Um incêndio destruiu completamente, ao início da madrugada de ontem (01h00), uma autocaravana, junto ao antigo apeadeiro de Vila Real de Santo António. De causas desconhecidas, mas suspeitas, o fogo está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
O casal francês, que dormia no seu interior, conseguiu fugir, mas sofreu queimaduras nos braços. Ambos foram assistidos no Centro de Saúde local e tiveram alta. “Pensei que morríamos os dois ali queimados”, disse ao CM Georges Paul, reformado, de 65 anos, morador dos arredores de da cidade de Nantes, em França, e habitual turista em Portugal.
“Estávamos deitados, a dormir, quando acordámos com muito fumo e as chamas quase a atingirem-nos”, explicou Georges Paul, que só teve tempo de agarrar nos cobertores e puxá-los a cobrir a sua cabeça e da mulher, Anastasie, de 69 anos. “Não houve tempo para mais nada, com as chamas, com meio metro de altura, quase a atingir-nos, conseguimos abrir a porta e fugir até à chegada dos bombeiros, que foram rápidos, mas que nada salvaram”.
O casal, que ficou apenas com os pijamas que tinha vestido, os documentos e algum dinheiro que Anastasie tinha na mala de mão, acredita que o incêndio não foi acidental. “Isto pode ter sido fogo posto, um jovem veio aqui pedir-nos dinheiro e não demos, suspeitamos dele”, acusou Georges.
Os dois foram socorridos pela Protecção Civil municipal. “Foram incansáveis, transportaram-nos ao hospital, acolheram-nos numa pensão, onde dormimos e comemos, e ainda nos deram um saco com roupa”, salienta Georges, que já accionou o seguro de viagem para ser repatriado com a mulher.
CM
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