quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bombeiros Ajudam Bebé a Nascer em Casa

Dois bombeiros de Oliveira de Azeméis viveram ontem, quarta-feira, pela primeira vez, a experiência de ajudar uma criança a nascer. Um curso teórico e o equipamento necessário fizeram com que Matilde Estrela nascesse sem complicações. Em casa.
A bebé nasceu, ontem, pelas 19.40 horas em Macinhata da Seixa, Oliveira de Azeméis, no quarto dos pais. Horas depois, já no Hospital de S.Sebastião, em Santa Maria da Feira, a mãe, Ana Godinho, e os dois bombeiros, Susana Figueiredo e Bruno Ferreira, exibiam grandes sorrisos e não escondiam orgulho ao olhar para a recém-nascida.
Os dois bombeiros de segunda classe da corporação de Oliveira de Azeméis, de 30 e 25 anos, respectivamente, cumpriram com distinção a tarefa inesperada e que nunca tinham experimentado. Foram chamados àquela freguesia para transportar uma parturiente ao Hospital de S. Sebastião, Feira. Acabaram por serem os parteiros.
O nascimento de Matilde foi um turbilhão de emoções desde que a dupla de bombeiros saiu do quartel. "Vínhamos na ambulância a dizer que ainda íamos ser os padrinhos da criança ou bombeiros do ano por assistir ao parto. Mal sabíamos nós que isso ia mesmo acontecer", relatam.
"Transportamos muitas grávidas, mas sempre chegaram a tempo ao hospital", diz Bruno Ferreira que, mal entrou em casa da mulher, se apercebeu que o parto estava eminente. "Estava com contracções cada vez mais frequentes e quando fomos buscar a cadeira de rodas para transportá-la teve uma contracção muio forte". E tudo aconteceu.
A equipa pegou no estojo de partos que segue sempre na ambulância e preparou-se para o
nascimento da menina. Em poucos segundos colocaram em prática o que tinham aprendido no curso de formação. "Foi tudo muito rápido". "Dissemos a senhora para respirar fundo e fazer força e passados dois minutos já tinha nascido", diz o bombeiro, referindo que não foram esquecidos todos os passos e cuidados a ter durante e após o nascimento.
Já Susana Figueiredo lembra emocionada o corte do cordão umbilical e a entrega da recém-nascida à mãe. E apesar de ter sido um parto rápido recorda que se tratou" de uma situação difícil".
A mãe não poupa elogios à dupla de bombeiros de Oliveira de Azeméis. "Estiveram muito bem e foram muito bons naquilo que fizeram" garante Ana Godinho, enquanto aconchega sorridente o seu quinto filho ao colo.
JN

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