por cento do que em 2009.
A explicação para esta diferença pode estar num maior sucesso no ataque às chamas, sobretudo na primeira intervenção, o que ajudou a evitar que áreas maiores fossem atingidas, mas nada pode fazer para diminuir o número de fogos florestais.

Esta é também a opinião do presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto. "Houve um reforço dos meios para a primeira intervenção, o que evita que as chamas alastrem", explica este responsável. Se os números até 15 de Julho podem ser optimistas, a profusão de incêndios ocorridos nos últimos dias pode, porém, mudar tudo no próximo relatório de Agosto.

Anteontem, por exemplo, a ANPC registou 416 ocorrências, o que já não se via desde 2006. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, reconheceu ontem que este é um número elevado, para o qual estão a contribuir "condições particularmente adversas", como as elevadas temperaturas e a ausência de humidade atmosférica. Ainda assim, o governante garantiu ontem que o dispositivo de combate a incêndios tem capacidade para responder a todas as ocorrências.

Embora a tendência para já pareça positiva, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses ainda não dá já nota positiva ao desempenho. "Melhorámos muito no combate, mas o problema está a montante", sublinha Duarte Caldeira, que, em Maio, analisou o estado das florestas portuguesas. "Encontrei as florestas no mesmo estado que estavam em 2003", ano que bateu recordes em área ardida.

As zonas Norte e Centro, como Viana do Castelo (distrito com maior área ardida este ano), Guarda, Castelo Branco e Vila Real, são as mais problemáticas em termos de gestão da floresta. "O grande problema são os 77 por cento da área florestal total que pertencem aos privados", aponta.

O abandono rural e a inexistência de um cadastro florestal, em que deveriam estar registados os dados dos proprietários, são as principais preocupações. E o último Inverno bastante chuvoso, como já reconheceu o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, é à partida razão de preocupação acrescida porque alimentou o crescimento de vegetação que funciona como combustível.

Porém, o dispositivo destacado desde 1 de Julho, início da fase Charlie - a mais crítica -, está a actuar com "toda a prontidão e eficácia", assegurou ontem Rui Pereira, quando fez um ponto de situação.

O Governo destacou 10 mil efectivos, 2000 viaturas e 56 meios aéreos. A estes, juntaram-se ontem à tarde dois aviões anfíbios espanhóis, chamados a ajudar no combate a um incêndio florestal na Póvoa de Lanhoso, em Braga.

À hora de fecho desta edição, havia 16 incêndios activos, segundo informação no site da ANPC. Aveiro foi o distrito com mais incêndios (nove), e onde foram mobilizados mais meios: 481 efectivos, 131 viaturas terrestres e cinco meios aéreos. Neste distrito, as chamas lavraram em várias localidades dos concelhos de Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, e ainda em Vale de Cambra, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Águeda e Mealhada.

Já o incêndio que deflagrou ao início da tarde em Brejos de Carregueira, Alcácer do Sal, foi o que isoladamente envolveu mais bombeiros (215), apoiados por 68 viaturas e um helicóptero bombardeiro pesado.

A resposta pronta dos bombeiros e do Grupo de Intervenção de Protecção do Socorro (GIPS) da GNR tem feito a diferença, pelo menos a avaliar pela duração média dos incêndios que este ano diminuiu: 63 minutos em 2010, segundo os dados da ANPC, contra três horas registadas em 2008, segundo uma notícia da Lusa desse ano.
Público

Dois Canadair italianos chegaram a Ovar para apoiar combate aos fogos

Dois aviões Canadair italianos de combate a incêndios foram enviados para Portugal, ficando operacionais a partir desta tarde no aerodromo de Maceda, Ovar.

Foi a resposta da Comissão Europeia à solicitação do Governo português feito terça-feira para assistência através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.

De acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), os meios aéreos estarão em actividade nos fogos que lavram no Norte e Centro do País.

Na zona de Aveiro, as maiores preocupações dizem respeito a grandes fogos que permanecem activos desde segunda-feira em Oliveira de Azeméis / Albergaria-A-Velha e em Sever do Vouga.

O fogo que deflagrou em Covais, Pinheiro da Bemposta, concelho oliveirense, e depois alastrou a Sul para localidades vizinhas localidades mantém uma frente activa, mas está a evoluir favoravelmente.

Mais de 80 bombeiros com duas dezenas viaturas encontram-se no terreno, apoiados por um helicóptero.

Em Sever do Vouga, o fogo na zona de Ermida conheceu uma reactivação a meio da manhã, mantendo-se uma frente activa com evolução favorável.

Às 12:22 foram accionadas duas equipas do Grupo de Análise e Uso do Fogo (GAUF).

Arde mato com intensidade ainda em Castelo de Paiva e Arouca, neste último caso verificou-se uma reactivação com duas frentes. O combate às chamas conta com apoio de dois aviões Canadair espanhóis e meia centena de bombeiros no terreno.
Notícias de Aveiro

Ministro garante que «país está preparado» para combater incêndios

O ministro da Administração Interna garantiu, esta quarta-feira, que o país e a Protecção Civil estão preparados para combater aos incêndios, devido à «revolução tranquila» operada no sistema da Autoridade Nacional de Protecção Civil desde 2006.

«Desde 2006, temos feito uma revolução tranquila e hoje a Protecção Civil tem uma doutrina, tem meios, tem uma estratégia para enfrentar este combate (...)
O país está preparado e nós podemos confiar na nossa Protecção Civil», assegurou Rui Pereira, durante uma visita ao Centro de Operações de Socorro de Viana do Castelo.

O governante disse que este ano tem havido mais incêndios, mas que a área ardida «é muito menos do que a do ano passado». «Isto significa que o nosso combate tem sido eficaz», acrescentou.

Lembrando que «mais de 90 por cento» dos fogos tem origem humana, Rui Pereira apelou à população para não «fazer fogos de maneira nenhuma».
abola.pt

Exército chamado a combater fogos

Portugal está a arder e não são apenas os bombeiros que estão em acção: populares tentam proteger os bens, aviões espanhóis ajudam e, agora, também o Exército está no terreno.
Há quem se queixe de falta de meios para combater mais de 400 fogos que ontem deflagraram em todo o País. Ao todo, são 500 os elementos do Exército a ajudar, 390 dos quais no terreno. Os restantes servem de ligação entre o Exército e a Protecção Civil.
O elevado número de fogos levou os bombeiros a admitir que têm o dispositivo "disperso e exausto".
Seis pelotões do Exército, num total de 150 elementos, em Caminha, Alcácer do Sal e Viana do Castelo, têm colaborado no rescaldo. Outros 250, no âmbito de um protocolo com a Direcção--Geral dos Recursos Florestais, vigiam as matas nacionais e, munidos de viaturas com kits próprios, fazem um combate inicial aos fogos. "Todos os anos o Exército ajuda nos fogos e o número de militares pode aumentar. Em 2009 chegámos a ter 20 pelotões no terreno", adiantou o porta-voz do Exército, Hélder Perdigão.

