quarta-feira, 14 de abril de 2010

Rede de emergência nacional

A Secretaria de Estado da Administração Interna e a Secretaria dos Assuntos Sociais assinaram ontem dois protocolos com vista à uniformização dos sistemas de comunicações de emergência. A Madeira passa a estar integrada, em pleno, no SIRESP - Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal.
Dois protocolos com vista à cobertura da Região Autónoma da Madeira pelo Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP), e para as áreas de intervenção e responsabilidade das entidades utilizadoras do referido sistema nacional, foram ontem assinados pela secretária de Estado da Administração Interna, pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e pelo presidente do SIRESP.
Com este projecto, fica uniformizada a rede de comunicações de emergência e segurança entre o continente e a Madeira, numa cobertura integral da RAM, orçada em 21 milhões de euros, que representam um esforço financeiro do Estado e do Governo Regional, como salientou a governante nacional, Dalila Araújo, em declarações aos jornalistas.
“Esta é uma obrigação do Governo para com a Madeira, é um sistema nacional e a Região Autónoma faz parte do nosso território, portanto é a aplicação de um projecto nacional de grande importância do ponto de vista das comunicações”, sublinhou Dalila Araújo.
“Nós assinalamos justamente aqui, na Madeira, o fecho deste importante investimento para
Portugal e para a Região Autónoma”, referiu ainda, lembrando que a rede do sistema em causa fechou, em termos de contrato, em Dezembro, estando já implementada e em funcionamento na Madeira toda a tecnologia necessária para a rede nacional. Em suma, explicou ainda, procedeu-se à migração da rede já existente na Região - Sistema Integrado de Comunicações de Segurança, Emergência e Defesa da Madeira (SICOSEDMA) - , para a rede SIRESP. Dalila Araújo disse ainda que foram distribuídos, recentemente, cinco mil terminais SIRESP, estando prevista a distribuição de mais 18 mil terminais pelo país.
O secretário regional dos Assuntos Sociais, salientou, por seu turno, que com os protocolos ontem assinados e com a integração do SICOSEDMA no SIRESP, «o País ficou mais rico», tendo em conta que foram transferidos para o sistema nacional as estações e equipamentos já existentes no seu sistema de comunicação de emergência. Francisco Jardim Ramos apontou ainda «o bom entendimento entre o Ministério de Administração Interna e o Governo Regional», na implementação do sistema nacional de comunicações de emergência.
Após a assinatura dos protocolos, Dalila Araújo, Jardim Ramos e elementos das forças de segurança, de socorro e militares deslocaram-se ao Comando Operacional da Madeira, onde é gerido o sistema na Região. De salientar que partilham do SIRESP associações humanitárias de bombeiros, a Cruz Vermelha Portuguesa, Forças Armadas, a GNR, PSP, PJ, Autoridade Marítica, Instituto Nacional de Emergência Médica, SEF, o Serviço de Informações de Segurança e a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O SIRESP na Madeira está em funcionamento pleno desde o último dia 23 de Março. Actualmente, a rede na RAM contempla 18 estações base no âmbito do SICOSEDMA e 11 no âmbito do SIRESP, ficando assim com 29 estações base. De referir ainda que a tecnologia implementada em Portugal responde ao contexto europeu, com 15 países (incluindo Portugal) a terem projectos para segurança e emergência desta natureza.


Dalila Araújo fez balanço positivo à visita à RAM
Antes da visita ao Comando Operacional da Madeira, Dalila Araújo fez um balanço positivo à sua visita à Madeira, que terminou ontem. A secretária de Estado esteve, na sua deslocação à Região, nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), tendo salientado que a Região é «um bom exemplo» das políticas de integração dos imigrantes. «A Madeira é um bom exemplo dessa política que assenta na população do fluxo migratório e nas políticas de integração e numa acção concertada com outras forças de segurança naquilo que é o combate à imigração ilegal e ao tráfico de seres humanos», analisou.
Jornal da Madeira

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