domingo, 7 de fevereiro de 2010

Hotel do grupo BPN funciona sem licença de exploração

ASAE abriu processo de contra-ordenação, por falta de "título válido de abertura", ao Hotel Gat Rossio.
O Hotel Gat Rossio, do grupo BPN, está aberto há seis meses mas esteve até meados de Dezembro sem autorização de utilização e exploração. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fez uma inspecção ao hotel, no Rossio, em Lisboa, e concluiu, que não tinha "livro de reclamações nem título válido de abertura".

A BPN Imofundos é a proprietária do hotel que adquiriu à promotora Diomira Imobiliária Lda. e está aberto desde Julho de 2008. Apesar da inspecção da ASAE e do consequente processo, a empresa Diomira garantiu, em declarações ao i, que "o imóvel dispõe de alvará de autorização de utilização para o fim a que se destina e foi devidamente vistoriado pela entidade administrativa competente". Acontece que a licença de utilização foi diferida em Dezembro, já com o hotel em funcionamento, como confirmou ao i a própria promotora.

Depois da primeira inspecção, em Outubro, a ASAE reforça o aviso. Em Dezembro a entidade esclarece, numa carta enviada ao denunciante da situação, à qual o i teve acesso, que por questões de segurança se "constata que existe, igualmente, matéria da competência da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)". A ASAE reencaminhou a denúncia para a ANPC que ainda não se pronunciou sobre a segurança do hotel de 77 quartos.

A arrendatária do hotel, Gat, diz tê-lo arrendado com todas as condições e a BPN Imofundos diz ser "alheia" por apenas se ter limitado a "adquirir um imóvel à sociedade Diomira" com as obras concluídas.

Contas avessas
Os problemas começam com as contas do hotel, a empresa de construção civil Luís Ribeiro garante que a promotora do hotel lhe deve 377 mil euros. Ao i, a Diomira responde que não, que quem é devedora é a empresa de construção civil. O impasse levou ontem a empresa Luís Ribeiro a protestar junto ao hotel, exigindo que lhe seja devolvido o edifício por "não estar pago", disse ao i o dono da empresa.

Perante a situação que começa a "criar alguma instabilidade comercial", a BPN Imofundos admite "proceder criminalmente" caso a empresa de construção civil continue com os protestos. O empreiteiro admite agora avançar com uma providência cautelar.
ionline

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