Já em Lomba, Gondomar, os populares tiveram de recorrer a meios próprios – cisternas e mangueiras – para combaterem as chamas, que ficaram a metros das casas, na tarde de ontem. "Bombeiros? Nem um. Sei que têm muito para fazer, mas nem um carro?", questionava Carminda Viana, de 52 anos. "Estavam os meios todos ocupados e nós transmitimos isso aos superiores", explicou José Oliveira, comandante dos Bombeiros de Lourosa, que têm um acordo com a Câmara de Gondomar para prestar socorro em Lomba.

INCÊNDIO CERCOU VÁRIAS CASAS

Os rostos de crianças, adultos e idosos reflectiam o medo que sentiam, ontem, cerca das 13h00, quando as chamas começaram a ameaçar as casas da localidade de Serém de Baixo, em Águeda. À noite, o fogo continuava por dominar.

"Se não morri nestes três dias, não morro tão cedo. Não sei como é que o meu coração está a aguentar", dizia Armandina, 74 anos, proprietária de uma casa em perigo.

CM

Cavaco enaltece bombeiros

O Presidente da República disse estar a acompanhar a situação dos incêndios «com a mesma preocupação do que o Governo», sublinhando que se tem de confiar nos bombeiros que estão a empenhar-se «fortemente» para os combater.
Questionado sobre como está a acompanhar a situação dos incêndios em Portugal, Cavaco Silva disse estar a fazer o acompanhamento «com a mesma preocupação do que o Governo».

«Os nossos bombeiros estão a empenhar-se muito fortemente para os combater, temos de confiar nos nossos bombeiros», acrescentou o chefe de Estado, que ontem falava aos jornalistas à saída de uma visita à exposição Os carros dos Presidentes, patente no Museu da Eletricidade, em Lisboa.

Lusa / SOL

Comando dos bombeiros demitiu-se em bloco

Está consumado. Comandante, segundo comandante e comandante adjunto demitiram-se do corpo de bombeiros de Cantanhede. Cerca de 60 bombeiros estão “indisponíveis”
A crise está instalada no corpo de bombeiros de Cantanhede. Tal como o Diário de Coimbra noticiou em primeira-mão, o comando completo, liderado pelo major Mário Vieira, pediu a demissão em bloco, e a direcção da Associação Humanitária, liderada por Idalécio Oliveira foi praticamente obrigada a aceitar as demissões.
Na sequência da tomada de posição de Mário Vieira, Marco Sousa (segundo comandante) e Nuno Carvalho (comandante adjunto), cerca de 60 elementos da corporação entregaram os capacetes em sinal de solidariedade com o comando e indisponibilizaram-se para o serviço, o que significa que – se estes elementos levaram “a peito” a ameaça –, a corporação fica reduzida a cerca de metade dos seus activos, o que é considerado uma tragédia para a segurança de pessoas e bens de todo o concelho de Cantanhede.
Também na sequência da demissão do comando, Mário Vieira escreveu uma carta dirigida aos cidadãos do concelho a explicar as razões que o levaram a exercer esse direito. Razões que, afirma, «são por demais conhecidas», mas nunca é demais repeti-las. Tal como o nosso Jornal noticiou no passado dia 16 deste mês, o agora ex-comandante insurge-se contra a «interferência no comandamento do corpo de bombeiros» onde o presidente da direcção «de forma continuada tem limitado o exercício do comando».
Na carta redigida por Mário Vieira que o DC teve acesso, são descritas várias acusações à direcção da Associação Humanitária, que acabaram por despoletar esta grave situação, numa altura em que o país está em alerta permanente devido aos riscos de incêndios.
O ex-comandante acusa a direcção «do não cumprimento do que tinha protocolado comigo» numa reunião de Agosto do ano passado, onde tinha ficado bem explícito de que tomaria o cargo de comandante, «desde que os funcionários e bombeiros ficassem na alçada do comando, a fim de evitar duplicações de ordens», mas também de, após a sua tomada de posse, a direcção ter nomeado dois coordenadores «para executarem o serviço do comandante, com as respectivas competências, sem que o comandante tivesse expressado a sua opinião sobre o assunto».
As queixas são mais que muitas e Mário Vieira também invoca «a continua violação de correspondência do comandante, como se fosse subalterno do senhor presidente», bem como a utilização dos directores «para estarem à frente de todas as áreas da competência do comandante».

Falta de palavra da direcção - Continuando a desfiar o rol de queixas, o major do Exército na reserva, que comandou os bombeiros de Cantanhede durante cerca de um ano e meio, acusa a direcção de falta de palavra em cumprir o acordado com os assalariados, «estando por pagar o subsídio nocturno», quando estes elementos continuam a dar o seu melhor, «apesar das promessas não cumpridas»; e os contínuos despedimentos e novas aquisições, «sem sequer falar com o comando acerca disso». Ou seja, não renovando contratos a bombeiros «que têm dado o seu melhor somente porque cumprem as ordens do comando».
Depois, Mário Vieira alega a «arrogância da direcção», que recusou entregar o fardamento ao comando, para que este o disponibilizasse aos seus homens e mulheres, e marcou uma reunião com o corpo activo, «a fim de entregar as fardas e os bilhetes para a Expofacic, como se estivesse a dar um donativo aos pobres», esquecendo-se – acusa Mário Vieira -, que todos os bombeiros têm direito ao seu fardamento…
«Os bombeiros não são mão-de-obra barata para este senhor engenheiro poder utilizá-los como bem quer», alega o ex-comandante, afirmando que uma associação humanitária de bombeiros voluntários «não é uma feira de vaidades». Uma associação destas, argumenta, exige trabalho, competência, tempo, «que é coisa que esta direcção não tem tido. Não trabalha, não tem tempo para os problemas dos bombeiros e tem mostrado ser incapaz de gerir esta associação nas coisas mais elementares».
Na longa carta onde Mário Vieira invoca as razões que o levaram a tomar a decisão que tomou, conclui que toda a gente tem de saber que, afinal, o problema não é dos comandos ou dos comandantes que passaram pela corporação, mas sim de «uma direcção incapaz de gerir uma casa centenária» e que toda a situação dos bombeiros de Cantanhede «é um imenso pântano, provocado pelos desvarios de poder constantes da direcção».

