O responsável pela Protecção Civil na Associação Nacional de Municípios diz que Portugal tem uma estratégia errada para o combate aos incêndios. Jaime Soares diz que se criou uma super-estrutura na Autoridade Nacional da Protecção Civil que tem todos os meios e os bombeiros que estão no terreno não têm nada.
Criticas à organização do combate aos fogos numa altura em que por todo o país há centenas de bombeiros exaustos e sem ninguém que os substitua.
São longas horas de exposição a altas temperaturas, inalação de partículas, pouca ingestão de líquidos, má alimentação e muito pouco tempo de descanso. Problemas comuns à maioria das corporações de bombeiros que, na última semana, têm estado na primeira linha de combate aos fogos.
Os bombeiros estão exaustos e em muitos casos não há efectivos para os substituírem, nem equipamento adequado para todos os homens que estão na primeira linha de combate às chamas.
«Há cinco anos que não são entregues equipamentos, mas os topos de gama estão nas elites da Autoridade Nacional de Protecção Civil», diz Jaime Soares à TVI. O responsável da Protecção Civil da Associação Nacional de Bombeiros aponta o dedo á forma como está organizado o combate aos incêndios:
«Muitas dificuldades de equipamento, tremendas dificuldades estratégicas, porque Portugal preferiu criar elites numa estrutura de protecção civil, que têm tudo, e os bombeiros que estão no terreno não têm nada. Não é verdade que Portugal está efectivamente preparado, porque Portugal não está preparado».
TVI24
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