O nome é fácil de explicar, diz Vítor Martins, presidente da direcção há mais de uma década. "Em 1900, houve uma cisão e de uma corporação passámos a ter duas. Uma era nova e a outra era a que vinha da origem, a velha. Ficámos conhecidos como Bombeiros Velhos".
O primeiro quartel da corporação, que hoje tem 125 bombeiros voluntários, era nos antigos armazéns da Autarquia, junto ao Tribunal. Há cerca de 30 anos, mudaram-se para o quartel da rua Mário Sacramento, onde se mantêm actualmente e por onde deverão ficar. "Este quartel tem todas as condições de que precisamos", garante o presidente da direcção.
24 funcionários - Vítor Silva nunca foi bombeiro e talvez por isso dê mais valor ao trabalho que é desenvolvido pelos 125 homens e mulheres que neste momento "dão o seu tempo e a sua vida" por esta corporação. Apenas 24 são funcionários. "Só os condutores das ambulâncias são assalariados, o resto é tudo voluntário", conta, acrescentando que "ainda assim, todos os dias temos aqui 12 homens que deixam de estar com as suas famílias para dormir no quartel para o caso de surgir uma emergência".
O presidente lamenta que "o esforço não seja reconhecido por quem de direito". "Nestes anos todos, os nossos principais constrangimentos são financeiros. Os recursos são escassos", diz Vítor Silva, criticando a tutela por "não apoiar na devida medida as corporações". Silva considera injustas as "indemnizações compensatórias para os municípios com bombeiros municipais. Deveria ser global, pois estamos todas a trabalhar em prol da população".
Orçamento - O orçamento anual dos Bombeiros Velhos de Aveiro ronda 1,2 milhões de euros, sendo que perto de 220 mil são comparticipados pela Autarquia, 6000 são dados pelas juntas de freguesia e 126 mil pelo INEM, para além dos 400 mil dos hospitais e ARSC.
"Não chega para tudo e infelizmente temos de recorrer, muitas vezes, aos peditórios", lamenta Vítor Silva, dizendo mesmo que "a sociedade devia envergonhar-se por obrigar os bombeiros a recorrer a peditórios.
JN
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