Ataques “infundados e lamentáveis” do comandante - O Diário de Coimbra contactou o presidente da direcção da Associação Humanitária que, face ao teor das acusações de Mário Vieira, começa por «lamentar profundamente que o senhor comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede e alguns bombeiros estejam empenhados em desenvolver uma campanha de intoxicação da opinião pública, que em seu devido tempo será totalmente esclarecida».
A direcção da associação, em conjunto com os restantes órgãos sociais, refere Idalécio Oliveira, «está a avaliar o teor das graves acusações proferidas e irá tomar uma posição pública pelos meios considerados mais adequados».
Este responsável diz ainda lamentar «que o senhor comandante tenha anunciado a sua demissão minutos antes da inauguração da Expofacic, sem que antes tenha apresentado à direcção qualquer documento a formalizar o pedido de demissão».
Direcção que considera que, nesta fase, «mais do que responder aos ataques infundados e lamentáveis do senhor comandante, o importante é resolver os problemas operacionais que ele próprio criou». A título de exemplo, relativamente ao que denomina de «problemas operacionais», Idalécio Oliveira refere o facto de Mário Vieira «não ter acautelado os meios de salvaguarda da segurança dos participantes da Expofacic, por onde passam diariamente dezenas de milhares de pessoas, conforme foi solicitado a esta associação e devidamente aceite por esta direcção».
O presidente da direcção faz notar que «estamos num período em que a prevenção e o socorro devem ser a primeira preocupação dos bombeiros voluntários», conclui Idalécio Oliveira, remetendo para mais tarde outras explicações sobre esta crise interna que a corporação atravessa.
Diário de Coimbra

Celorico da Beira: Explosão de botija de gás

A explosão de uma botija de gás, esta quarta-feira às 08h16, provocou ferimentos ligeiros a uma mulher, com cerca de 50 anos, residente na localidade de Barco, Celorico da Beira.
Segundo António Marques, comandante dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira, "Tudo indica que a senhora deixou um bico do gás aberto e, hoje de manhã, quando foi ligar o fogão, houve a explosão".
CM

terça-feira, 27 de julho de 2010

CNOS: Gil Martins faz ponto de situação

Incêndio em Sabugal: no local estiveram 102 bombeiros e 56 veículos

Incêndios - Verão2010: Imagens que não nos deixam indiferentes...

Incêndios: milhares de homens para combater as chamas

Dez mil homens, duas mil viaturas e 56 meios aéreos. Este é o dispositivo preparado pelo Governo para combater os fogos florestais este Verão.

A informação foi fornecida pelo ministro da Administração Interna em conferência de imprensa.

Na perspectiva de Rui Pereira, os meios de combate aos incêndios têm capacidade de resposta para enfrentar os fogos que atingem o país, mas também aproveitou para apelar à população para que adopte comportamentos responsáveis: «Não façam fogos de maneira nenhuma, dado que por si só já ajuda muito o combate aos incêndios».

A verdade é que só nesta segunda-feira foram registadas mais de 400 ocorrências e terça-feira não está a ser melhor, com as chamas a avançar em vários locais do país, até porque as temperaturas continuam muito elevadas.

Rui Pereira sublinhou que os órgãos de polícia criminal «estão no terreno a investigar e a reprimir actos ilícitos». Cabe à polícia criminal investigar os incêndios resultantes dos actos dolosos e negligentes.

Também a «intervir e a actuar» estão os elementos dos GIPS (Grupo de Intervenção e Prevenção do Socorro) que, segundo o ministro, estão a funcionar com toda «operacionalidade».

TVI24

Protecção Civil apela à prudência dos cidadãos para evitarem incêndios (com áudio)

Incêndio de Mangualde 25/07/2010 - 15:20
Às 07h30 desta manhã estão activos 16 incêndios em Portugal, localizando-se nos distritos de Aveiro, Braga, Viana do Castelo, Guarda, Porto, Viseu e Setúbal. De acordo com os dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil há 1200 efectivos mobilizados no combate às chamas. Durante o dia de segunda-feira houve 416 ocorrências. Ouvido pela Antena 1, o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, antevê uma semana difícil devido ao calor, e apela aos cidadãos para que sejam prudentes, de forma a evitar mais incêndios.

Viseu: Meios de socorro não funcionam

Equipamentos de prevenção de fogos não funcionaram em São Martinho, Viseu, e deixaram a povoação à mercê das chamas.
As temperaturas altas provocaram uma vaga de incêndios por todo o País. Uma das situações mais graves viveu-se no Parque Florestal do Castro, uma mata pública em Viseu, onde grande parte do equipamento de socorro não funcionou durante o violento fogo que pôs a aldeia de São Martinho em perigo.

Desde sexta-feira que o fogo, "sempre de madrugada, tem andado na serra. Desta vez, foi a valer", contou Manuel Ramos, morador em São Martinho de Orgens, na área urbana de Viseu, onde um violento fogo levou as chamas até "à porta da aldeia". As chamas "apareceram com muita força, à hora do almoço. Apercebemo- -nos, juntámos o povo e fomos lá", adiantou Isabel Pires, outra moradora.

A força do incêndio "surpreendeu a aldeia", desabafou Manuel. À surpresa juntou-se a indignação. "Os tanques para os carros dos bombeiros e helicópteros não puderam ser usados", disse Pedro Messias. As infra-estruturas "pagas com o dinheiro de todos nós estavam secas". Mais: "O tanque dos helicópteros tinha tanta árvore à volta que os helis tiveram que abastecer noutra povoação, o que atrasou em muito o combate."

As chamas viam-se da cidade e desesperaram os moradores. António Lopes, um empresário da construção civil, foi "forçado a esvaziar o barracão". Mas os moradores ficaram quando viram que "os tanques estavam sem água, a mata por limpar e muitos caminhos intransitáveis".

A GNR cortou os acessos da floresta, que ligam as aldeias de São Martinho e Mozelos, e foi obrigada a fechar o IP5, entre o nó da A24 e o nó de Pascoal, por "razões de segurança", disse o comandante do Destacamento de Trânsito de Viseu, Filipe Soares. O corte foi justificado porque "o incêndio chegou às bermas desta via".

