sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bombeiros de Fornos plantam uma árvore por cada serviço efectuado

Por cada serviço executado pelos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres será plantada uma árvore na área daquele Concelho. Este é o grande objectivo da campanha de reflorestação levada a cabo pela Associação Humanitária.

“Um Serviço, Uma Árvore Amiga”. É este o slogan de uma campanha de reflorestação que está a ser promovida pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres. A ideia é que cada serviço efectuado pela corporação corresponda à plantação de uma árvore na área do Concelho.

O serviço tanto pode ser de combate a incêndios florestais, como de transporte de doentes, auxílio em acidente rodoviário, limpeza de vias, entre outros. As plantações serão feitas em zonas designadas pelas juntas de freguesia e pelo Gabinete Técnico-Florestal da Câmara Municipal de Fornos de Algodres.

Iniciativa conta com várias parcerias - No ano passado, os Voluntários fornenses efectuaram um total de 4200 serviços, sendo esta, para já, a meta a atingir, com a garantia de que a corporação está empenhada em “ajudar na reflorestação da nossa terra”. Para a concretização desse objectivo, a Associação já solicitou a colaboração do Parque Natural da Serra da Estrela, das Escolas Superiores Agrárias de Castelo Branco e Viseu, do Instituto Politécnico de Bragança, do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, do Horto do Campo Grande e da Teleflora.

Segundo a Associação, presidida por Álvaro Melo, a iniciativa “consiste na plantação de árvores e arbustos originais da flora portuguesa, para conservar a biodiversidade”, com destaque para o carvalho-negral, pinheiro-silvestre, pinheiro-manso, plátano-bastardo, vidoeiro, cerejeira, tramazeira, mostajeiro, azereiro, azinheira, sobreiro, amieiro, freixo, sabugueiro, entre outros. Da parte da Escola Superior Agrária de Castelo Branco foram já garantidos 40 azereiros e 20 pinheiros-mansos para a campanha.

“É um bem para todos e, por isso, todos devem ajudar”, diz o presidente da Associação Humanitária

“Iremos com certeza ver, pelas nossas terras, bombeiros com pás não para apagar incêndios, mas sim para plantar uma árvore amiga”, diz a Associação. “Por cada serviço que a corporação faça, nós comprometemo-nos a plantar uma árvore no concelho de Fornos de Algodres”, garante o presidente. Álvaro Melo adianta que a plantação dessas árvores será feita em baldios e em locais que têm necessidade de ser reflorestados: “O concelho de Fornos de Algodres foi fustigado por muitos incêndios florestais há uns anos atrás e, portanto, carece de alguma reflorestação”.

O objectivo é envolver também a comunidade escolar e a população em geral, até porque “é um bem para todos”, refere Álvaro Melo.

Há seis décadas ao serviço da população - A organização da corporação e tomada de posse da respectiva direcção deu-se a 29 de Janeiro de 1949 na sala de sessões da Câmara Municipal de Fornos de Algodres, com a presença do então presidente, António Rodrigues. Aí reuniam, pela comissão organizadora dos então "Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres": Artur Ribas Madureira, António Pina Albuquerque, João Vaz de Almeida Ribeiro, José de Almeida, José Campos Pina Cabral, José de Almeida Viçoso e José Gomes, os quais foram eleitos para constituir direcção, tendo mais tarde, a 28 de Março de 1949, nomeado para comandante João Vaz de Almeida Ribeiro e como 2º comandante o António Pina Albuquerque. Nesse mesmo ano, a 28 de Agosto, foram comprados os primeiros 200 metros de mangueira.

A 20 de Agosto de 1950, João Ribeiro pediu a demissão e foi nomeado Fernando Alípio Vasconcelos como novo comandante, em 15 de Abril de 1951. Seguiu-se, entretanto, um longo período de quase inactividade, com várias direcções e comandos a sucederem-se até 18 de Outubro de 1964, altura em que foi alterado o nome desta colectividade, passando a designar-se Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres. Foi dado, então, o arranque definitivo, sob a presidência de Fernando Paulo Menano.

Faziam parte como 1º Corpo de Bombeiros: António Cunha Homem Melo, Delfim Paulo Nunes, António Sousa Almeida, João Fernando de Pina, Norberto Pereira dos Santos Ferreira, António Ferreira Gouveia, António da Silva Ventura, Eduardo Silva, Fernando Paulo de Almeida, José Rebelo Rodrigues, Luís Figueiredo Furtado, António Paulo, António Almeida Simões, Carlos de Melo, Manuel Paulo, Ventura, Júlio Garcia de Pina, Fernando Garcia de Sousa, João Fernando Silva Sequeira, José Adriano Monteiro Silva e José Almeida Lopes. O comandante era José da Costa Felício.

A primeira viatura foi adquirida em 19 de Julho de 1966, de marca BEDFORD. Até esta altura, os bombeiros limitavam-se a transportar o material às costas e a pedir boleias para se deslocarem para os sinistros, quer em camionetas de mercadoria, quer em automóveis particulares.

Actualmente, o presidente da direcção da Associação é Álvaro Melo, o Conselho Fiscal é presidido por José Ângelo Andrade e José Miranda (actual presidente do Município) preside à Assembleia Geral.

(Informação disponibilizada no site da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres)

Jornal Nova Guarda

Guarda: 207 homens apoiados por 61 veículos combatem incêndio de grandes proporções


Os bombeiros esperam dominar "durante a madrugada" o incêndio que começou no concelho da Guarda e alastrou para os concelhos de Sabugal e Almeida, disse à Lusa o comandante operacional distrital (CODIS).

"O nosso objetivo é que durante a madrugada, até ao nascer do sol, consigamos dar este incêndio como dominado, para que as operações de rescaldo decorram já durante o dia", admitiu o comandante António Fonseca.

Segundo o responsável, este é o objetivo que os meios que estão no terreno procurarão "cumprir durante a noite".

"Só ouvíamos uma criança a chorar e nem sabíamos onde estava"

Os bombeiros viram o menino de 8 anos morrer enquanto faziam o desencarceramento e ouviram o choro do irmão de 5 anos

Dois bombeiros da corporação dos voluntários de Oliveira dos Frades foram os primeiros a chegar ao carro deformado e calcinado onde estavam encarcerados dois meninos de oito e cinco anos e o pai deles, de 49, na A25.

O carro estava no palco do segundo acidente em cadeia, ocorrido às 16.06. "O carro estava de tal forma feito num monte de metal que nem conseguíamos perceber onde estava o miúdo de cinco anos. Só ouvíamos uma criança a chorar e nem sabíamos onde estava", recordou ao DN o bombeiro Pedro Daniel, de 28 anos, integrado nas equipas de intervenção permanente. O colega António Pereira, 37 anos, menos habituado do que Pedro à rotina trágica dos acidentes, ficou impressionado com a morte no local de João, o menino de oito anos, perante a impotência das equipas de socorro.

"A imagem das crianças ficou- -me nessa noite e no dia seguinte. Comentei com a minha mulher. Não é fácil", desabafou António Pereira. O colega Pedro, agora profissionalizado na equipa de intervenção permanente, adianta que "já não é a primeira criança" que vê morrer no local do acidente. Nem um nem outro pediram o apoio psicológico do INEM. "Os psicólogos do INEM estavam no cenário do outro acidente e não conseguiam chegar ao nosso. Mas acho que é um apoio importante e nem devia ser preciso os bombeiros pedirem", refere Pedro Daniel.

O comandante da corporação de Oliveira dos Frades, Fernando Farreca, confirmou que "nenhum" dos seus bombeiros pediu apoio. "Mas a Autoridade Nacional de Protecção Civil devia ter profissionais ao serviço dos bombeiros", sublinha.

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro (FBDA) assume "não ser prática" e até "não se justificar" apoio psicológico a operacionais que estiveram envolvidos nos acidentes de Sever do Vouga, na A25, o maior sinistro automóvel ocorrido no País.

A "ajuda especializada" é importante, na sua opinião, nos "casos em que haja vítimas entre os próprios bombeiros". Paulo Teixeira, segundo-comandante dos bombeiros de Vouzela, uma das primeiras corporações a chegar aos acidentes da A25, assumiu que "pode ser útil" garantir em situações extremas, como aconteceu, "alguma ajuda". Normalmente, "é na conversa entre uns e outros no quartel", que se faz uma espécie de catarse. O INEM, se os bombeiros pedirem apoio psicológico, garante-o. Mas com dois psicólogos por delegação (Porto, Coimbra, Lisboa e Faro) não é fácil dar resposta.

