domingo, 18 de julho de 2010

Bombeiros Voluntários de Braga negam pedofilia

A Direcção e corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Braga uniram-se ontem para repudiar a notícia vinda, anteontem, a público que ligava a instituição a um alegado processo de pedofilia.
Cerca de três dezenas de bombeiros do corpo activo marcaram presença na conferência de imprensa que a Direcção convocou ontem para repudiar e afirmar que “é absolutamente falso que os factos descritos na notícia tenham tido por palco as instalações desta Associação Humanitária”.

Em causa está a notícia publicada, anteontem, pelo ‘Diário do Minho’, sob o título ‘Suspeita de pedofilia envolve câmara e bombeiros de Braga” e que denuncia que “um funcionário da Câmara Municipal de Braga afecto ao transporte escolar de crianças portadoras de deficiência está a ser investigado por alegado envolvimento em actos de pedofilia”.

A referida notícia relata que “as instalações da associação humanitária terão sido usadas (...) para a prática dos alegados actos de pedofilia” que terão tido como vítima um menor portador de deficiência.
No comunicado distribuído aos jornalistas, a Direcção nega e refere ser “absolutamente falso que estejam envolvidos elementos desta Associação Humanitária”.

O presidente da Direcção, António Machado, nega categoricamente que a carrinha da câmara alguma vez tenha parado em frente ao quartel.
“Nunca, em circunstância alguma, nestes anos todos, esta carrinha parou aqui para o que quer que fosse” afirmou o dirigente.
António
Machado admite que esta situação “criou muitos problemas porque, nós, neste momento, transportamos também crianças e os pais, no dia seguinte, perguntaram o que se passava”.

O vogal da Direcção, João Magalhães, aludiu à obrigação da investigação jornalística e denunciou que “faltou perceber que não havia nenhuma relação de conectividade com os Bombeiros Voluntários de Braga”.
“Tratava-se de uma viatura da câmara municipal, percebia-se que se tratava de um funcionário da câmara municipal e percebia-se que essa viatura é, por sistema guardada no parque dos Bombeiros Municipais de Braga” apontou João Magalhães.

Reafirmando: “aqui nada disso se passou”, o também dirigente dos Bombeiros Voluntários de Braga apontou: “todos os indícios, todas as provas, olhadas à luz dessa conectividade dão a certeza de que isto se passou noutro lado”.
A direcção veio dar voz ao sentimento que “a injustiça e inverdade da notícia causou na honra e na dignidade do corpo activo em geral e de toda a Associação”.

O corpo activo está também a fazer um abaixo-assinado a manifestar publicamente desacordo e repúdio em relação às notícias.
Contactada a Câmara Municipal de Braga, pela voz do assessor de imprensa, João Paulo Mesquita, referiu que “é um processo em segredo de justiça”e que “está nas devidas instâncias”.
O caso estará há dois meses nas mãos do Ministério Público.
O motorista em causa foi retirado do contacto com crianças.
Correio do Minho

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