Ao DN, o adjunto da Protecção Civil não comentou as críticas dos moradores mas reconheceu que houve "algumas dificuldades". Vasco Santos salientou que se tratou de uma mata "adulta que lançou muito fumo, o que impediu, durante algum tempo, a operação com meios aéreos".

O fogo está a ser investigado pelas autoridades, já que se seguiu a uma sucessão de outros incêndios, "sempre de madrugada, que têm ocorrido desde sábado", adiantou a GNR. Na manhã de ontem, "uma equipa dos bombeiros patrulhou a área durante toda a manhã", disse o comandante dos Bombeiros de Viseu. Luís Duarte contou que "à hora de almoço estava tudo calmo, e regressámos à base".

O fogo consumiu cerca de 15 hectares e obrigou à intervenção de 26 corpos de bombeiros, com 118 homens, apoiados por 33 viaturas e três meios aéreos.

DN

Bombeiros perdem parque e deixam carros no meio da rua

As viaturas dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo estão, desde há meses, obrigadas a ficar estacionadas em cima do passeio e, por vezes, até na estrada, no centro da cidade.
Uma situação que, segundo admite a própria corporação, pode pôr os transeuntes em perigo.
Tudo porque o parque exterior que dantes utilizavam foi transformado pela autarquia numa praça, o que leva agora cerca de uma dezena de viaturas dos bombeiros a ficar à porta do quartel. Dia e noite, conforme o serviço.

"Os nossos responsáveis foram lestos em tirar-nos o espaço para fazer uma praça, nas nossas traseiras, que afinal está fechada, a fazer não sei bem o quê", afirmou Cândido Carvalho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo.

A indignação prende-se com o facto de, em 2009, ter avançado a requalificação do espaço traseiro do quartel e da câmara municipal. Trabalhos que passaram pela construção de um parque subterrâneo e um novo arranjo urbanístico, que praticamente eliminou o estacionamento.

"O espaço físico do quartel está tomado pelos nossos equipamentos. Já temos uma dezena de viaturas que ficam ao ar livre, em cima do passeio, infelizmente", acrescentou o responsável da corporação de Viana.

Com as viaturas estacionadas em cima do passeio, Cândido Gonçalves admite que, um dia, a situação acabe com os bombeiros envolvidos num acidente com peões: "Prejudicamos pessoas, que não têm nada a ver com este problema de nos terem tirado o espaço. Todos os dias, pessoas passam em frente ao nosso quartel e têm de passar pela estrada porque as nossas viaturas estão em cima do passeio, correndo riscos de acidente."

O caso arrasta-se desde há meses, e a aquisição de novas viaturas para a corporação agravou a situação.

Da parte da câmara municipal, que é a entidade responsável pela intervenção no espaço, não existem soluções, garante ainda o comandante dos bombeiros: "Já tivemos reuniões, já mostramos desagrado pela forma de relacionamento e pela falta de respeito que temos visto da Câmara. Temos promessas, mas depois tudo fica sempre na mesma".

Da parte da Câmara Municipal de Viana do Castelo não foi possível ao DN obter qualquer comentário.

DN

Incêndios: Bombeiros feridos e carros avariados

Três bombeiros feridos, duas viaturas avariadas e diverso material estragado são consequências do incêndio que desde a passada quinta-feira lavra na zona de Cidadelhe, Mesão Frio.
Há ainda a contabilizar diversos hectares de mato queimado e duas casas ameaçadas pelas chamas.

Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Mesão Frio, Paulo Silva, "os ferimentos, de pouca gravidade, foram causados por quedas devido ao terreno íngreme. Uma bombeira foi atingida pela queda de um eucalipto".

Ontem à tarde, o incêndio estava controlado, mas longe de estar extinto. Os bombeiros não arriscam uma data para que esteja totalmente apagado, pois as chamas lavram "num terreno que não tem acessos, nem pedonais nem para viaturas". Paulo Silva estranha que o incêndio, que começou às 23.30 de quinta-feira e foi extinto no sábado, se tenha reiniciado no domingo. "Se os homens conseguirem chegar ao rio, onde há água, será extinto rapidamente.

Mas tudo depende dos ventos", perspectivava ontem, desde o posto de comando na estrada de acesso a Oliveira. Dali transmitia as orientações para mais de meia centena de homens das corporações de Mesão Frio, Régua, Pinhão, Fontes e Santa Marta de Penaguião.

"Todo o trabalho de combate é à força de braços", queixava-se o comandante, pois foi necessário colocar as viaturas a 500 metros da frente do incêndio, sendo necessário puxar mangueiras pela encosta abaixo.

JN

Madeira: Bombeiros combatem pequenos fogos

Com o calor, prosseguem os pequenos fogos em mato. Ontem, pelas 12:13 horas, na Ponte do Medina, junto à Estrada Comandante Camacho de Freitas, os Municipais do Funchal tiveram que intervir para pôr cobro às chamas que ali deflagraram.
Antes, pela madrugada, cerca das 2:58 horas, a mesma corporação deslocou-se à Calçada do pico, para combater um incêndio que deflagrou no interior de uma casa abandonada.
Segundo nos explicaram, as chamas tiveram início nuns colchões que se encontravam no interior da residência.
Pelas 17:35, em Câmara de Lobo, os Voluntários foram chamados ao Pico do Rancho para também pôr cobro a uma situação de fogo em mato.
Voltando ao Funchal, os Municipais estiveram no Laboratório de Veterinária, em São Martinho, a prestar assistência a uma mulher, vítima de queda. Segundo nos disseram, a mulher queixa-se de dores num dos membros inferiores, pelo que foi transportada ao Hospital Dr. Nélio Mendonça.
Por sua vez, os Bombeiros Voluntários Madeirenses estiveram pelas 15:45 horas no Caminho da Achada, para prestar auxílio a um indivíduo do sexo masculino, entre os 40 e os 50 anos de idade, que foi vítima de agressão.
Jornal da Madeira

Mangualde: Rodas no Trilho entrega 3000€ aos Bombeiros

O Clube TT – Rodas no Trilho entregou à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mangualde um cheque no valor de 3 mil euros correspondentes a angariações conseguidas através de uma serie de iniciativas realizadas recentemente pelo clube.
O cheque foi recebido pelo Presidente dos Bombeiros Voluntários de Mangualde - João Soares - e na presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde - João Azevedo – do Director da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Dão e Alto Vouga, Victor Gomes e demais elementos do grupo Rodas no Trilho.