DN

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PJ já deteve 28 incendiários este Verão

A Polícia Judiciária já deteve 28 incendiários florestais este Verão.
Segundo as autoridades, o suspeito mais recente é um homem de 59 anos, acusado da autoria de um crime, praticado esta segunda-feira, na freguesia de Ribamondego, Gouveia.

O incêndio consumiu uma área com cerca de 1.500 metros quadrados, composta por mato, vinha e olival, tendo colocado em perigo bens de valor, não tendo assumido maiores proporções devido à intervenção de populares e dos bombeiros, que nas operações de combate tiveram a ajuda de meios aéreos.

O detido, sem profissão conhecida, vai ser presente a primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coacção.

CM

A25: Associação Portuguesa de Medicina de Emergência elogia trabalho das equipas de socorro

A Associação Portuguesa de Medicina de Emergência louvou o trabalho da Protecção Civil e do pessoal médico no socorro às vítimas dos acidentes de segunda-feira na A25.

Em declarações à agência Lusa, Vítor Almeida afirmou que na assistência às vítimas «ficou provado que a Protecção Civil tem um dispositivo verdadeiramente impressionante de meios no terreno, nomeadamente com bombeiros e meios de socorro».

«Se o socorro correu bem, isso deve-se essencialmente ao investimento feito pelo Governo, e em particular nos últimos dois anos, nos meios pré-hospitalares, mesmo que haja sempre coisas a melhorar», afirmou.

Por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica e do Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Coimbra, «a resposta foi a possível, mas indiscutivelmente eficaz», considerou.

Relativamente aos meios aéreos, destacou que apesar de não terem podido actuar devido às condições meteorológicas, a equipa médico/enfermeiro destacada para estar nos helicópteros chegou ao local de carro.

«A localização do helicóptero em Santa Comba Dão foi uma decisão muito adequada e correcta, porque a base está muito perto dos grandes eixos rodoviários da região Centro, o IP3, a A25 e a A1», indicou.

Vítor Almeida elogiou também os elementos da GNR pelo seu desempenho «excelente» na gestão dos acidentes, destacando ainda que «as coisas funcionaram bem à conta dos médicos que foram para o local voluntariamente».

Contudo, ressalvou, «o princípio do sistema não deve ser o do voluntariado, mas a existência de planos de contingência, com a activação de profissionais conforme as necessidades».

«É importante que existam estes mecanismos de activação de planos para estas situações, de forma treinada e regular, com as viaturas médicas e as equipas no terreno, e de forma ainda mais eficaz», concluiu.

IOL Diario

Condutor travou e dá-se novo choque

"Vivi o terror! Carros enfaixados uns nos outros, nos dois sentidos, chamas, veículos virados ao contrário, sangue misturado com metal, cheiro a pneus queimados. Um pandemónio."
A descrição é de Luís Manuel Santos, condutor de um dos veículos do segundo choque em cadeia, no km 45 da A25, mas no sentido Viseu--Aveiro. De acordo com o relato da GNR, "um dos condutores apercebeu-se do acidente em sentido contrário e travou o que, aliado à má visibilidade, terá originado o acidente".
Luís Manuel Santos contou que "estava parado nos dois sentidos quando um camião leva tudo à frente. Num dos carros "seguia um pai com dois filhos, ainda crianças, uma das quais morreu". Um camionista explicou que o acidente foi "horrível". "Estávamos fora das viaturas, com os coletes de protecção quando ouvimos um barulho ensurdecedor. Era o condutor do camião a tentar travar, para evitar os carros que não tinha visto. Levou tudo à frente: carros, onde seguia uma mulher sozinha que teve morte imediata, e um motociclo", contou Norberto Ramos.
Muitos dos condutores só se aperceberam "de uma amálgama de ferros a chiar e a encarquilhar", relatou Pedro Lopes, um condutor de Aveiro cujo "veículo ficou muito danificado", mas do qual "conseguiu "sair direito nem sei muito bem como". Este segundo acidente ocorreu "cerca das 16.16, pouco depois do primeiro acidente, mas em sentido contrário, separado por 1500 metros", esclareceu o segundo-comandante dos Bombeiros de Vouzela. Paulo Teixeira contou que neste segundo acidente "estiveram envolvidos 14 ligeiros, dois pesados e um motociclo", adiantou o graduado.
De imediato foi dado o alerta e várias corporações do distrito de Viseu foram "chamadas a ajudar com todos os meios disponíveis, desde ambulâncias a viaturas de desencarceramento, passando por veículos de combate a incêndios", contou o comandante. Pouco depois, no mesmo sentido, "há uma terceira colisão, devido à má visibilidade". Neste terceiro acidente, "houve seis carros envolvidos". De acordo com o comandante dos Bombeiros de Vouzela no conjunto dos dois acidentes, no sentido Viseu-Aveiro, registaram-se 16 feridos e três mortos".
Segundo a GNR "houve pelo menos duas colisões em cadeia no sentido Viseu-Aveiro", mas o major Nunes Couto apenas confirmou "dois acidentes, um em cada sentido". Porém, salvaguardou que "apenas as peritagens poderão determinar, com precisão, o que sucedeu".
DN/Amadeu Araújo

Reconstituição do acidente na A25

sábado, 21 de agosto de 2010

Incêndios da Serra da Estrela: as autoridades não duvidam de mão criminosa

Tenente-Coronel comandante do GIPS da GNR explica como se combatem incêndios

Nos vídeos que temos assistido ultimamente o que vemos são bombeiros à frente do fogo expondo-se a condições extremas. Na reportagem que se segue, passada no telejornal da RTP vêem-se os GIPS/GNR a entrar numa queimada a poucos metros de uma estrada para fazerem um trabalho exemplar, extinguem o fogo em dois ou três pequenos arbustos com polpa e circunstância… dizem que foi um reacendimento… incrível, as câmaras estavam no local e hora certos… ou não.

O Tenente-Coronel António Paixão, comandante do GIPS da GNR explica como se combatem os incêndios mas esquece de dar formação devida aos seus homens quanto à situação de rescaldo que para nós bombeiros é básico.

Num rescaldo (limite do verde com o queimado) aceirar nunca de dentro para fora isto para evitar afastamento de possíveis materiais incandescentes que existam na manta morta que possam dar origem a novos pontos de ignição.

Imagine-se que no vídeo o profissional GIPS/GNR faz exactamente o que não deve…

Palavras para quê assistam ao vídeo e tiram as vossas elações.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Helicóptero de combate a incêndios apedrejado em Escalhão

Um helicóptero de combate a incêndios foi esta sexta-feira apedrejado pelo proprietário de uma charca, quando tentava abastecer-se de água para combater um fogo em Escalhão, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.
O piloto do helicóptero, que pediu anonimato, afirmou à Lusa que, quando se preparava para abastecer numa charca "um homem começou a atirar pedras".

"Provavelmente tenho uma pá do helicóptero danificada", revelou.

Assim que aterrou, a GNR, que entretanto já se encontrava no local, foi informada do sucedido.

António Pereira, sub-chefe dos bombeiros voluntários de Figueira de Castelo Rodrigo, esclareceu que as autoridades identificaram o homem e que este os abordou no sentido de querer ver restituída a água que lhe foi retirada.

Junto à charca, habitantes da aldeia também contaram que, depois deste episódio, conseguiram demover o homem de danificar o helicóptero e de o impedir de abastecer, permitindo que o incêndio voltasse a ser combatido por este meio aéreo.

O helicóptero de ataque inicial estava a combater um reacendimento junto às primeiras casas da localidade de Escalhão, em zona de rescaldo do incêndio que quinta-feira deflagrou em território do Parque Natural do Douro Internacional.

Ao princípio da tarde já existiam diversos pequenos reacendimentos na referida zona que esteve toda a noite em situação de rescaldo com bombeiros da corporação de Figueira de Castelo Rodrigo.

