Em causa estão graves problemas financeiros, uma vez que, segundo o dirigente, “além dos atrasos no pagamento por parte da Administração Regional de Saúde (ARS) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) comuns a todas as corporações”, a de Castro Daire gastou 130 mil euros em duas unidades de formação “que deveriam ter sido pagos pela câmara”.
Na passada quarta feira, concretizou-se o encerramento da secção de Parada de Ester e hoje, como já estava previsto, os bombeiros terão cortado o crédito para combustível, uma vez que já devem cerca de 30 mil euros à empresa responsável pela bomba de abastecimento.
“Quer que lhe pague, no mínimo, cinco mil euros. Mas nós nem temos dois cêntimos para lhe dar”, lamentou, dizendo entender a posição da empresa, porque se aproxima uma época de grande consumo devido aos incêndios florestais.
António Pinto referiu que, “enquanto for possível, as 18 viaturas (de combate a incêndios e ambulâncias) vão andando” e, depois, “o mais certo é terem de se deslocar bombeiros de fora do concelho”, mas “se quiserem abastecer em Castro Daire, terão de pagar como o cidadão comum”.
“As autoridades já estão avisadas”, afirmou, contando ter informado da situação o governador civil de Viseu, o Comando Nacional de Operações de Socorro e a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O dirigente ressalvou que “este não é num problema da Proteção Civil”, mas sim “da ARS, do INEM e sobretudo da Câmara Municipal” e reiterou que o presidente da autarquia, Fernando Carneiro (PS), tinha manifestado vontade em cumprir o prometido pela sua antecessora, Eulália Teixeira (PSD), e pagar as obras.
“Com a anterior presidente, tínhamos combinado delinear uma estratégia de pagamento faseado e ele (Fernando Carneiro) aceitou isso tudo a 05 de abril, mas passados 10 ou 15 dias veio dizer que isso teria que ser através da proteção civil e do governador civil”, criticou.
António Pinto admitiu que já desistiu de tentar falar com o autarca: “não tem atendido ninguém, agora anda o comandante a tentar”.
A corporação tem 23 assalariados, aos quais ainda não foram pagos os subsídios de férias.
“Se isto continuar assim, as seis pessoas que estavam na secção de Parada de Ester terão de ir para a rua”, avisou.
Destak
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