O Presidente da Associação dos Bombeiros – João Soares - deixou um «agradecimento profundo» ao Clube Rodas no Trilho e salientou que é importante implementar «fortes relações institucionais» entre as duas associações.Jorge Lemos, representante do Clube Rodas no Trilho, adiantou que o clube pretende que «iniciativas como esta sejam para repetir».

Quem também se mostrou satisfeito com estas relações institucionais saudáveis foi o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde. João Azevedo, felicitou a iniciativa «numa altura em que são evidentes as dificuldades financeiras» e aproveitou ainda o momento para publicamente reconhecer o esforço dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, no combate aos incêndios florestais que se tem registado no Concelho de Mangualde este verão.

Lembramos que o Clube TT Rodas no Trilho, é um Clube que tem menos de 1 ano de actividade e já se destacou no panorama nacional do TT, prova disso é por exemplo a a realização da 1ª Feira do Todo Terreno e 1º encontro nacional de participantes TT a realizar durante a Feira dos Santos em Novembro próximo.

mangualdeonline

Dois bombeiros feridos em fogo no concelho de Tondela

O incêndio que está a lavrar há algumas horas na aldeia de Parada de Gonta, concelho de Tondela, provocou ferimentos em dois bombeiros, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu.
Segundo a mesma fonte, um dos bombeiros ficou com queimaduras de segundo grau no braço direito e o outro com uma entorse, devido a uma queda.

O fogo continua activo, mas a evoluir favoravelmente, sendo a prioridade neste momento «defender as casas», acrescentou.

Durante a tarde, o fogo rondou algumas habitações daquela aldeia, chegando a consumir alguns barracões agrícolas, cujo número está ainda por contabilizar.

O incêndio eclodiu por volta das 14:30, na freguesia de Vila Chã de Sá, e chegou ao vizinho concelho de Tondela.

Algumas pessoas entraram em pânico, mas, segundo os bombeiros, só uma foi transportada para receber assistência hospitalar.

No local, continuam mobilizados 188 bombeiros de 25 corporações, apoiados por 51 veículos e duas ambulâncias.

Também se encontrava no local um helicóptero pesado.

Lusa/ SOL

13 ocorrências activas no momento






segunda-feira, 26 de julho de 2010

Faltam meios para combater incêndio em Gondomar

Tempo quente e seco levou ao deflagrar de vários incêndios em todo o país.
Os bombeiros estão com dificuldades em controlar um incêndio em Monte Meda, Gondomar. Trata-se de uma reactivação com duas frentes activas. As equipas que combatem o fogo no local descrevem uma situação complicada, onde faltam meios para combater as duas frentes.

De momento, encontram-se 48 homens em Monte Meda e dois Canadair, mas seriam precisos mais veículos e homens para conseguir controlar o incêndio, segundo o Comandante Eduardo Matos, no terreno. Não há, neste momento, qualquer habitação ameaçada na zona.

Nas última horas, registou-se ainda um fogo no concelho de Sever do Vouga, na localidade de Ermida. No combate às chamas – de acordo com dados disponibilizados na página da Autoridade Nacional de Protecção Civil – estão 59 Bombeiros, apoiados por 12 viaturas.

O incêndio em Arouca, que ainda mobiliza mais de uma centena de homens já estará dominado, tal como o de Vila Cova.

Outros incêndios que ainda preocupam são os de Mesão Frio, Sever de Vouga, Póvoa do Lanhoso, Caminha e Paredes.
RRenascença

Mais de 300 bombeiros combatem sete incêndios

No terreno estão ainda 80 viaturas de combate às chamas e uma dezena de aviões.
Havia sete incêndios activos em Portugal às 14:45, de acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil. No terreno estavam 336 bombeiros, apoiados por oito dezenas de viaturas e uma dezena de meios aéreos.

Em São Gonçalo, concelho de Mesão Frio, distrito de Vila Real, estavam mobilizados 29 bombeiros, sete veículos de combate às chamas e um helicóptero pesado.

Já no distrito do Porto, em Monte Meda, concelho de Gondomar, as chamas estavam a ser combatidas por 59 operacionais, apoiados por 17 veículos e dois aviões bombardeiros pesados.

As chamas estavam também a consumir uma zona de mato em Ermida, Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, onde estão 53 bombeiros, 12 viaturas de incêndio e um helicóptero.

No concelho de Póvoa do Lanhoso, distrito de Braga, estava um fogo activo, em Covelas. No terreno estão 20 bombeiros, apoiados por cinco viaturas e um helicóptero.

No concelho de Viseu, o fogo lavra em Pascoal, onde estavam às 14:45 58 bombeiros, 14 viaturas, dois aviões e um helicóptero.

Em Brejoeira, concelho de Coruche, Santarém, um incêndio mobilizava 64 homens, 13 viaturas de combate às chamas e dois aviões.

No concelho de Caminha, Viana do Castelo, um incêndio ardia em Cima. No terreno estava 53 bombeiros e 15 veículos.

IOL

Bombeiros procuram desaparecido no Tejo (site da ANPC: 0 ocorrências activas)

Uma dezena de bombeiros retomou esta segunda-feira as buscas no rio Tejo, junto à praia da Valada, no Cartaxo, para encontrar o homem de 30 anos desaparecido desde a tarde de ontem.
O homem de nacionalidade romena estava na praia fluvial não vigiada acompanhado por cinco amigos.
Pelas 15h00, pouco depois de ter almoçado lançou-se à água e não voltou a ser visto.
Ao que apurou o ‘CM’, o homem terá sofrido uma paragem digestiva.

Esta segunda-feira, um grupo de mergulhadores e uma embarcação prosseguem as buscas, que ontem foram dificultadas pela fraca visibilidade na água.

0 (zero) Outras ocorrências activas no momento (site da ANPC)

Clique para ampliar

40 minutos à espera de ambulância

Voltou a acontecer. Uma criança de 12 anos sofreu uma congestão por volta do meio-dia de ontem, na praia do Alex, em Valadares, Gaia. Só depois de 40 minutos e várias tentativas de chamada para o INEM é que chegaram os bombeiros locais.

Eram cerca das 12 horas quando a criança desmaiou no areal, depois de sair do mar. Antes de entrar, estivera ao sol e comera um gelado. Estava o calor que se sabe e a água da Costa Norte é fria como se sabe. À saída, desfaleceu.

Alertados por banhistas, os nadadores-salvadores depararam com uma criança com sinais de pulso fraco e dificuldades respiratórias. Suspeitaram de congestão devido ao choque térmico, prestaram os primeiros socorros e ligaram para o 112. Sem sucesso.