CM

Incêndios: PCP fala em discrepância entre área ardida e dados oficiais

Agostinho Lopes dá o exemplo de Germil, em que os documentos falam em 100 hectares ardidos e no terreno se verifica que podem ter chegado aos 500.
O deputado do PCP Agostinho Lopes questionou, esta sexta-feira, a fiabilidade dos relatórios dos Incêndios Florestais, exemplificando com um documento onde se diz que arderam 100 hectares de floresta em Germil, Ponte da Barca, quando foram atingidos 500 hectares.

Agostinho Lopes disse à Lusa que, «no Relatório provisório n.º 6/2010 da Autoridade Nacional Florestal (AFN) é referido que arderam 100 hectares em Germil, mas a área ardida foi muito superior, já que ficaram queimados dois terços da freguesia, ou seja mais de 500 hectares de mato e floresta». «Ficou quase totalmente reduzida a cinzas a importante mancha de carvalhos à volta da freguesia. Terá sobrado cerca de 30 por cento do carvalhal», afirma.

O deputado ouviu o autarca da localidade, aquando da deslocação da Comissão Parlamentar de Agricultura à região, dizer que os cem moradores de Germil enfrentaram sozinhos durante três dias um grande incêndio que lavrou naquela zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Confrontado com uma exposição pormenorizada do autarca sobre o abandono a que a freguesia foi votada, Agostinho Lopes redigiu um requerimento ao Ministério da Agricultura, perguntando «porque não foi dada nenhuma resposta atempada pela Protecção Civil de Viana do Castelo aos pedidos da população e junta de Freguesia de Germil, quer nos dois primeiros dias (10 e 11) quer após o reacendimento (13)?». «Porque não houve um contacto de alguém com responsabilidades na Protecção Civil, do CDOS, municipal, ou no âmbito do PNPG?», questiona.

O deputado quer, ainda, saber que grandes incêndios ocorriam na «vizinhança» durante o período 10/13 de Agosto, que impediram a deslocação de forças para defender o aglomerado urbano de Germil. «Porque razão, não foi sinalizado o incêndio de Germil, face à sua duração/dimensão, no mapa diário da Autoridade nacional de Protecção Civil?», pergunta.

TVI24

João Pombo o Bombeiro que morreu em acidente

Um bombeiro de Alcobaça perdeu a vida e outro ficou gravemente ferido num incêndio em São Pedro do Sul, no passado dia 9, informou a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Muitas caras lavadas em lágrimas, bandeira a meia haste e várias pessoas à procura de notícias dos bombeiros de Alcobaça, que sofreram um acidente no combate ao incêndio em São Pedro do Sul, de que resultou um morto.

Foi este o ambiente que se viveu no quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça, onde duas folhas, afixadas na porta exterior, deram a notícia da morte de João Pombo, bombeiro de 42 anos e que há mais de 20 estava na corporação.

No quartel, psicólogas disponibilizadas pela Câmara Municipal de Alcobaça prestaram apoio aos bombeiros, situação que está a suceder também com a família do bombeiro, casado e com dois filhos, um dos quais menor.

O presidente da autarquia, Paulo Inácio, disse que os bombeiros e o concelho estão de luto pela morte do “soldado da paz” que “era uma referência” da corporação.

Tem um irmão nos próprios corpos [como adjunto do comandante] e o filho também”, observou, manifestando solidariedade à família.

A viatura onde seguia o bombeiro profissional integrava uma coluna de seis carros com 22 homens do distrito de Leiria, das corporações de Peniche, Batalha, Alcobaça, Juncal e Maceira que estava a ajudar ao combate ao incêndio de São Pedro do Sul.

O despiste da viatura provocou ainda ferimentos, noutro elemento da corporação, um funcionário do Instituto Nacional de Emergência Médica, de 25 anos.

De acordo com a ANPC, depois de terem sido resgatados os feridos, “o veículo tanque foi atingido pelas chamas, tendo ardido na totalidade”.

Jornal das Caldas

Carro do comandante dos Bombeiros roubado em frente ao quartel

O carro do comandante dos Bombeiros Voluntários de Freamunde foi roubado, na manhã de quarta-feira, mesmo em frente ao quartel desta corporação. O assalto foi efectuado por um solitário que estava nas redondezas das instalações dos Bombeiros e que conseguiu fugir à perseguição efectuada por Mendonça Pinto.
A GNR investiga o caso, mas ainda não tem qualquer informação sobre o autor do furto.

Perseguição acabaou no primeiro cruzamento. Eram 11h00 quando o comandante dos Bombeiros Voluntários de Freamunde estacionou o seu Volvo S40 mesmo em frente ao quartel da corporação. "Parei o carro para ir ao quartel buscar umas coisas e sair logo a seguir. Mas quase de imediato apercebi-me do barulho do motor e vi o meu carro a arrancar. Foi tudo muito rápido", conta Mendonça Pinto.
O comandante ainda conseguiu destinguir um indivíduo no interior do carro, mas já não foi a tempo de impedir o roubo.
Mesmo assim, Mendonça Pinto utilizou o jipe do comando dos Bombeiros freamundenses para encetar uma fuga ao seu próprio carro, que já seguia em direcção a Paços de Ferreira. Só que essa tentativa também se revelou ineficaz. "Meti-me no jipe e fui atrás dele, mas perdi-lhe o rasto no primeiro cruzamento. Não vi para que lado ele foi", lamenta.
Mendonça Pinto já apresentou queixa na GNR, mas até ao momento ainda não teve qualquer informação sobre o paradeiro da viatura ou sobre a identidade do assaltante.
Verdadeiro Olhar

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

MAI homenageia bombeiros mortos

O ministro da Administração Interna homenageou na quarta-feira à noite os bombeiros mortos no combate aos incêndios este ano e garantiu que o Governo vai apoiar a renovação de viaturas para as corporações, escreve a Lusa.

No 80º aniversário da Liga dos Bombeiros Portugueses, que se celebrou em Cascais, Rui Pereira lembrou Cristiana Josefa, João Pombo e Carlos Santos, três bombeiros que morreram este ano no combate aos incêndios florestais e que recordou como «heróis e mártires, testemunhas de que o lema "vida por vida" vale mesmo».

Em declarações aos jornalistas, o ministro afirmou o empenho do Governo em três domínios.

«Vamos fazer mais ao nível da formação, no domínio do equipamento, porque no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional [QREN] queremos melhorar e renovar, e melhoramentos nos decretos-lei» que regulam a actividade dos bombeiros, enumerou.

Rui Pereira adiantou que tem tido reuniões com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional para que se abram candidaturas para a aquisição de novas viaturas, afirmando que «não faz sentido» que o dinheiro europeu do QREN «não seja aproveitado».

Questionado sobre a maneira como as autoridades têm lidado com os suspeitos de fogo posto, o ministro disse que as forças policiais têm feito um «trabalho notável», no caso da PSP e GNR nos crimes negligentes e no caso da Judiciária nos crimes dolosos de incêndio florestal.

Em 2010 tem sido «tudo mais difícil» do que nos três anos anteriores, mas o ministro destacou que por cada bombeiro que cai se torna «mais evidente a determinação dos outros em continuar o combate» às chamas.

Em dia de comemoração dos 80 anos da Liga, houve condecorações para a Escola Nacional de Bombeiros, a Federação do Distrito de Aveiro, os bombeiros de Vila Meã, uma funcionária da Liga, as caixas de Crédito Agrícola, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e os responsáveis pelo programa «Vida por Vida», exibido na RTP nos últimos dez anos e suspenso desde julho por falta de meios financeiros.

TVI24

Bombeiros de Vila Meã: família de 13 elementos integra corporação

Bombeiros Portugueses comemora 80 anos em Cascais e entrega condecorações

A Liga dos Bombeiros Portugueses celebrou ontem oitenta anos com uma cerimónia de entrega de medalhas, numa altura em que a sua principal preocupação é conseguir que as corporações tenham apoios financeiros e estabilidade na gestão.

O presidente da Liga, Duarte Caldeira, disse à agência Lusa que a principal preocupação da Liga é o "financiamento dos corpos de bombeiros", que não podem estar "dependentes da capacidade ou da sensibilidade de autarcas e outros agentes económicos", devendo receber do Estado "de acordo com as suas áreas de atuação" um apoio financeiro que lhes garanta "estabilidade na gestão".

