O anúncio foi feito num dia também ele grande para a corporação, pois comemoraram-se os 61 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, numa cerimónia também ela marcada pela tomada de posse do segundo comandante, Hugo Martins, e dos adjuntos de comando, Tiago Marques e Arlindo André.
José Araújo Marques, presidente da direcção da Associação Humanitária, destacou que para que "esta seja uma grande casa é necessário haver condições para que cumpra a sua missão: servir os outros".
Saudou os mais jovens que acabam de ingressar nas fileiras dos soldados da paz, esperando que ajudem a que a corporação seja "exemplar", mas também os que já nelas marcham há mais anos, "pelo exemplo que têm dado", todos num único propósito "servir as populações".
"Tenho-me esforçado para que sejamos uma equipa, trabalhando todos em conjunto para dignificar a instituição", sublinha, adiantando que esta será uma equipa que, a partir de Janeiro, terá uma mais-valia, "um pólo da Escola Nacional de Bombeiros, uma realidade para beneficiar todos os bombeiros", agradecendo ao presidente da Câmara Municipal "o esforço e empenho que tem feito para criar as condições necessárias para a abertura deste pólo".
João Paulo Catarino agradece, mas lembra que também este é o resultado de um trabalho conjunto, desenvolvido em parceria "com o comandante operacional distrital da Protecção Civil, Rui Esteves, a governadora civil, Maria Alzira Serrasqueiro, e o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Arnaldo Cruz".
O autarca reitera que "o concelho terá, a partir de Janeiro, um pólo da Escola Nacional de Bombeiros. Esta é a realização de um sonho antigo, mas só é possível porque estas pessoas que nos ajudaram são gente de carácter, que olham apenas para as condições e interesse das instituições. É uma luta antiga, que conseguimos ultrapassar com um trabalho de equipa".
Os empossados são, segundo João Paulo Catarino "os homens certos no sítio certo. Não se irão arrepender de dar o seu contributo para que esta casa se torne uma referência".
Fernando Silva, comandante da corporação, também se congratula com este reforço no comando, "algo que não acontecia desde 2005". Mas, "com a nova estrutura fazem falta estes elementos, mesmo para ajudar na parte da formação".
Avança que "o quadro activo está a precisar de ser preenchido, pois faltam chefes, subchefes, bombeiros de primeira, de segunda e até de terceira", mas "com a Unidade Local de Formação a funcionar, seguramente que estas lacunas serão preenchidas".
Para Fernando Silva "a formação tem de ser uma prioridade, pois também só se pode progredir na carreira com os cursos de Incêndios Florestais ou Incêndios Urbanos, o que agora vai poder ser feito aqui, na Base Permanente de Apoio, na pista das Moitas".
Rui Esteves, comandante operacional distrital da Protecção Civil, adianta que esta Unidade Local de Formação resulta do protocolo assinado entre a Escola Nacional de Bombeiros e o corpo de bombeiros de Proença-a-Nova, podendo nela formar-se todos os bombeiros que tenham de realizar estes cursos. Não se trata de uma estrutura com um âmbito territorial definido, pois a Escola Nacional de Bombeiros pode dar indicações de grupos que venham para aqui fazer formação, mesmo de fora do distrito, sempre que seja necessário.
A formação teórica vai ser ministrada no Centro de Ciência Viva para a Floresta e as práticas, que compõem a maior parte da formação, vão ser feitas, a dos incêndios florestais num terreno cedido pela autarquia para o efeito e a de incêndios urbanos nuns contentores que serão criados para o efeito.
Expresso
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