Os enfermeiros do INEM da região centro exigiram hoje a resolução dos problemas contratuais e laborais dos profissionais actualmente ao serviço das várias valências daquele organismo de emergência médica para poderem continuar a trabalhar.
Reunidos esta tarde em Coimbra, 25 dos 30 enfermeiros que trabalham em backoffice (coordenação e supervisão de meios) e na prestação de cuidados de emergência com ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) apelaram à direcção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que solucione um conjunto de problemas para que possam “continuar a abraçar este projecto (emergência médica).
Em comunicado, os enfermeiros, que ameaçam não continuar ao serviço após 31 de Dezembro, exigem também a regulamentação das ambulâncias SIV e que sejam considerados elementos integrantes da equipa, «respeitando a Carreira de Enfermagem e o Regulamento do Exercício Profissional de Enfermagem».
Por outro lado, defendem também a criação de uma carreira para os Técnicos de Ambulância de Emergência das ambulâncias SBV (Suporte Básico de Vidas) e SIV, que não colida com as funções da enfermagem e negociada com as Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros.
Vinte e três dos 24 enfermeiros que integram os meios SIV não têm vínculo ao INEM, estando requisitados a outros serviços do Ministério da Saúde ao abrigo de comissões de serviço por interesse público.
Há anos que a maioria destes profissionais anseia fazer parte dos quadros daquele organismo, não vislumbrando agora que tal venha a acontecer até final de 2010.
No comunicado, os enfermeiros lamentam que o INEM tenha aberto concurso para admissão destes profissionais em Março de 2009 e o resultado ainda não tenha sido conhecido.
«Segundo informação obtida, este concurso foi já terminado pelo júri, tendo sido todo o processo dirigido ao Conselho de Direcção do INEM, que ainda não deu seguimento e publicação do mesmo”, lê-se no documento, que refere a falta de proposta para admissão definitiva dos enfermeiros dos backoffices».
Na sequência desta situação, sublinha o comunicado, «muitos enfermeiros e outros profissionais retornaram aos seus Hospitais, perdendo o INEM um conhecimento técnico dificilmente substituível», uma vez que diversos estabelecimentos de saúde não renovam a Cedência de Interesse Público (actual Regime de Mobilidade Interna), ao abrigo da qual estão requisitados.
Os enfermeiros mostram-se, no entanto, confiantes que haverá resolução para as suas preocupações nas reuniões que a Ordem dos Enfermeiros (quarta-feira) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (quinta-feira) vão ter com o Ministério da Saúde.
Lusa / SOL
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