No teatro Gil Vicente, em Cascais, a Liga vai condecorar hoje à noite a federação nacional de Caixas de Crédito Agrícolas, a Escola Nacional de Bombeiros, a Federação Distrital de Aveiro, o núcleo de intervenção social dos Sapadores de Lisboa e os bombeiros de Vila Meã, no concelho de Amarante.

Lusa

Bombeiros esperam há três anos por 95 novas viaturas

No Verão aumentam os incêndios mas também os acidentes. Em Castelo de Paiva o material de desencarceramento anda numa ambulância.
O levantamento das necessidades foi feito em 2007, houve uma candidatura de um pacote de 95 viaturas para operações de protecção civil ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), a despesa foi aprovada duas vezes em conselho de ministros, e, ainda assim, passaram três anos e nenhuma das corporações recebeu os carros prometidos. As queixas partem dos bombeiros que desde 2007 estão à espera dos meios, que então definiram então como prioritários. Contactado pelo i, o Ministério da Administração Interna (MAI), com a tutela do processo, não faz qualquer ponto de situação da entrega das viaturas, a maioria carros de combate a incêndios, florestais e urbanos, viaturas de desencarceramento que os bombeiros sublinham que fazem falta já este Verão.

Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), assegura que há garantia de que as entregas vão começar entre Novembro e Outubro, pelo menos para os sete lotes (por categorias de veículos) que já foram adjudicados. Segundo o dirigente, continua por decidir a que empresas vão ser contratadas as viaturas de desencarceramento (VSAT). "Tem havido uma série de acidentes de percurso de natureza burocrática", explica Duarte Caldeira. O último foi o facto de um dos oito lotes submetidos a concurso público internacional não ter tido concorrentes, o que levou à exclusão das propostas apresentadas para os restantes. Só há um ano foi aprovado um novo concurso público para procedimento pré--contratual de ajuste directo, lê-se num despacho do MAI de Setembro de 2009.

O segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Milfontes lembra-se do dia da promessa: 1 de Fevereiro de 2007. "Somos a corporação mais jovem do país e não temos nenhum veículo de combate a incêndios florestais (VFCI)", diz Francisco Santos. O atraso, condena, "é uma falta de responsabilidade" e pode um dia até pô-los "em xeque perante a população".

A queixa repete-se de norte a sul. Para João Naia, segundo comandante dos Bombeiros Novos de Aveiro, as duas VCFI - há três anos que espera uma terceira -, têm sido poucas para os fogos que têm ajudado a combater em Sever do Vouga, Casal de Cambra e Arouca. Para piorar um pouco as coisas, uma delas, com 16 anos, está na oficina. Joaquim Rodrigues, comandante dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva - a quem falta uma viatura de desencarceramento -, diz que o único material, com mais de duas décadas, anda aos tombos numa ambulância. Em Julho, demoraram mais de duas horas a desencarcerar cinco pessoas num acidente que fez dois mortos. "Os bombeiros mais próximos, de Lourosa e Fajões, estão a 45 minutos. Todos corremos o risco de um dia ficar à espera uma hora até que apareça uma viatura em condições", revela.

O atraso e a falta de informação são as principais críticas dos comandantes. Dizem ainda que o levantamento de necessidades foi feito em 2007, e que já poderia haver uma nova auscultação. Para Duarte Caldeira, esta é apenas a ponta do icebergue de um "défice enorme de equipamento". Mais grave ainda, adianta, é não haver um inventário dos meios. "Era indispensável tipificar as actuações de cada corporação para perceber que equipamentos fazem ou não falta", sublinha. No Verão, não só com os incêndios mas também com o aumento dos acidentes de viação, a lacuna sente-se mais, reconhece. "Negligência será sempre. Mas também não está definido por lei o que compete ao Ministério da Administração Interna ou às autarquias. São muitos os culpados."
ionline.pt

Número de fogos registados ontem foi inferior à média diária

A página oficial da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) registava ontem seis incêndios em curso às 19h30. Desde as zero horas,a ANPC contabilizou 187 incêndios florestais no país - pouco mais de metade em relação à média diária de Agosto, superior a 300 incêndios.
Ainda assim, as chamas não deram descanso aos bombeiros durante o dia de ontem.

Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, foi o concelho onde se verificaram as ocorrências mais significativas, num total de três incêndios, que às 17h30 estavam a ser combatidos por 81 bombeiros, quatro meios aéreos e 21 viaturas. Dois dos incêndios acabaram por ser extintos pouco depois. Em Tourencinho, os bombeiros controlaram as chamas às 18h04, depois do fogo que deflagrou ao início da tarde de terça-feira - e que já tinha sido dado como dominado às 5h35 - se ter reactivado às 16h22 de ontem. Também em Soutelinho do Mezio, naquele concelho, houve, às 14h59, uma reactivação do fogo que tinha sido dominado durante a madrugada de ontem, mas acabou por ser extinto quatro horas depois.

Já o fogo em mato na freguesia de Vila Chã, que deflagrou à hora de almoço, demorou mais tempo até ser dominado - situação que aconteceu apenas às 19h21. Até ao fecho desta edição, estavam no local 44 elementos, dez veículos operacionais e três meios aéreos e o incêndio ainda não tinha sido dado como extinto.

Na Madeira também houve registo de vários focos de incêndio no meio de áreas já ardidas, nos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Santana. De acordo com dados da agência Lusa, 30 bombeiros e uma dezena de viaturas das corporações desses concelhos estiveram envolvidos no combate às chamas, para além dos 19 elementos e seis viaturas destacados para focos de pequena dimensão no Curral dos Romeiros, Babosas, Lajinhas e Corujeira, na capital madeirense. Desde sexta-feira, os incêndios naquela ilha destruíram quase por completo o Parque Ecológico do Funchal, sendo que nesse concelho destruíram ainda duas habitações e consumiram uma área que está estimada em mais de três mil hectares.

Desde o início do ano, já foram detidos 22 suspeitos por fogo posto, nove dois quais estão em prisão preventiva. Os dois últimos detidos, de 32 e de 16 anos, são suspeitos de terem ateado fogo em Castro Daire e em Rio de Loba, concelhos de Viseu. Ambos foram entretanto presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coacção.

Público

Polémica nos bombeiros de Tomar chega ao Facebook

Desde que o vereador Luís Ferreira impôs disciplina militar no quartel dos bombeiros de Tomar a polémica estalou.
As novas regras de funcionamento no quartel dos bombeiros de Tomar estão a provocar acesa polémica que já chegou ao Facebook.
Nesta rede social da internet foi criado o grupo “Nova Prisão Bombeiros Tomar” que contesta a disciplina militar imposta pelo vereador Luís Ferreira no quartel dos bombeiros.
Desde o início do mês os bombeiros de Tomar não podem estar sentados no banco ou a conversar com familiares ou amigos em frente ao quartel, só há um único acesso e todas as entradas e saídas de pessoas e viaturas são registadas, os bombeiros não se podem ausentar sem autorização superior, entre outras normas próprias de quartéis militares ou esquadras de polícia.
Por isso, os bombeiros e familiares que contestam as novas regras comparam o quartel de Tomar a uma prisão e adoptaram como hino o tema “soltem os prisioneiros” dos Delfins.
O vereador Luís Ferreira, responsável pelos Serviços Municipais de Protecção Civil e Bombeiros, vai realizar nesta terça-feira, dia 17, pelas 16.30 horas, uma conferência de imprensa.

O Templário

Fogos florestais já destruíram 70 mil hectares

Os incêndios florestais registados em Portugal entre Janeiro e 15 de Agosto já destruíram mais de 70 mil hectares, segundo o relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN).
Em relação ao último relatório quinzenal da AFN, no período até 31 de Julho, arderam mais cerca de 50 mil hectares, totalizando até ao momento uma área ardida de 71 687 hectares.

Até Julho registaram-se 8753 ocorrências de fogo (1390 incêndios florestais e 7363 fogachos), que resultaram na área ardida total de 19 346 hectares, segundo a AFN, organismo do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

O Ministério da Agricultura iniciou já o levantamento dos danos agrícolas provocados pelos incêndios.

Neste momento equipas das Direcções Regionais de Agricultura estão no terreno a processar informação, de forma a identificar situações de dano severo no capital agrícola e fundiário das explorações afectadas, refere o ministério em comunicado.

