Já está em actividade a nova resposta de busca e salvamento sedeada nos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira. A unidade cinotécnica conta com
Foi ontem apresentada a Unidade Cinotécnica do Grupo Especial Resgate K9 Portugal, em actividade na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira.
Foi ontem apresentada a Unidade Cinotécnica do Grupo Especial Resgate K9 Portugal, em actividade na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira.
Fruto de um protocolo estabelecido entre as duas entidades no passado dia 10 de Maio, a nova equipa incide a sua acção na preparação de homens e cães para situações de busca e salvamento.
Contando com um total de 14 elementos de ambos os sexos e oito cães, a Unidade Cinotécnica pretende dotar o concelho e a região de uma nova resposta para casos de emergência, em especial de desaparecimento de pessoas. “Estamos preparados para a busca de pessoas vivas ou mortas”, explicou Fernando Oliveira, informando que neste momento, a unidade está dotada de dois cães devidamente preparados, estando os restantes a ser treinados para o efeito.
Apesar de nunca ter tido a oportunidade de intervir em situações reais de busca e salvamento, o Grupo Especial Resgate K9 Portugal carrega na bagagem várias participações em simulacros e outros encontros. Contudo, na opinião do responsável Fernando Oliveira a equipa reúne todas as condições para a realização de um bom trabalho a nível concelhio e regional, chegando mesmo a considerar estar perante “uma mais valia”.
Com equipas preparadas para intervir em cenários de escombros e grandes áreas, a Unidade Cinotécnica está também a incidir a sua acção na formação de técnicos de resgate em grande ângulo, capazes de proceder a salvamentos em poços, edifícios e montanhas.Apesar de ter noção de que no concelho e região não abundam os casos para os quais a unidade está vocacionada, Fernando Oliveira entende que havia “falta de apoio” nas áreas da busca e do salvamento.
É que, na opinião daquele responsável, as equipas cinotécnicas que estão ao serviço da GNR estão muito distantes do concelho e não conseguem assegurar uma resposta imediata. “Enquanto eles estão a vir, nós já cá estamos no terreno a adiantar serviço”, observou. Destacando o crescente número de unidades cinotécnicas associadas às corporações de bombeiros de todo o país, Fernando Oliveira realçou ainda a capacidade dos cães nas operações de busca e salvamento.
“O animal é uma ferramenta de trabalho rápida e eficaz”, observou, notando que “enquanto as máquinas podem demorar horas ou dias a remexer os escombros, os cães conseguem detectar alguém em apenas 20 minutos”. “O cão é uma ferramenta elementar para fazer busca”, reforçou. A iniciar o percurso em Oliveira do Hospital – a equipa arrancou em Óbidos – a unidade cinotécnica apela à sensibilidade dos governantes para que apoiem estes grupos de trabalho.
“Ver para crer…”- Ainda que reconheça a mais valia que a nova equipa pode representar para a população, o comandante dos bombeiros voluntários de Lagares da Beira não escondeu o seu cepticismo em relação ao novo projecto, chegando a afirmar: “ver para crer”. “Continuo expectante, o que interessa é que seja útil para a população”, afirmou António Pinto aos jornalistas, esclarecendo que a corporação não tem qualquer custo financeiro com a unidade. António Pinto não deixou, porém, de sublinhar a importância que a nova equipa pode ter a nível concelhio já que, como especificou, em zonas onde há lares é habitual o “desnorteio de pessoas de idade”.
“No passado, já houve falta de uma unidade deste género”, recordou o comandante, reconhecendo estar perante um “complemento para a corporação”. Semelhante posição foi defendida pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, já fez depender o estabelecimento de um futuro protocolo, da apresentação de resultados.
“Têm que haver algumas provas de que, realmente, esta unidade é uma mais valia para o nosso concelho e para a região”, afirmou José Carlos Alexandrino, esclarecendo ainda que, em caso de apoio, o mesmo deve ser também canalizado para a corporação de Oliveira do Hospital.14 homens e 8 cães.
Correio da Beira Serra
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