terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pedido de demissão da direcção e greve gera confusão nos Bombeiros Voluntários de Alcanede

Instalou-se no fim-de-semana a confusão no quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcanede, concelho de Santarém. Um grupo de 49 bombeiros, dos 55 do quadro activo, assinaram uma carta dirigida à direcção da corporação a exigir a demissão desta. Os operacionais, entre voluntários e profissionais, criticam a falta de apoio dos elementos da direcção, falta de diálogo e de se protelar a marcação de eleições, entre outros problemas.

Para incendiar mais os ânimos, os dez bombeiros profissionais, entre elementos da central de comunicações, motoristas e socorristas, entraram em greve na segunda-feira de manhã, assegurando apenas os serviços de emergência médica. A situação obrigou o comandante Paulo Santos a esfalfar-se em contactos com outras corporações vizinhas para assegurar o transporte de doentes e outros serviços não emergentes. Em causa estava o facto destes elementos ainda não terem recebido os ordenados de Janeiro.

O comandante teve que vestir a farda de mediador e ao final da manhã, após uma reunião com o presidente da direcção, Manuel Rosa, a greve foi desconvocada. O presidente comprometeu-se a pagar os salários, explicando que a associação estava com dificuldades porque durante o primeiro mês do ano não recebeu qualquer apoio da Câmara de Santarém nem o pagamento dos serviços prestados a várias entidades públicas.

Sanado o problema da greve, a direcção tem agora que tomar uma posição sobre a sublevação que originou a carta subscrita pelos 49 bombeiros. Manuel Rosa garante que o clima está mais pacificado e em declarações a O MIRANTE sublinha que esta direcção já tinha intenções de não se recandidatar e que até já tem feito contactos para que outras pessoas possam fazer uma lista concorrente às eleições. E sublinha que quem tem poderes para demitir a direcção são os sócios.

As eleições já deviam ter acontecido. Mas Manuel Rosa explica que houve uma alteração nos estatutos da associação humanitária e que ainda não foi feita a escritura dos novos estatutos por questões burocráticas. Mas assegura que a mesma vai ocorrer na próxima semana e que a partir dessa altura pode ser marcada uma assembleia para a realização de eleições.

O Mirante

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