Fizeram várias tentativas, eles e os populares que assistiam a tudo. Até que, finalmente, conseguiram ser atendidos.
Quarenta minutos depois, chegava à praia do Alex uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Valadares, com dois tripulantes, contou o nadador-salvador António Tavares, que estranhou a ausência de equipa médica.

Contactado pelo JN, o comandantes Loureiro, dos Bombeiros de Valadares, garante que a tripulação demorou apenas 13 minutos a acudir ao incidente. Diz que a corporação foi alertada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) pelas 12.26 horas e, às 12.39, estava na praia.

A ambulância do INEM a cargo da corporação estava retida no Hospital Santos Silva, para onde levara outro doente, como, de resto, foi explicado na praia. “Mandamos uma viatura de reserva”, diz o o comandante, garantindo que aquela “tripulação está preparada” para este tipo de situações.

“Têm curso de técnico de socorrismo, fizeram os procedimentos e resolveram o problema da criança”, que acabou transportada ao hospital de Gaia por precaução. Sofreu efectivamente uma paragem de digestão e foi prontamente estabilizada.

“Se fosse uma situação grave, o CODU accionaria ambulâncias suas”, garantiu ao JN fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica. Não conseguiu, contudo, avançar uma explicação para o facto de ter passado quase meia hora entre as primeiras tentativas de chamadas e o alerta aos bombeiros.

JN

domingo, 25 de julho de 2010

Incêndios activos no momento

200 bombeiros combatem 6 incêndios

Os seis incêndios activos em Portugal estão a dar trabalho a cerca de duas centenas de bombeiros, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

O incêndio que concentra mais meios é o que lavra no distrito de Castelo Branco, que está também a ser combatido com a ajuda de três helicópteros e quatro aviões

Há também um incêndio florestal no distrito de Viseu, em Mangualde que está a ser combatido por 65 bombeiros e um helicóptero.

Os outros três fogos activos são todos no distrito de Viana do Castelo: Um em Ponte lima e dois em Valença


sábado, 24 de julho de 2010

265 homens combatem fogo em Viana do Castelo, Viseu, Braga e Porto

Pelo menos 265 homens combatem esta tarde os quatro incêndios de maiores dimensões activos no país.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Esturranha, concelho de Viana do Castelo, estão 84 homens auxiliados por helicópteros e aviões bombardeiros pesados num fogo que lavra desde as 13h30 numa zona de floresta.

No concelho de Braga, um incêndio em Ajude, mobiliza neste momento 40 bombeiros.

Os dois outros fogos ainda activos já foram dominados. Em Sendim, concelho de Viseu estão ainda 92 homens e em Monte, concelho do Porto, 49.

iolonline.pt

'Afastar' GNR dos fogos viola normas operacionais

Força devia estar na primeira linha do combate a incêndios. Mas ontem ficou fora da quase totalidade das operações.

O Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS), da GNR não foi accionado para três dos quatro grandes fogos que ontem deflagraram em Portugal, ao contrário do que estipulam as directivas operacionais.

Quando é dado o alerta, aquela força de intervenção deve ser a primeira a chegar ao terreno, mas ontem isso aconteceu apenas num incêndio em Viana do Castelo. Até à hora de fecho da edição, a Protecção Civil recusou comentar aquela situação.

No distrito de Viana do Castelo, onde se viveram as piores situações, estes operacionais só foram mobilizados através do accionamento de um helicóptero, como ontem confirmava o site da Protecção Civil, que faz a divulgação das operações de combate.

Um incêndio em Ponte de Lima, com "três frentes activas", apenas foi combatido com bombeiros. A dificuldade de acessos obrigou à mobilização de uma equipa de contra fogo, mas o GIPS não foi mobilizado. Uma hora depois, um novo alerta de chamas, em Tuído, Valença, levava à mobilização de 20 bombeiros e de 17 sapadores florestais.

Uma vez mais, o Grupo de Intervenção Protecção e Socorro não foi accionado. De acordo com o comandante dos Bombeiros de Valença, o fogo tinha três frentes activas e para o local avançaram dois aviões Canadair. A meio da tarde um outro incêndio em Valença, na localidade de Fontoura, também não contou com o GIPS. Para o local apenas foram enviados sapadores florestais e bombeiros.

No distrito de Vila Real, ao início da manhã ,uma reactivação de um incêndio que começou na quinta--feira apenas foi combatida com bombeiros. Vários focos de incêndio "dispersos e com difícil acesso" obrigaram ao reforço de meios, mas, novamente, sem o GIPS.

Na informação da Protecção Civil, que assume e comanda as operações de combate aos fogos, o GIPS apenas foi mobilizado com o envio de um helicóptero para um incêndio em Viana do Castelo. Saíram oito homens, da brigada helitransportada.

A não activação do GIPS contraria o disposto na directiva operacional que define a "direcção e comando", bem como a "actuação operacional dos agentes integrantes do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro". O documento "garante o ataque inicial, como primeira intervenção organizada e integrada, de forma musculada e consistente, de meios de combate a incêndios florestais". E estabelece que "as equipas do GIPS da GNR, em todas as fases, são de exclusiva utilização em ataque inicial".

DN

Fogo destruiu três camiões e danificou armazém

Quando os bombeiros chegaram o fogo já tinha “tomado conta” das cabines de três camiões, carregados de estilha (aglomerado de madeira), o mesmo acontecendo com um tractor agrícola.
Todavia ainda conseguiram retirar outros veículos pesados, e um empilhador. Viaturas que se encontravam no interior de um enorme armazém da empresa Armando Gomes Lindo & Filhos, Lda.
O alerta para o fogo foi dado às 20h15 para os Bombeiros da Pampilhosa.
As origens do incêndio estão por apurar, mas “tomaram de assalto” o recheio da empresa, localizadas na Estrada nacional, em Santa Luzia, concelho da Mealhada.
De acordo com a segundo comandante dos Bombeiros da Pampilhosa, os bombeiros nada puderam fazer relativamente a três dos pesados, cujas cabines ficaram destruídas pelo fogo, que também atingiu um tractor agrícola e diverso material de construção. Também a estrutura do edifício, de acordo com Paula Ramos, sofreu o impacto das chamas, mas foi possível retirar algum equipamento e algumas viaturas.
Aquela responsável sublinha o impacto da primeira intervenção dos bombeiros, que «correu bem» e contribuiu para que rapidamente o incêndio fosse dominado. Mais morosas afiguravam-se as operações de rescaldo. Paula Ramos aponta, nomeadamente, os carregamentos de estilha dos três camiões cuja cabine ardeu, um produto que tem na madeira o seu ingrediente fundamental e, como tal, é pasto fácil para as chamas, para além da dificuldade acrescida de desenvolver uma combustão lenta.
Um dos carregamentos, admite, terá ainda sido atingido pelo fogo, facto que requeria especiais cuidados. «Não podemos facilitar», dizia Paula Ramos, sublinhando que «vamos ter de remover todo o equipamento», existente no interior do armazém, no sentido de garantir que «não haja reacendimentos».
Para o combate às chamas foram mobilizados 32 bombeiros e oito viaturas da corporação da Pampilhosa, aos quais se juntaram duas viaturas e oito homens da Mealhada. Um dos elementos da Pampilhosa acabou por sofrer ferimentos ligeiros, sendo encaminhado para os HUC, onde foi observado.
De acordo com a comandante Paula Ramos, o bombeiro escorregou e caiu, durante as operações de combate, nas quais foi utilizado espumífero (que também tem efeitos “abafantes”). «Quando caiu o visor do capacete partiu-se e sofreu um corte na testa», esclareceu a segundo comandante.
Diário de Coimbra

