quinta-feira, 19 de novembro de 2009

“Comando no Fogo É dos Municipais”

Caso se concretize aquilo que se diz, que o socorro aos munícipes farenses passará a ser efectuado por equipas mistas de bombeiros municipais e voluntários, terá de se dar luvas de boxe a cada um desses bombeiros", afirmou ontem, ironicamente, Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, no final da reunião que manteve, em Faro, com os Bombeiros Municipais da capital algarvia, e em que participou igualmente Sérgio Carvalho, presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais.
O dirigente associativo chamou a atenção para a "rivalidade entre os dois corpos" e para "a falta de habitabilidade" no actual quartel, que seria agravada com a chegada de dezenas de voluntários.
"Concordamos com algumas ideias do presidente da Câmara, como a central única, mas a unificação só quando houver novo quartel", disse.
Fernando Curto foi confrontado, na reunião, com rumores que dão como certa a vinda de chefes dos bombeiros voluntários para chefiar os bombeiros municipais. "A lei impede isso. Terão que ser os chefes dos Municipais a chefiar a operacionalidade do socorro", garantiu o dirigente associativo, que reconheceu "haver mal-estar entre os efectivos municipais, pelo diz que diz".
Curto garantiu ir pedir uma reunião ao novo comandante operacional municipal logo que este tome posse. "Vamos estar atentos, expectantes e unidos, mas não haverá grupos a boicotar a cerimónia do aniversário", garantiu.
MACÁRIO CORREIA DIZ QUE DECISÃO ESTÁ TOMADA
Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, escusou-se ontem a comentar as decisões dos Bombeiros Municipais, invocando "não ter estado presente " na reunião. O autarca também não quis comentar a possibilidade do novo comandante operacional (Aníbal Silveira) se fazer acompanhar de cinco chefes dos voluntários para chefiar os municipais, pois não comenta "rumores".
Macário Correia reitera que a fusão de municipais e voluntários é uma "decisão que já está tomada, que será efectivada dia 1 de Dezembro, depois de terem sido ouvidos os principais interessados, e que peca por tardia", garante. O edil de Faro considera que esta fusão "é boa para a cidade e para a segurança dos munícipes".
Correio da Manhã

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