O correiobeiraserra.com acompanhou esta manhã uma operação de emergência efectuada por um helitransporte do INEM que, pela primeira vez, aterrou no recinto da feira mensal.
Em causa esteve a recolha de um doente, vítima de problemas do foro cardíaco, que deu entrada no centro de saúde local e foi, posteriormente, helitransportado de urgência para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
Em causa esteve a recolha de um doente, vítima de problemas do foro cardíaco, que deu entrada no centro de saúde local e foi, posteriormente, helitransportado de urgência para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
Após a aterragem, o comandante do helicóptero – com dois pilotos, uma médica e uma enfermeira do INEM – estava satisfeito com as condições que o local reúne, mas detectou alguns constrangimentos, nomeadamente ao nível das aterragens em período nocturno.
Correia de Sá explicou a este diário digital que existindo boas condições atmosféricas aquele ponto de aterragem “serve perfeitamente”, mas também sublinhou que em operações nocturnas existem alguns obstáculos no piso que, pelo menos – e por razões de segurança –, teriam que estar sinalizados.
Correia de Sá explicou a este diário digital que existindo boas condições atmosféricas aquele ponto de aterragem “serve perfeitamente”, mas também sublinhou que em operações nocturnas existem alguns obstáculos no piso que, pelo menos – e por razões de segurança –, teriam que estar sinalizados.
Para aquele piloto a situação é facilmente ultrapassável desde que os bombeiros “balizem” com viaturas – de sirenes ligadas – a zona de aterragem. O espaço permite ainda que a operação de socorro decorra longe do público que, mal pressente o helicóptero do INEM a sobrevoar a cidade, invade de imediato o palco das operações.
Hoje, por exemplo, no recinto da feira – vedado ao público – encontravam-se apenas os pilotos, a equipa do INEM, um jornalista do correiodabeiraserra.com e os Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (BVOH).
INEM prefere aterrar em campos de futebol - No entanto, Correia de Sá, que mostrou total disponibilidade ao comandante dos BVOH, Emídio Camacho, para que se encontrem as melhores soluções, é de opinião que “o estádio de futebol é o local que melhores condições oferece” para a aterragem daquele tipo de equipamentos.
Exibindo o mapa com os locais de aterragem que estão estipulados na área de intervenção dos meios de socorro aéreos estacionados em Santa Comba Dão, o piloto ao serviço do INEM explicou ao CBS online que, geralmente, as aterragens são feitas em campos de futebol. Quer sejam relvados, sintéticos ou “pelados”, sublinhou.
Correia de Sá diz que estas aterragens não provocam estragos naquele tipo de infra-estruturas e decorrem num ambiente de maior segurança. Importante – considera – é operacionalizar as situações de modo a que a iluminação do estádio possa estar ligada aquando da chegada do helitransporte.
Helitransporte do INEM pode ser activado de dia e noite - O helitransporte de doentes tem vindo a ser utilizado em Oliveira do Hospital com alguma frequência, e este meio de socorro pode ser accionado através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) com um simples telefonema para o número nacional de emergência – o 112.
No terreno, já que se trata de um tipo de socorro com elevado custo financeiro, compete aos bombeiros que tomam conta da ocorrência e aos médicos que fazem a avaliação da vítima, avaliar a imprescindibilidade deste tipo de socorro.
Muito recentemente – e este caso vem a propósito para se perceber a importância de que se reveste a operacionalização dos meios de socorro no mais curto espaço de tempo – um doente teve, por volta da 1h00 da manhã, num café de Ervedal da Beira, sintomas de AVC.
A vítima perdeu mesmo os sentidos, e foi transportada pelos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira até ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital (CSOH), onde chegou cerca de meia hora depois.
O helitransporte não foi accionado e o INEM, quando solicitado, accionou a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Centro Hospitalar de Coimbra que chegou ao CSOH próximo das 3h00.
Segundo uma fonte ligada à vítima, que se encontra nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) com diagnóstico ainda reservado, aquele doente, de 48 anos, só terá dado entrada nos HUC por volta das 4h00 da manhã.
Ou seja: entre a ocorrência e a assistência em hospital especializado – e nestes casos o tempo é fundamental – decorreram cerca de três horas.
Só para se entender como é que este processo de emergência com meios aéreos funciona, diga-se que o helitransporte do INEM – após activação – demora cerca de 15 minutos entre Santa Comba Dão e Oliveira do Hospital. Depois da aterragem, a equipa médica helitransportada procede à estabilização da vítima e, depois deste processo concluído, o helicóptero demora outros 15 minutos a voar entre Oliveira do Hospital e o heliporto dos HUC, em Coimbra.
Correio da Beira Serra
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