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Concelhos do norte e centro sob aviso de risco máximo de incêndio

Vários concelhos do norte e centro estão, hoje, sob aviso de risco máximo de incêndio, com o Instituto de Meteorologia (IM) a ativar o alerta para os distritos de Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Santarém. O IM aplicou o mesmo aviso a outras zonas dispersas de Portugal Continental, como Ponte de Lima (no distrito de Viana do Castelo), Vila Verde e Cabeceiras de Basto (Braga) e São Brás de Alportel (Faro).
O risco de incêndio determinado pelo IM engloba cinco níveis, que variam entre o "reduzido" e o "máximo", com o cálculo a ser feito com base nos valores observados às 13h00, na temperatura do ar, na humidade relativa, na velocidade do vento e na quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

Segundo a informação disponibilizada no "site" da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), na quinta feira foram contabilizados 147 incêndios florestais, que foram combatidos por 2068 bombeiros, apoiados por 529 veículos.

Cerca das 8h00 de hoje, a ANPC registava apenas um incêndio em curso, no Parque Nacional Peneda-Gerês, no concelho de Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), que começou na quinta feira à noite, e estava a ser combatido por 11 bombeiros, com o apoio de quatro veículos.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais deverá manter ativa a "Fase Charlie", considerada a de maior risco de incêndios, entre 01 de julho e 31 de setembro.

Para hoje,o IM prevê céu geralmente limpo,com o vento a soprar fraco (inferior a 20 km/h)do quadrante norte, soprando moderado(20 a 35 km/h) de noroeste, no litoral oeste.

Está ainda prevista a subida da temperatura máxima, com o Porto e Ponta Delgada a chegarem aos 26 graus Celsius, o Funchal a registar 27 e as cidades de Lisboa e Faro a atingirem os 28. (Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

Lusa

Aviões para vigilância de fogos parados

Autoridade não está a usar aeronaves na fase de maior risco de incêndio.

As duas únicas aeronaves de vigilância de incêndios da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) não estão ainda a ser usadas . Também a vigilância aérea, feita com os aparelhos dos aeroclubes, ainda não funciona. Um mês após o arranque da "Fase Charlie" - considerada de maior risco -, os aviões da Protecção Civil e dos aeroclubes para detectarem fogos, recolheram imagens e ajudarem os comandos a tomar decisões, continuam em terra.

Dois aviões, com as matrículas CS-UNG e CS-UNH, estão estacionados no Aeródromo José Ferrinho, em Leiria, sem uso. "Pertencem à Protecção Civil, mas estão parados", disse ao DN o director do aeródromo.

Vítor Moutal adiantou ainda que as aeronaves, dois ultraligeiros Zephyr 2000 ULM, "nem sequer pagam o estacionamento". As aeronaves foram doadas pela Fundação Vodafone Portugal, em 2004, ao então Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que, posteriormente, deu lugar à ANPC.

Avaliados em cem mil euros, estes aviões dispõem de equipamentos para efectuar vigilância aérea e têm sistemas de telecomunicações e georreferenciação. Em 2004, as aeronaves doadas pela Vodafone efectuaram 240 voos, detectando 73 focos de incêndio e "contribuindo fortemente para a redução do tempo médio dos fogos", lê-se no relatório do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável que monitorizou a operação.

Também as "patrulhas, a baixa altitude sobre as florestas, terão tido efeitos dissuasivos de eventuais actos criminosos". Mas este ano "estão paradas e sem uso", garantiu o director.

O mesmo acontece com as actividades de vigilância aérea, realizadas pelas aeronaves dos aeroclubes de todo o País, usadas em anos anteriores durante a época crítica dos incêndios florestais. Ou seja, estão suspensas.

Em Viseu, o aeroclube tem previsto voar "uma vez por dia, nos distritos de Viseu e da Guarda, mas não sabemos quando começa", disse José Dias, presidente da instituição.

Em Leiria, Vítor Moutal lembrou que "não houve protocolo e há até alguma falta de interesse", acrescentando: "A missão dá resultados a baixo custo. Cada hora de voo custa cerca de 120 euros e permite vigiar uma vasta área."

Estes voos, feitos através de protocolos assinados com a ANPC e a Autoridade Florestal Nacional (AFN), "não estão a ser feitos".

"Já tivemos uma reunião com a AFN, mas ainda não há data para a missão", salientou o presidente da Federação Aeronáutica de Portugal, que representa os aeroclubes.

O ano passado a vigilância dos aeroclubes "custou 70 mil euros, uma ínfima gota no custo da operação global do combate aos fogos, mas de extrema eficácia e com resultados comprovados", salientou aquele responsável.