Logo que o processo de quantificação de todos os danos esteja concluído, serão tomadas as medidas necessárias que possam minimizar a perda do potencial produtivo afectado, que promovam o ordenamento e recuperação de povoamentos e estabilizem o solo após o incêndio, enquadradas no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), acrescenta.

O Ministério da Agricultura indicou ainda que medidas complementares para repor o capital fixo da exploração ou para compensar as necessidades de alimentação animal «estão em preparação».

Lusa / SOL

Gouveia: Queda causa fractura

Um homem de 40 anos, que fazia uma caminhada próximo do Vale do Rossim, concelho de Gouveia, ontem à tarde, caiu de uma altura de cinco metros, sofrendo uma fractura exposta numa perna.
Foi socorrido pelos Bombeiros de Manteigas e de Gouveia e transportado num helicóptero do INEM para os Hospitais de Coimbra.
CM

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Chamas destruíram áreas protegidas da Serra da Estrela durante 4 dias

Incêndios do Concelho de Seia vistos no espaço

Marco Sousa, 2º Comandante dos Bombeiros de Cantanhede encontrado sem vida

O antigo segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, o sargento Marco Sousa, faleceu ontem. «Aconteceu no interior da cidade. A Polícia Judiciária esteve no local a investigar se foi suicídio ou homicídio», afirmou ao Diário de Coimbra fonte da GNR de Cantanhede. O alerta foi dado por volta das 19h30.
Os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que estiveram no local com uma viatura e três homens, recusaram-se a prestar qualquer esclarecimento.
Segundo o que o Diário de Coimbra conseguiu apurar, o sargento Marco Sousa, de 36 anos, tinha duas filhas, encontrando-se nos últimos meses “em baixo” devido a problemas familiares.
Marco Sousa pertenceu ao exército até há cerca de dois anos, sendo posteriormente convidado para o cargo de segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede pelo antigo comandante da corporação, Mário Vieira.
No fim do mês passado o comando dos bombeiros demitiu-se em bloco, depois de muitas quezílias internas. Marco Sousa foi então integrado na Protecção Civil Municipal de Cantanhede. Enquanto operacional fazia prevenção nas matas e florestas, sendo visto habitualmente em grandes sinistros.
Marco Sousa era filho de outra figura pública de Cantanhede, o presidente do rancho regional “Os Esticadinhos”, Aurélio de Sousa.
Diário de Coimbra

PJ detém ex-bombeiro incendiário

A Polícia Judiciária identificou e deteve um homem, ex-bombeiro, por suspeitas da prática de um crime de incêndio florestal ocorrido no domingo em Alvaiázere, Leiria.

O suspeito terá utilizado um cigarro envolto em fósforos que acendeu e atirou para um terreno florestal, sem outra motivação aparente que não a de causar um grande incêndio.

O homem, de 31 anos, será agora presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção.

CM

Filipe Camelo teme que incêndio da Serra da Estrela afecte qualidade da água

O presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo, disse à agência Lusa recear que a qualidade da água para consumo no concelho seja afectada devido ao incêndio que na última semana devastou a Serra da Estrela.

«A bacia que abastece Seia e também Gouveia e Oliveira do Hospital foi seriamente tocada pelos incêndios», destacou o autarca.

Segundo Filipe Camelo, os municípios que se abastecem da água a partir das encostas da Serra da Estrela sofrem historicamente quando há fogos florestais na montanha.

«É uma consequência conhecida do passado: há cinco ou seis anos tivemos o mesmo problema com as primeiras chuvas após incêndios na serra» a arrastarem consigo as cinzas, realçou o autarca.

«Por enquanto, as nossas atenções ainda estão centradas no reacendimento de incêndios, como os que aconteceram hoje», destacou Filipe Camelo.

O presidente da Câmara de Seia acredita que os incêndios no concelho «têm mão criminosa».

«Há situações novas todos os dias, que persistem ao lado de terrenos que têm ardido», justifica.

IOL Diário

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Gouveia: «Parece que anda alguém a coordenar um conjunto de incêndios»

Governador civil da Guarda convencido que existe mão criminosa nos fogos da região.
O governador civil da Guarda, Santinho Pacheco, mostrou-se convicto de que «a esmagadora maioria» dos incêndios são ateados por «mão criminosa», como o que arde em Gouveia, no Parque Natural da Serra da Estrela.

Em declarações à agência Lusa, Santinho Pacheco disse ter-se apercebido cerca das 22h00 de domingo «que o incêndio se estava a desenvolver junto à estrada que liga Nabais a Folgosinho». «Às dez da noite um incêndio não começa espontaneamente, tem que haver alguém a deitá-lo», considerou.

Neste âmbito, disse ter «a convicção absoluta de que os incêndios têm na sua esmagadora maioria mão humana, às vezes negligente».

«Verificamos que quando se está no auge do combate a um incêndio ou quando os bombeiros já estão extenuados é que surge normalmente perto um outro incêndio», lamentou.

O governador civil lembrou que no domingo, durante toda a tarde, «os bombeiros andaram numa azáfama, completamente extenuados para acabar com o incêndio que havia, quer de um lado, quer do outro do Mondego, na zona da estação de Gouveia, Ribamondego e Arcozelo».

«Quando todos pensávamos que íamos ter uma noite descansada, às dez da noite começa outro incêndio. Parece que anda alguém a coordenar um conjunto de incêndios», considerou.

Santinho Pacheco admitiu que contribui também o facto de Gouveia ser «um concelho muito arborizado, da encosta da serra, e onde, como em outras regiões do país, os campos estão abandonados».

«Temperaturas tão elevadas, muito mato nos terrenos que não são cultivados, a desertificação do mundo rural e a mão criminosa que anda por aqui leva a que isto aconteça», referiu, acrescentando que o que vale é a dedicação dos bombeiros, «porque senão a situação era muito pior».

«Ninguém imagina o que é penetrar numa serra com declives tão grandes. Nós temos a sorte é de ter este grupo de bombeiros a que se juntam equipas muito preparadas, de sapadores, de canarinhos e da GNR», acrescentou.

TVI24

Incêndios: Marcelo Rebelo de Sousa faz uma breve análise dos fogos


Há poucos bombeiros para tantos fogos

Quem alerta é o presidente da Liga dos Bombeiros portugueses, que sublinha ainda o perigo que é a falta de limpeza das florestas.
Em resposta às críticas de que têm sido alvo, o presidente da Liga dos Bombeiros portugueses, Duarte Caldeira, admite que há poucos homens para tantos incêndios. Em entrevista à TVI, Duarte Caldeira, sublinha que os últimos três anos, «atípicos» do ponto de vista dos fogos, criaram expectativas que não correspondia à realidade.

Mas o responsável da Liga dos Bombeiros diz que a situação difícil que se vive agora era previsível. «Os incêndios florestais são uma consequência, não são uma causa. E todos os factores potenciadores dos incêndios florestais com a gravidade que temos tido, quando se reúnem, reflectem a situação que temos vivido», alerta, referindo-se nomeadamente à falta de limpeza das matas.

«Os últimos três anos teriam sido uma excelente oportunidade para inverter a situação. Não devíamos ter criado as expectativas que se criaram. Houve um conjunto de resultados que se geraram, mas eles são manifestamente insuficientes, face ao estado de degradação e abandono que os espaços florestais no nosso país atingiram», diz Duarte Caldeira.

De acordo com dados avançados este domingo pela Protecção Civil, os fogos, só este ano que ainda vai a meio, já queimaram tanto como nos últimos três anos todos juntos.

Enquanto Arcos de Valdevez arde, PJ apanha incendiário

Incendiário fica em prisão preventiva

Bombeiro continua em estado «muito grave»

TVI24

Incêndio em Gouveia obriga a evacuação

14 fogos, sete de maiores dimensões, lavram no país. As regiões do Norte e Centro enfrentam hoje o risco máximo de incêndio.
Foi evacuado por precaução o parque de campismo do Curral do Negro nas imediações de Gouveia. Mas, os bombeiros admitem ainda fazer o mesmo a um lar de idosos.

O comandante dos bombeiros de Gouveia Carlos Soares confirmou à Renascença a evacuação dos campistas e admitia fazer o mesmo em relação a um lar de idosos, devido a um incêndio que começou esta madrugada em Nabais, na área do Parque Natural da Serra da Estrela.

No Parque Nacional Peneda Gerês lavram dois fogos na zona protegida de Mezio/Travanca.

