Em S. Pedro do Sul, os dois quartéis de bombeiros existentes já são pequenos para as necessidades, pelo que muitas viaturas ficam estacionadas na rua. A câmara recusa edificar dois quartéis e quer candidatar a obra, um edifício com valência de protecção civil, a fundos comunitários.
O pretexto serviu para retomar uma ideia antiga: a fusão das duas corporações na vila. Em 2006, Eduardo Boloto, presidente da direcção do Corpo de Salvação Pública, aproveitou o aniversário da corporação para defender, pela primeira vez, "a extinção das duas corporações da sede do município para darem lugar a uma nova".
Na ocasião, o dirigente apontou o exemplo da necessidade de quartéis novos para ambas as corporações e salientou "a poupan- ça na construção de um quartel novo, imprescindível às duas corporações". A direcção dos voluntários iniciou idêntico processo.
Eduardo Boloto, do Corpo de Salvação Pública, adiantou que "depois segue-se a aprovação dos estatutos do agrupamento de bombeiros para protocolar a construção do quartel". Segundo referiu, "mesmo que o quartel não venha a ser aprovado, se assim possibilitarmos um melhor serviço, o agrupamento continuará".
João Almeida acabou de ser reeleito presidente da direcção dos voluntários e garantiu que, "em Janeiro, com a outorga da escritura pública, ficará concluído o registo do agrupamento para então candidatar a construção do quartel único aos fundos comunitários".
No concelho de S. Pedro do Sul, com 349 quilómetros quadrados e 20 mil residentes, há três corporações: Os Bombeiros Voluntários de S. Pedro do Sul, com quartel na vila e secção destacada em Sul. O Corpo de Salvação Pública, com quartel na vila e um destacamento em Pindelo dos Milagres. E os Voluntários de Santa Cruz da Trapa, a nove quilómetros da vila.
Também em Viseu, onde há duas corporações, o presidente dos voluntários sugeriu a fusão com os bombeiros municipais, que são profissionais, mas com uma evidente falta de recursos humanos. Segundo Paulo Correia "a economia de meios seria enorme, com ganhos a vários níveis".
O dirigente apontou serviços, "como a central telefónica, posto de vigia, quarteleiro, que passariam a ser únicos, permitindo uma equipa de intervenção permanente, com mais pessoas e melhor capacidade de resposta. Com duas corporações, são precisas seis pessoas por dia só para garantir as centrais telefónicas ".
O concelho de Viseu só tem oito bombeiros permanentes para mais de 500 quilómetros quadrados e cem mil habitantes. A Câmara de Viseu, que tutela os bombeiros municipais, ainda não se pronunciou sobre esta proposta.
DN
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