quinta-feira, 15 de julho de 2010

Falta de bombeiros no quartel de Alcoentre preocupa autarcas e protecção civil

A escassez de operacionais nos Bombeiros Voluntários de Alcoentre é a principal preocupação dos autarcas e da protecção civil do concelho da Azambuja. A época mais crítica dos incêndios está à porta e faltam bombeiros para assegurar a prevenção. Actualmente estão cinco homens no serviço de incêndio assistidos por uma viatura.

A falta de operacionais nos Bombeiros Voluntários de Alcoentre, foi a principal preocupação expressada pela protecção civil e autarcas do concelho ao Governador Civil de Lisboa, António Galamba, que se deslocou ao concelho na tarde de sexta-feira, 9 de Julho, para participar numa reunião à porta fechada com autarcas, bombeiros e representantes das delegações da Cruz Vermelha do concelho. O objectivo da reunião foi fazer um ponto de situação sobre os incêndios florestais no concelho da Azambuja.

“A corporação de Alcoentre tem enfrentado dificuldades no recrutamento de pessoal. Por causa deste período mais crítico dos incêndios florestais já foram realizadas alterações no quadro de pessoal para colocar mais gente no serviço de incêndio, provavelmente até Setembro, porque senão não íamos ter pessoal suficiente para aquela zona”, lamenta o vice-presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa a O MIRANTE.

O comandante da corporação, Jacinto Abreu, confirmou a situação. “Tivémos de tirar os três elementos que estavam no serviço ambulatório (tratamentos e transporte de doentes) para ficarem de prevenção aos incêndios”, refere.

Este ano, à semelhança dos anteriores, Alcoentre continua com uma viatura e cinco bombeiros. Recentemente foi lançada uma campanha a apelar à população para se inscrever no voluntariado da corporação e, segundo Luís de Sousa, “está a correr bem, já entraram oito inscrições e esperemos que continue a aparecer gente”, refere.

O autarca fez um balanço positivo da reunião com o Governador Civil e destacou o facto de, este ano, o concelho ter sido pouco fustigado por incêndios florestais. “Ainda só ardeu pouco mais de um hectar. A reunião correu muito bem, acertámos vários pormenores de ordem operacional e soubemos que o governo civil vai apoiar as nossas corporações com equipamento de protecção individual, o que é sempre bom”, concluiu o autarca. A reunião contou também com a presença de Elísio Oliveira, comandante operacional distrital da protecção civil.

Vila Franca de Xira emite recomendações à população - O Serviço Municipal de Protecção Civil de Vila Franca de Xira emitiu esta semana um comunicado com um conjunto de recomendações à população no sentido de evitar e reduzir o risco de incêndio no concelho.

Num verão em que se esperam “ciclos com temperaturas bastante elevadas, associados à elevada carga combustível vegetal existente em redor das habitações e dos aglomerados habitacionais” a protecção civil apela à adopção de comportamentos preventivos, especialmente no período crítico, entre 1 de Julho e 15 de Outubro.

A Protecção Civil recorda que nos espaços rurais e florestais é proibido fumar, realizar fogueiras, lançar foguetes, fazer queimadas e utilizar tractores ou máquinas que não estejam equipados com protecção anti-faíscas. Os proprietários de espaços rurais e florestais são obrigados a limpar o mato num raio mínimo de 50 metros à volta de habitações, estaleiros e armazens.

Em caso de incumprimento de qualquer uma destas regras os responsáveis incorrem em multas que vão dos 140 a 5 000 euros para pessoas singulares e entre 800 a 60 000 euros para pessoas colectivas.

O Mirante

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