Há outros dois incêndios activos no distrito de Viana do Castelo, em Ponte Saim, com três frentes activas, e em Cerquido, concelho de Ponte de Lima, também com várias frentes.

Os bombeiros combatem chamas ainda em Moledo-Castro de Aire e em São Pedro, concelho de Mogadouro.

A Protecção Civil registou desde as 00h00 109 incêndios.

12 distristos em risco máximo
O Instituto de Meteorologia (IM) colocou hoje vários concelhos de 12 distritos de Portugal Continental sob aviso de risco máximo de incêndio, com as regiões do norte e centro a serem as mais afectadas.

O aviso está activo para os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.

De acordo com a informação disponibilizada pelo site da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) foram registados, no domingo, 413 incêndios florestais, os quais foram combatidos por 5233 bombeiros, apoiados por 1257 veículos e 139 meios aéreos.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais irá manter a "Fase Charlie", considerada a de maior risco de incêndios, entre 1 de Julho e 31 de Setembro.

O medo salta quando o alarme toca

Morte da jovem de 21 anos deixou colegas mais atentos, mas também com receio do que pode acontecer

Cristiana Josefa, de 21 anos, perdeu a vida no combate às chamas em Monte Meda, Gondomar, na passada terça-feira. Seis dias depois, a tragédia continua a ser o assunto do dia no quartel dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, corporação à qual pertencia.

A desgraça apanhou todos de surpresa, fez redobrar atenções e os bombeiros falam de um sentimento de "medo generalizado", quando o alarme toca e são chamados a intervir. Familiares e colegas continuam a receber apoio psicológico.

Em mais de 40 anos de história, a corporação de voluntários de Lourosa ainda não tinha vivido o drama de uma morte em serviço. Gabriel Bastos, 29 anos, faz parte do corpo de bombeiros há 14 e a fatalidade que vitimou Josefa demoveu-o da ideia de que essas coisas "só acontecem aos outros. Agora pensamos mais nisso, afinal também nos acontece a nós. Andamos com mais atenção", confessa ao DN.

A morte da jovem bombeira não afectou só a corporação de Lourosa. "As pessoas estão mais fragilizadas e há um medo generalizado, não só na nossa corporação mas também em outras. Já ouvi comentários de bombeiras que ponderam fazer uma pausa na actividade", desabafa Gabriel.

Nuno Matos, 31 anos, é bombeiro em Lourosa há 19 e confessa que esta situação "afectou e deu que pensar a todos". "Veio-nos reavivar que existem mais perigos do que aqueles que normalmente pensamos", admite.

Também as famílias dos colegas de Josefa viveram momentos dramáticos quando tiveram conhecimento da notícia. "Não nos afectou só a nós, afectou também as nossas famílias. Primeiro souberam que tinha morrido um bombeiro de Lourosa e depois que estava outro muito queimado. Pensaram que podia ser qualquer um", realça Gabriel.

O DN falou com a mulher de um dos voluntários que acompanhava Josefa em Monte Meda, quando a jovem foi apanhada desprevenida numa valeta, onde se escondia do fogo. A aflição foi grande quando, na praia, alguém se dirige a si e lhe pergunta quem era o bombeiro de Lourosa que tinha morrido. "Liguei ao meu marido e ele atendeu. Só aí fiquei mais descansada", disse, preferindo não revelar a sua identidade.

Mulher de voluntário, desde os tempos de namoro que foi alertada para a dureza de tal posição. "O meu marido disse- -me que antes de ser meu namorado era bombeiro", conta. Apesar de já se começar a habituar, a preocupação é grande sempre que a sirene toca. "Nós ficamos sempre preocupados, mas eles nem se lembram disso. Na hora da aflição não pensam em nada", acrescenta.

Gabriel Bastos, reforça: "Se nós pensarmos no que nos pode acontecer, não agimos." A prioridade é salvar quem está em perigo. "Somos bombeiros a partir do momento em que chegamos ao limite e avançamos", refere o voluntário.

Ainda de luto, os bombeiros de Lourosa torcem agora por Diamantino Teixeira, de 53 anos. O homem ficou com mais de 70% do corpo queimado no mesmo incêndio que vitimou Josefa, em Gondomar.

DN

Fogos em 2010 equivalem à soma dos últimos três anos

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou desde o início do ano 14 601 ocorrências de incêndios florestais, valor aproximado à soma dos últimos três anos, das quais mais de metade desde 23 de Julho.
Em conferência de imprensa na sede da ANPC, o comandante operacional nacional, Gil Martins, revelou ainda que desde 15 de Maio registaram-se 13 145 ocorrências e desde 23 de Julho 8791.

"Há um pico a partir de 23 de Julho que nunca mais parou. Estamos com uma média de incêndios florestais de cerca de 400 novas ocorrências por dia.

O valor acumulado de ocorrências de 2010 é já muito aproximado à soma de 2007, 2008 e 2009", afirmou.

CM

Suspeito de fogo posto em prisão preventiva

Ficou em prisão preventiva o presumível autor de três incêndios que destruíram áreas de pinheiros e eucaliptos, na zona de Lamego, nos passados dias 25 e 31 de Julho e 13 do corrente, revelou o gabinete de imprensa da Directoria do Norte da Polícia Judiciária.
Detido no âmbito de uma acção conjunta daquela directoria e da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração da Guarda Nacional Republicana, o arguido, de 41 anos de idade, é trabalhador agrícola, foi anteriormente condenado por crime de incêndio florestal, estava na situação de liberdade condicional e terá agido em quadro de alcoolismo.

A Polícia Judiciária, através da Directoria do Norte, anunciou outra detenção, na zona de Paredes, com a colaboração da GNR, de um homem, de 36 anos, como presumível autor de incêndio intencionalmente ateado, na tarde de 14 do corrente mês, que queimou mata, na zona de Paredes.

Ao arguido foi apreendida parte do produto acelerante, devendo conhecer hoje as medidas de coacção, no termo do primeiro interrogatório judicial.
Público

Bombeiro ferido em Gondomar está estabilizado

O bombeiro que há uma semana sofreu queimaduras em cerca de 60 por cento do corpo, num incêndio em Gondomar onde morreu uma jovem bombeira, está “estável”, mas continua com prognóstico reservado.
Em declarações hoje à Lusa, o cirurgião plástico Pedro Carvalho, da Unidade de Queimados do Hospital da Prelada, no Porto, referiu que o objetivo é mantê-lo “hemodinamicamente estável” para avançar para a fase cirúrgica do tratamento da queimadura.

O bombeiro sofreu “descompensações da parte renal, hepática e respiratória”, sendo o seu estado considerado “muito grave”.

O homem, de 53 anos, pertence à corporação de bombeiros voluntários de Lourosa e esteve na passada terça feira a combater um incêndio em Monte Meda, freguesia de Lomba, Gondomar, que acabou por provocar a morte de uma bombeira de 21 anos.

Destak

domingo, 15 de agosto de 2010

Serra da Estrela: triste cartão de visita

Incêndio em Aldeia da Serra: ocorrência de elevado risco, condições climatéricas a favor da desgraça ecológica, zona protegida do PNSE, combustível compacto e seco, entre outras, era este o cenário da manhã do dia 11 de Agosto que contava com cerca de 100 bombeiros exaustos, cerca de 20 viaturas (algumas delas obsoletas de tanto darem no duro durante anos) e quanto aos meios aéreos, esses que eram fundamentais, foram retirados! Retirados por quem, para onde e porquê?! Bizarro, um helibombardeiro pesado Kamov operava no mesmo dia e hora nas “necessidades das fogueiras” de Belas que contavam no terreno com “307 bombeiros, apoiados por 101 veículo e um meio aéreo” (palavras de um “papagaio” que com ar de gabão falava para a comunicação social).
Diferenças que eu acho bastante relevantes entre cada TO.
O resultado é este: Triste futuro, negro, deixamos nós aos nossos filhos.
Haverá ou não responsabilidades apurar neste incêndio… haverá ou não culpa de alguém para além da do pirómano idiota… existiu ou não vigilância... houve ou não má coordenação… houve ou não falta de meios mecânicos e humanos (o Sr. Ministro do MAI continua a dizer que temos meios suficientes no terreno…), mas onde é que isso acontece?
No meu entender uma vez mais a culpa morrerá solteira.
No breve passeio familiar pela EN339, senti grande revolta e consternação ao ver a paisagem negra ainda esfumada e ao mesmo tempo metia dó ver a passarada a esvoaçar sem rumo à procura daquilo que o fogo lhes consumiu, pensei na biodiversidade que não veremos nas próximas décadas e isto sem avaliar as consequências do meio ambiente e da quantidade de peixes que morrerão a curto prazo assim que as primeiras águas carregadas de cinza negra chegarem aos ribeiros e rios sob a forma de cortina que impedirá a oxigenação deste ecossistema.
Vale a pena pensar nisto.
Enviado por: majo