DN

Paulo Teixeira é o novo comandante dos Bombeiros de Montemor-o-Velho

O novo timoneiro dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho toma posse sábado, numa cerimónia marcada para as 17h00. Paulo Teixeira, 47 anos, licenciado em Gestão de Empresas, é o sucessor de Morais Jorge, um verdadeiro “dinossauro” que, aos longos dos últimos anos, assumiu as rédeas do comando operacional da corporação de Montemor.
Profundo conhecedor dos “cantos da casa”, uma vez que está ligado aos bombeiros desde 1999, Paulo Teixeira é simultaneamente ambicioso e regrado nos seus projectos para a corporação. «Acredito que posso ajudar este grupo de trabalho e criar mais-valias», sublinha, equacionando como prioridade das prioridades a «formação e instrução».
Não apenas porque esse é o primeiro patamar para garantir «respostas eficazes», que é o que «se espera dos bombeiros», refere, mas também por conhecer “por dentro e por fora” as condições da corporação e saber que «não há propriamente muito dinheiro, nem nesta nem nas outras corporações». Aliás, nos últimos anos Paulo Teixeira tem «dado uma ajuda» à direcção ao nível da componente de gestão e contabilidade, tanto mais que essa é a sua formação académica e a sua área profissional.
Uma “intervenção” que lhe permite, confessa, uma visão «muito real do que são condições e as disponibilidades» e que, necessariamente, “refreiam” as suas ambições no que concerne a mais e a novos meios. «Numa segunda fase, quando houver outra disponibilidade económica, não vou desperdiçar a possibilidade de ter mais e melhores equipamentos», mas, salvaguarda, «isso não vai acontecer já, tendo em conta a forma como o país está». Por isso, no imediato, «vamos trabalhar com o que temos» e daí essa aposta na formação e instrução.
Paulo Teixeira é, ele próprio, formador da corporação e reconhece que esta é uma área fundamental. «Como bombeiro sinto essa falta e essa necessidade», confessa. E já fez diligências, junto de outros formadores, no sentido de avançar rapidamente com esta área. «Temos gente com muita qualidade na corporação», afirma, sublinhando que, para além da formação, onde pretende atingir patamares de referência, há também o «factor motivação, que me compete imprimir», assume.
«Sinto que posso ajudar este grupo de trabalho e criar mais-valias», afirma, sem falsas modéstias, Paulo Teixeira, reconhecendo que pela frente tem um enorme desafio. «Não é uma missão impossível, mas é seguramente uma tarefa difícil», diz ainda, admitindo que «não sei se serei a pessoa mais indicada, mas alguém tinha de o fazer e, por isso, aceitei o desafio». E, com um espírito pragmático, o novo comandante entende que «não há soluções ou respostas ideais», o que há é «trabalho, persistência e conjugação de boas-vontades». E a esta receita Paulo Teixeira quer imprimir a sua marca, no sentido de formar uma equipa de excelência.

“Responder como profissionais” - «As exigências hoje são muitas e nós não podemos falhar», considera, apontando a rapidez da resposta e a eficácia na actuação como uma meta a atingir, uma vez que, «mesmo sendo voluntários temos de agir e responder como profissionais».
O facto de suceder a um “dinossauro” como o comandante Morais Jorge não assusta Paulo Teixeira. «Vou fazer o meu melhor», promete, deixando claro que conta com «a colaboração de toda a corporação», em especial daqueles que ocupam funções com mais responsabilidade.
Mas o novo comandante não deixa de, de alguma forma, se sentir “herdeiro” de Morais Jorge, e acredita mesmo que a sua nomeação, da responsabilidade da direcção, deve ter “a mão” do seu antecessor. «Julgo que não foi por acaso», diz, adiantando que, para além do contacto estreito que manteve com o antigo comandante nos bombeiros, «também foi meu chefe na Câmara». «Trabalhámos juntos 10 ou 12 anos», acrescenta, crente que Morais Jorge desempenhou um “papel” na sua escolha para assumir o comando operacional dos Bombeiros de Montemor. E, ao «excelente trabalho» que Jorge desenvolveu, este montemorense de Seixo de Gatões quer somar, a partir de agora, a sua «marca pessoal», num paradigma que, defende, é necessariamente «diferente».

Escolha reuniu unanimidade da direcção -
Satisfeita com a escolha está a direcção dos Voluntários de Montemor, presidida por Mota Correia, que sublinha a «unanimidade» que rodeou o nome de Paulo Teixeira. Uma tarefa que, reconhece, «não foi fácil», uma vez que se trata de suceder a um homem carismático como o comandante Morais Jorge, que considera um «verdadeiro dinossauro» no trabalho que desenvolveu na corporação.
Todavia, «tínhamos que encontrar uma solução», refere, tendo em conta o pedido feito pelo comandante, em Março passado, no sentido de deixar o corpo activo e passar ao quadro de honra. A seu favor, Paulo Teixeira tem um conjunto de “argumentos”. «É um conhecedor profundo do quartel, conhece a real situação económica da corporação» e, além disso, «é homem muito trabalhador, com ideias próprias e devotado à causa». Por isso, no entender de Mota Correia, Paulo Teixeira reúne as «características certas» para o comando e, «com a colaboração de todos», direcção, comando e corpo activo, vai levar “o barco a bom porto”.
As demarches para a escolha do novo comandante começaram ainda em Março, e, depois de, a nível interno, a direcção analisado os vários cenários possíveis e optado por Paulo Teixeira, o nome do novo comandante foi submetido à apreciação da tutela, que lhe deu o necessário aval. A tomada de posse está marcada para sábado, às 17h00.
Diário de Coimbra

Casas ameaçadas por incêndio criminoso

Quatro incêndios florestais queimaram ontem várias zonas de mato na Margem Sul.
Um dos que mais preocupou os bombeiros ocorreu na Quinta do Soutelo, no Seixal, que, ao passar perto de algumas vivendas, deixou os moradores em pânico. As autoridades confirmam que foi fogo posto.
"Foi uma aflição, o incêndio rasou a nossa vivenda. As chamas eram enormes", descreveu ao CM Miguel Castelhano, filho da proprietária, que estava em casa quando o incêndio começou, no eucaliptal.
"Foi cerca 15h45 e havia dois focos de incêndio separados por poucos metros e que começaram ao mesmo tempo", garante Miguel. "Foi fogo posto", diz sem dúvidas.

A suspeita é confirmada pelo chefe de operações, comandante dos Bombeiros Voluntários da Amora. "Não há dúvidas de que foi fogo posto. Dois locais separados por 100 metros começaram a arder ao mesmo tempo", avança António Silva.

Também os proprietários de uma vivenda ao lado não ganharam para o susto. "Nem vou conseguir dormir com medo de um reacendimento", garante Antónia Jardim. Mas o marido não parece surpreendido. "Já estava previsto", diz José Pires, que refere que o terreno "estava por limpar e com algum lixo". Miguel Castelhano confirmou que há um diferendo com o proprietário do terreno. "Já foi notificado pela Câmara e já se fez queixa à Protecção Civil, mas ninguém faz nada".

A área ardida ontem à tarde situa--se mesmo ao lado da A2, que chegou a ter visibilidade reduzida devido ao fumo.

CM