Para incendiar mais os ânimos, os dez bombeiros profissionais, entre elementos da central de comunicações, motoristas e socorristas, entraram em greve na segunda-feira de manhã, assegurando apenas os serviços de emergência médica. A situação obrigou o comandante Paulo Santos a esfalfar-se em contactos com outras corporações vizinhas para assegurar o transporte de doentes e outros serviços não emergentes. Em causa estava o facto destes elementos ainda não terem recebido os ordenados de Janeiro.
O comandante teve que vestir a farda de mediador e ao final da manhã, após uma reunião com o presidente da direcção, Manuel Rosa, a greve foi desconvocada. O presidente comprometeu-se a pagar os salários, explicando que a associação estava com dificuldades porque durante o primeiro mês do ano não recebeu qualquer apoio da Câmara de Santarém nem o pagamento dos serviços prestados a várias entidades públicas.
Sanado o problema da greve, a direcção tem agora que tomar uma posição sobre a sublevação que originou a carta subscrita pelos 49 bombeiros. Manuel Rosa garante que o clima está mais pacificado e em declarações a O MIRANTE sublinha que esta direcção já tinha intenções de não se recandidatar e que até já tem feito contactos para que outras pessoas possam fazer uma lista concorrente às eleições. E sublinha que quem tem poderes para demitir a direcção são os sócios.
As eleições já deviam ter acontecido. Mas Manuel Rosa explica que houve uma alteração nos estatutos da associação humanitária e que ainda não foi feita a escritura dos novos estatutos por questões burocráticas. Mas assegura que a mesma vai ocorrer na próxima semana e que a partir dessa altura pode ser marcada uma assembleia para a realização de eleições.
O Mirante
Sem comentários:
Enviar um comentário