O combate aos incêndios florestais conta, este ano, com 750 bombeiros no distrito de Viseu. O contingente é constituído por bombeiros dos 32 corpos de voluntários e um municipal, apoiados de forma integrada com um pelotão de GIPS e Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana.
Meios humanos e materiais da Autoridade Florestal Nacional, Forças Armadas, Cruz Vermelha Portuguesa, Associação de Produtores Florestais, AFOCELCA, Autarquias e outros Agentes, apoiados por dois aviões ligeiros e um helicóptero médio no CMA de Viseu, um helicóptero ligeiro no CMA de Armamar, um heli médio e um pesado no CMA de Santa Comba Dão, completam o esquema. Por outro lado, os bombeiros vão dispor, ainda e pela primeira vez, de equipamento de geo-referenciação, sistema que permite com precisão detectar o início de um incêndio.
Os Serviços Municipais de Protecção Civil estão também envolvidos nesta operação, promovendo o apoio mais diferenciado às forças de socorro. O Distrito de Viseu é constituído por 24 municípios divididos por 372 freguesias, que no seu conjunto ocupam uma área de 5.007 km2, com uma população residente de cerca de 400.000 habitantes.
A densidade populacional é de 80 habitantes/km2. Os espaços florestais estão centrados em quatro espécies principais: pinheiro-bravo, eucalipto, carvalho e castanheiro, ocupando cerca de 2.000 km2 (40 % do território) o que, aliado à diversidade do Distrito, às alterações relativas ao aproveitamento e exploração da floresta, às alterações climáticas e à acumulação de material lenhoso no solo, podem criar condições para o desenvolvimento de incêndios florestais complexos e violentos.
Os incêndios florestais propiciam condições para o surgimento de situações complexas que são normalmente potenciadas por condições meteorológicas extremas de difícil ou muito curta previsão, podendo originar perdas de bens e vidas humanas, exigindo por isso a preparação e organização de um dispositivo adequado para os enfrentar, através da intervenção de forças de protecção e socorro quer na defesa da floresta, enquanto bem estratégico do País, quer na protecção das populações e do ambiente, adianta nota imanada do Governo Civil.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), garante em permanência, nos níveis distrital e municipal, a resposta operacional adequada e articulada, em conformidade com os graus de gravidade e probabilidade de incêndios florestais durante os períodos de perigo considerados.
Na linha do que é previsível, o Distrito de Viseu, em especial os seus efectivos operacionais, mas também todas as entidades com especiais responsabilidades na defesa da floresta contra incêndios, numa procura constante de melhorar o que sempre fizeram, ‘tudo farão para cumprir as obrigações a que, institucionalmente e no exercício dos seus deveres de cidadania, estão e se sentem responsabilizados, de modo a serem atingirmos os objectivos estratégicos definidos, porque, Portugal sem fogos depende de todos’, frisou-se.
O investimento nos novos equipamentos é de 950 mil euros e foi o fruto de uma candidatura apresentada pela Federação de Bombeiros de Viseu.
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