sábado, 14 de agosto de 2010

Autarcas e populares criticam coordenação de combate

A continuidade dos incêndios no concelho de Seia, na Serra da Estrela, e no Soajo, no Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), são os casos mais preocupantes que ocuparam os bombeiros na última noite. Na localidade de Valezim, o fogo esteve muito perto da povoação, o que motivou críticas dos populares. Já em Arcos de Valdevez, o presidente da Câmara reprova a actuação do Instituto de Conservação da Natureza.
"Estou a apontar responsabilidades a quem estrutura, nomeadamente o Instituto de Conservação da Natureza (ICN)", que organiza a gestão do PNPG, aponta Francisco Araújo.

O autarca aponta a falta de recursos do director e dos técnicos do parque. "O parque não tem autonomia e o resultado está à vista. Ou seja, a gestão das áreas protegidas não pode ser feita de Lisboa. Não é possível fazer essa gestão", sublinha.

Francisco Araújo recorda que a zona foi afectada pelos incêndios há quatro anos. "As madeiras foram vendidas e o material lenhoso ficou aqui, o que tem agravado muito em termos de combustão, o incêndio propaga-se com enorme facilidade e com efeitos extremamente nefastos, como acabamos de ver", disse.

Um incêndio no PNPG, na localidade de Mezio, no concelho de Arcos de Valdevez, ainda está activo. O fogo está a ser combatido por 171 bombeiros.

O fogo também lavra muito perto do Soajo, apesar de controlado.

Autarca de Gouveia acusa falta de coordeanação

O incêndio no Parque Nacional da Serra da Estrela continua a causar preocupação. É combatido por cerca de 250 bombeiros.

Para o presidente da Câmara Municipal de Gouveia a coordenação do combate aos incêndios não está a funcionar devidamente.

Em declarações à repórter Carolina Ferreira, Álvaro Amaro acusa o Comando de não conhecer em concreto os pontos de fogo.

"Não se pode comandar quando não se sabe os pontos de fogo", dizia Álvaro Amaro, alertando para "estatística a mais e coordenação a menos". O autarca, que elogia a actuação dos bombeiros, nota que algumas operações de rescaldo não são feitas.

Fogo rondou casas em Valezim, Sabugeiro e Póvoa - Concelho de Seia,

Os habitantes da aldeia de Valezim viram arder habitações abandonadas e palheiros em locais mais afastados, o que suscitou críticas à coordenação do combate. Ainda assim, bombeiros e populares impediram as chamas de chegar a outras habitações.

A população criticou o que considera a actuação tardia dos bombeiros. Segundo um depoimento recolhidos pela RTP, durante a tarde de sexta-feira, os bombeiros assistiam quando a população apagava o fogo, tendo sido necessária a ameaça das habitações para que estes entrassem no combate.

Também no concelho de Seia, em Aldeia da Serra estão envolvidos no combate mais de 380 homens e dois meios aéreos.

Eram registados 21 incêndios activos às 10h de sábado, 11 dos quais a lavrar com intensidade. Desde a meia-noite foram registados 123 fogos.

RTP

Bombeiros de Esmoriz Estão de Luto

O Bombeiro Voluntário de Esmoriz, de seu nome António José (n.º mecanográfico 1800073) faleceu ontem após agravamento de doença.

Ainda há duas semanas combateu no incêndio em Arcos de Valdevez... mas pela forma como chegou dessa "batalha" contra o fogo (abatido/cansado) teve necessidade de ser assistido e o desfecho triste aconteceu hoje com o seu falecimento.

Foram 29 anos de bons e efectivos serviços que os seus companheiros não hão-de esquecer.

O funeral realizou-se sexta-feira dia 13 às 17h30 desde o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz onde foi velado e homenageado.


Aqui fica a homenagem de todo o Corpo de Bombeiros de Esmoriz ao seu colega que nunca vão esquecer.

Chora a sirene em triste lamento
Caem as lágrimas sem cessar
Uma forte dor, o sofrimento
Pelo Bombeiro que acaba de nos deixar.

Deixa-nos fisicamente…
Porque a memória não deixa apagar.
Este homem da paz continuará presente
Entre aqueles que o seu nome sabem honrar.

A semana tem sido enlutada
Porque outros Bombeiros pereceram
Mas esta fica, sem dúvida, marcada
Um dos nossos está entre os que desapareceram.

Na segunda família que são os Bombeiros
A tristeza e o lamento enchem o coração.
Porque há amigos bem verdadeiros
Nesta extraordinária Corporação.

As homenagens far-se-ão sentir
Nestes e em dias mais marcados
O Bombeiro que acaba de partir
Zelará para que os companheiros não se sintam desamparados.

O Bombeiro é sempre um ser especial
E a sua Vida mais valiosa do que é possível avaliar.
Luta a bem contra todo o mal
E a tudo acorre com o intuito de salvar.

Esta breve dedicatória
Traz consigo também uma fé.
Não nos irás sair da memória
Bombeiro António José

in bombeirosparasempre

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Onde Param as Viaturas do QREN???

in bombeirosparasempre

Incêndios na Serra da Estrela: a estrada Loriga Torre esteve cortada devido ao fogo

Álvaro Guerreiro deixa Bombeiros da Guarda em 2011

Desde 1980 nos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, Álvaro Guerreiro garante que este é o seu último mandato à frente da direcção da corporação. Uma saída que o presidente dos Bombeiros da Guarda encara com “o sentido de dever cumprido” uma vez que conseguiu alcançar um dos seus grandes objectivos: “a construção do novo quartel”, inaugurado em Agosto de 2003.

Em 2011 chega ao fim um ciclo de quase 30 anos. O ciclo de Álvaro Guerreiro na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses. O actual presidente da direcção encara a saída com “naturalidade” uma vez que o seu principal desiderato, a construção do quartel, foi alcançado.

“Saio, depois de todo este tempo, com a consciência clara que uma das vertentes do trabalho que foi feito incidiu na preparação de pessoas para assumirem, com conhecimento de causa, os destinos desta Associação Humanitária. Por isso, eu disse, expressamente, que estou convencido que nesta equipa directiva, à qual eu tenho muita honra de pertencer, há um conjunto de pessoas absolutamente determinadas e muito bem preparadas, a todos os níveis, para continuar a gerir os destinos desta Associação”, destacou Álvaro Guerreiro no dia em que os Bombeiros da Guarda assinalaram 134 anos de existência.

Apesar de a saída já dever “ter acontecido há mais tempo”, Álvaro Guerreiro diz que, desta vez, não se coloca a hipótese de “não aparecer mais nenhuma lista” porque, ao longo dos últimos anos, “foi feito um investimento no capital humano preparando-o para assumir a Associação”.

“A construção do novo quartel era a minha fasquia em termos de realização. Em 2003, ele estava feito e, portanto, já não fazia sentido continuar. Estou convencido que consigo que as pessoas que, neste momento, me acompanham na equipa directiva assumam por elas a Associação. Ou seja, a porta não está entreaberta está completamente escancarada”, frisou o presidente.

Além do presidente da direcção, o comandante dos Bombeiros da Guarda, Luís Santos, também pode estar de saída. Confrontado com este cenário, Álvaro Guerreiro rejeita a ideia de “conflito” e reforça que “depois de tanto tempo as pessoas necessitam de uma maior liberdade de acção”.

“O comandante Luís Santos há uma porção de anos que me vem dizendo que é desejo dele, mais tarde ou mais cedo, afastar-se do comando do corpo de Bombeiros. Agora, quer num quer noutro caso temos a consciência do dever cumprido. Quando isto acontece as pessoas pensam num frisson, num aspecto conflituoso, mas não há problema nenhum”, analisou Álvaro Guerreiro.

