sábado, 29 de maio de 2010

Bombeiros a ‘arder’ por falta de financiamento do Governo

A Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) e as autarquias alertaram quinta-feira, em Setúbal, para o risco de fecho das corporações profissionais por falta de investimento do Governo. Um receio que é partilhado pela Câmara de Setúbal cuja corporação de sapadores requer «um investimento na ordem dos cinco milhões de euros».
O vereador da Protecção Civil, Carlos Rabaçal, presente no encontro que juntou dez das 25 câmaras com bombeiros profissionais, a LBP e a Associação Nacional de Municípios (ANMB) para discutir a urgência de financiamento dos bombeiros profissionais, alertou para o caso da capital de distrito, uma vez que se trata de um concelho cujas especificidades obrigam à prontidão de vários tipos de capacidade de resposta.

O concelho de Setúbal «tem associado todo o tipo de riscos, resultante da proximidade do parque industrial e da Serra da Arrábida», pelo que «é preciso garantir capacidade de resposta às diferentes ameaças», avisa o autarca, que alerta para o facto de o esforço financeiro necessário para assegurar o funcionamento do serviço (na ordem dos 5 milhões de euros) ser «muito para a autarquia».

Carlos Rabaçal defende mesmo um «acordo geral entre todos os municípios, independentemente da cor partidária, para uma resolução mais rápida desta situação».

Reunidos em Setúbal para unir forças para apresentar ao Governo uma proposta de alteração legislativa para o financiamento dos bombeiros, os responsáveis por esta área defendem que o esforço financeiro «deve ser partilhado».

O presidente da LBP, Duarte Caldeira, considera fundamental a «elaboração de um orçamento de estado em que seja tido em consideração o financiamento das acções de socorro», defendendo que o que é solicitado não representa um aumento no investimento «mas sim uma racionalização das verbas».

No encontro em Setúbal, ficou, ainda, definido que as câmaras de Setúbal, Lisboa, Porto, Coimbra, Gaia, Lousã, Loulé e Cartaxo; a LBP e a ANMP irão solicitar reuniões com o Presidente da República, o ministro da Administração Interna, o Conselho de Ministros e os vários grupos parlamentares para alertar para a urgência de financiamento dos bombeiros profissionais.

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