«Temos, um pouco por todo o território, elevados índices de combustível, pelo facto de ter chovido até bastante tarde, o que resultou na vegetação ter crescido muito rapidamente», disse o presidente da Liga dos Bombeiros, que critica a falta de limpeza das florestas. Considera que há «insuficiências muito significativas ao nível da gestão florestal do território».
Segundo o presidente da Liga, 77 por cento da floresta é propriedade privada, dois por cento do Estado, oito por cento das indústrias e 13 por cento são baldios. «Estamos a falar de uma floresta com uma estrutura fundiária muito fragmentada, o que já por si resulta numa dificuldade adicional para uma gestão adequada do espaço e também da eliminação do combustível que está lá a mais e que constitui um risco acrescido", explica.
Por isso, Duarte Caldeira diz que os soldados da paz esperam uma época de fogos «bastante difícil», mas, garante, em declarações à agência Lusa, que, «do ponto de vista dos bombeiros tudo foi trabalhado atempadamente».
A Fase Bravo da prevenção e combate a incêndios, que agora se inicia, antecede a Fase Charlie, que é a de maior risco, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro. O início da fase Bravo foi adiado de 15 de Maio para 1 de Junho porque as temperaturas não estavam muito altas. Os bombeiros criticaram esta decisão da Protecção Civil.
Mas, olhe-se para o futuro, que «o que importa é que no próximo dia 1 estará tudo pronto para enfrentar os próximos meses que prevemos que venham a ser muito difíceis», disse Duarte Caldeira para encerrar a polémica.
De acordo com os números avançados no passado dia 17 pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, o dispositivo disponível a partir do início da Fase Bravo e até final de Setembro, contará com 22 519 operacionais e 5002 veículos de comando, intervenção e apoio.
TVI24
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