Maior consciência cívica - Na cerimónia do 134º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, e numa altura em que o que norte do País tem sido fustigado com incêndios de grandes proporções, Álvaro Guerreiro salienta que “a consciência das pessoas tem sido determinante” para o reduzido número de incêndios que se têm verificado este ano na Região.

“A protecção civil começa pela consciência de cada um de nós. Eu, este ano, dizia que no concelho da Guarda não tem havido, até agora, felizmente, tantos fogos. Eu estou convencido de que há uma maior consciência cívica. Porque eu não tenho dúvidas nenhumas que a esmagadora maioria dos fogos florestais têm mão humana por trás, porque ninguém me faz acreditar que há uma ou às três da manhã seja a luz do sol a incidir sobre os vidros que incendeia os pinheiros”, reflectiu o presidente dos Bombeiros.

Ainda assim, o responsável pela direcção dos Bombeiros da Guarda alerta que “para evitar situações desagradáveis é necessária a cooperação de todos os agentes” porque, só dessa forma, é que se consegue “facilitar o trabalho dos bombeiros e prevenir situações desagradáveis”.

“Abandonou-se a agricultura tradicional, não se lavra, não se remexe a terra, não se colhe, não se planta, o mato cresce e floresce e entra pelas casas a dentro. A partir desse momento, qualquer risco de incêndio, com risco agravado de vento, de uma falta térmica e de uma carga de humidade leva a um descontrolo total. Nós somos os guarda-redes deste tipo de situações e, quando nós lá chegamos, já falhou a equipa toda. Das duas uma: ou fazemos um voo bestial, conseguimos defender o fogo e não entra golo, ou, então, somos acusados de frangueiros que não temos ido aos treinos”, concluiu Álvaro Guerreiro.

Santinho Pacheco promete esforço para Natal ‘com prendas’ - Mas, nem só de despedidas viveu o 134º aniversário dos Bombeiros da Guarda. O governador civil do distrito da Guarda, Santinho Pacheco, anunciou que está empenhado em “fazer chegar aos bombeiros uma viatura de combate a fogos urbanos” e em concretizar o projecto do “Centro de Limpeza de Neve”.

“Não penso vir à festa de Natal dos Bombeiros se, nessa altura, não estiverem resolvidos dois problemas: o da viatura para os fogos urbanos na Guarda, que é muito importante porque, por exemplo, a PLIE precisa de ter resposta em termos de fogos urbanos, e o do Centro de Limpeza de Neve. Neste aspecto, estamos dependentes da abertura de candidaturas e penso que no mês de Setembro podemos ter a resposta a esta necessidade” frisou Santinho Pacheco.

Nova Guarda

Incêndio na Serra da Estrela continua a devastar bens e áreas protegidas

Incêndios: 31 fogos activos, Seia é o concelho mais afectado

Estão 31 incêndios a decorrer em Portugal Continental, de acordo com informações da Proteção Civil, que destaca 19 fogos mais significativos, três no concelho de Seia, na Guarda.
Seia é o concelho mais afectado pelos incêndios, com três fogos activos: na Aldeia da Serra estão 144 bombeiros, 38 viaturas e um helicóptero de socorro e assistência a combater o incêndio com duas frentes activas; e em Sandomil estão 143 bombeiros, 37 veículos e um avião de ataque inicial num fogo também com duas frentes activas.

A estrada nacional 232, que liga Gouveia a Mangualde, está cortada, devido aos incêndios naquela zona, informou a GNR de Viseu.

A GNR adiantou ainda que não se prevê uma hora para a reabertura daquela estrada.

Além destes incêndios, que mobilizam grandes dispositivos de combate, prossegue ainda um outro fogo neste concelho do distrito da Guarda, em Caravalhal da Loiça, desde quarta feira. Com três frentes activas, o fogo está a ser combatido por 57 homens e 17 veículos operacionais.

No mesmo distrito, lavra ainda um quarto incêndio na localidade de São Martinho (Trancoso), com duas frentes activas.

Viana do Castelo é o distrito com mais fogos activos, com sete ocorrências, sendo o incêndio de Mézio-Travanca (Arcos de Valdevez) o que mobiliza mais meios, com 114 homens, 20 viaturas, um helicóptero e um avião de ataque inicial e um helicóptero de socorro e assistência.

Este incêndio está já no Parque Nacional Peneda-Gêres, onde lavram outros dois incêndios em áreas que pertencem ao distrito de Braga.

Ainda no distrito de Viana do Castelo o fogo que lavra junto à aldeia de Germil, Ponte da Barca, “está incontrolável” e cercou já a povoação, temendo-se que as chamas consumam as casas dos seus cem habitantes, disse hoje à Lusa o presidente da Junta de Freguesia.

“Espero que não aconteça o pior”, acrescentou João Pereira, acusando as autoridades de terem “abandonado a zona, deixando que o incêndio ficasse incontrolável”.

O autarca, que diz ter combatido as chamas, nos últimos dois dias, juntamente com a população, sem qualquer apoio dos bombeiros ou da Proteção Civil, revelou que o organismo enviou, “finalmente”, há cerca de duas horas, um corpo de bombeiros e um pelotão do Exército, os quais, descreveu, ficaram “espantados” com a força do incêndio.

“Temo que já pouco se possa fazer”, disse, frisando que as chamas cercam a povoação e estão a alguns metros das casas.

O autarca e os cem moradores enfrentam há dois dias um grande incêndio que lavra naquela zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

João Pereira disse que as chamas, que chegaram a atingir 1,5 quilómetros de frente e três quilómetros de extensão total, foram enfrentadas, de dia e de noite, nas últimas 48 horas apenas com vassouras, pás, enxadas, mangueiras, baldes de água e outros utensílios agrícolas.

O autarca sublinhou que, apesar dos pedidos insistentes feitos ao comando da Protecção Civil, apenas houve cinco descargas de água de um helicóptero, mas deitadas num local longe das chamas que ameaçam a povoação.

João Pereira disse ainda que a ausência de bombeiros ou de outros meios “ao lado do povo é inadmissível” e acusou as autoridades do Parque Nacional da Peneda-Gerês de terem “muitas teorias sobre a preservação do ambiente, prejudicando as populações, mas deixando arder tudo o que há no seu interior”.

O autarca sublinhou que as populações -- espalhadas por uma zona de quase dois quilómetros -- têm procurado salvar não só as casas da aldeia mas também uma mata de carvalhos e castanheiros ali existente. “Se aquilo começa a arder, então é que ninguém para o fogo”, assinalou.

Em Calcedónia (Terras de Bouro) prossegue um incêndio que deflagrou na terça-feira, mobilizando 114 bombeiros e 38 viaturas.

No mesmo concelho, lavra também um fogo em Vilarinho das Furnas desde sábado. Com duas frentes activas, está a ser combatido por 16 homens e 29 viaturas.
Público

Exemplo de bombeira que morreu deve incentivar à condenação de actos criminosos

O ministro da Administração Interna afirmou hoje, no funeral da bombeira Cristiana Josefa Santos, que o exemplo dessa «heroína e mártir» deve incentivar a que se condenem todos os actos criminosos que põem em causa a floresta.
«A Cristiana foi uma heroína e uma mártir, que deu público testemunho do lema dos bombeiros, que é ‘vida por vida’», declarou Rui Pereira, à saída do cemitério de Fiães, em Santa Maria da Feira.

«A sua memória deve ser respeitada por todos nós», continuou, «no sentido de tomarmos o seu testemunho, continuarmos este combate e condenarmos vivamente todos os actos criminosos – sejam intencionais ou negligentes – que ponham em causa a floresta, pessoas e bens».

Rui Pereira elogiava assim «a generosidade» da jovem de 21 anos que, ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, corporação do concelho da Feira, morreu carbonizada esta terça-feira no combate a um incêndio em Monte Meda, na freguesia da Lomba, em Gondomar.

«Ela dedicou-se como voluntária a uma causa humanitária e empenhou-se no combate aos fogos florestais, um flagelo que preocupa o nosso país», observou o ministro.

«[Fê-lo] em defesa de pessoas e bens, em defesa da floresta – que é um bem ecológico, comunitário e económico da maior importância – e deu a sua própria vida nesse combate», enalteceu.

Sol/Lusa