Um pedido de ajuda foi recebido pelo CODU pelas nove e meia da manhã de ontem, dando conta de um acidente, em plena Serra d’Arga. No entanto, a vítima não conseguia indicar a localização precisa, pelo que os bombeiros só viriam a descobri-lo mais de três horas após o alerta e “por mero acaso”.
Após o alerta do CODU, os Bombeiros de Caminha foram accionados de imediato, tendo enviado para a serra uma equipa do INEM, na tentativa de descobrir o ciclista acidentado que, embora não sabendo exactamente onde se encontrava, tentava fornecer, através de telemóvel, os indícios possíveis a fim de ser localizado.
Face à impossibilidade de actuarem os meios aéreos para detectarem a vítima, foram pedidos reforços ao quartel de Caminha, tendo seguido para o trilho que liga Arga de S. João (Caminha) a S. Lourenço da Montaria (Viana do Castelo), uma viatura com cinco homens, mais tarde reforçada com outro carro e mais dois bombeiros.
Perante a dificuldade em encontrarem o local onde o montanhista se encontrava, os bombeiros deslocaram-se até ao posto de vigia de fogos florestais, cuja altitude poderia permitir vislumbrar o sinistrado, mas sem resultados.
Decidiram então bater o terreno montanhoso, de acordo com as escassas indicações fornecidas pelo “betetista”, natural de Vilar de Mouros, de 44 anos, mergulhador da Armada, e que aprecia calcorrear as montanhas de bicicleta.
“Foi por acaso que demos com ele”, referiu ao "Jornal de Notícias" um dos elementos da corporação caminhense, integrado nas buscas que demoraram mais de três horas. Uma vez encontrada a vítima, foram-lhe ministrados os socorros de estabilização, tendo constatado que, embora ferido, “estava consciente e colaborante”.
Face à fractura da anca, posteriormente confirmada no Hospital de Viana do Castelo, os bombeiros tiveram de transportar o ferido numa maca (plano duro) através do penedio, demorando “mais de duas horas” até chegarem junto da ambulância que o aguardava num dos estradões do alto da serra.
Segundo apurámos, tanto o CDOS (Comando Distrital de Operações de Socorro) como o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) não tinham disponíveis na altura meios aéreos que pudessem actuar, pelo que o único recurso seria pedir apoio à Força Aérea, mas esse serviço teria de ser pago, sendo posta de parte tal hipótese.
JN
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