Portugal quer que o novo acordo sobre o clima tenha uma cláusula de excepção para os anos de incêndios também eles excepcionais.
Com esta medida, Portugal quer dar tratamento diferenciado às emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em anos de mais fogos florestais, disse à «Lusa» um responsável do Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas (CAC).
Esta é uma das propostas relativas ao sector florestal que Portugal vai apresentar em Copenhaga na negociação de um novo acordo global para as alterações climáticas.
«Queremos que essas emissões possam ter um tratamento especial e que o cumprimento das metas não seja afectado porque houve um ano especialmente seco e quente», disse Paulo Canaveira, à margem de um encontro sobre florestas e clima organizado pela Confederação de Agricultores Portugueses.
«A ideia é criar uma cláusula de excepção «force majeur» para situações onde se consiga demonstrar que fizemos o melhor possível, mas mesmo assim não conseguimos controlar os incêndios», adiantou Paulo Canaveira, à margem de um encontro sobre florestas e clima organizado pela Confederação de Agricultores Portugueses.
Portugal está ainda a estudar a hipótese de «deduzir» o carbono retido nos produtos florestais fabricados com madeira nacional na contabilização das emissões. «Por enquanto, só é contabilizado o que é retido na floresta [sequestro de carbono].
O que está a ser estudado é se o que está dentro dos produtos florestais também deve ser contabilizado. Há um consenso sobre isto entre os países desenvolvidos e Portugal apoia esta proposta», disse o engenheiro florestal.
IOL Online
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