A AHBVL–Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leixões comemorou, no passado fim-de-semana, o seu 79.º aniversário com a tradicional “bacalhoada”. O programa festivo incluiu, ainda, a realização de um simulacro que envolveu vários meios físicos e humanos, mesmo no centro do Concelho.
Depois do caldo verde, deram entrada, sem surpresas, mas com entusiasmo, as travessas de bacalhau com todos… E com o discurso do presidente da mesa da assembleia geral da AHBVL, João Lourival, que louvou a “dedicação” e o “espírito de sacrifício” dos Soldados da Paz leixonenses, a noite de aniversário começou em clima de festa.
No passado sábado, na bacalhoada dos Bombeiros de Leixões marcaram presença mais de uma centena de pessoas.
“Estes homens trabalham ao serviço da comunidade. Estes homens são verdadeiros Soldados da Paz… 79 anos é uma vida inteira e quem faz ou fez parte desta instituição, sabe que não há hora para servir”, disse João Lourival.
O presidente da mesa da assembleia-geral da AHBVL aproveitou para agradecer a ajuda da Câmara Municipal de Matosinhos pela concretização do pedido feito na bacalhoada do ano passado: “Pedimos ajuda para construir a garagem. Foi com satisfação que esta foi inaugurada e é com enorme satisfação que vos anuncio que a despesa já foi integralmente paga pela autarquia”.
Em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Araújo agradeceu “a ajuda e empenho” dos BVL para com a Liga Nacional, aproveitando para lançar um repto: “Teremos concursos de manobras em breve. Gostava que os BVL apresentassem uma turma e participassem naquela que é, nesta área, a maior prova nacional, uma vez que reúne Sapadores, Voluntários e Municipais. Todos os tipos de corpos de bombeiros pela mesma causa… A formação e a eficácia”, disse.
Já pela ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil, Aberto Costa referiu que “os BVL têm feito tudo o que podem em prol da comunidade, sem esquecer o Distrito”. O representante da ANPC vincou que os BVL “têm sabido sair de portas”, sendo um corpo de bombeiros “de referência, por exemplo no combate a fogos florestais”.
À margem dos discursos, o presidente da Associação Humanitária leixonense recordou, ao JM, projectos que os BVL e a autarquia têm vindo a discutir. De acordo com Vítor Ribeiro, a cobertura do quartel poderá significar uma “enorme melhoria de condições” ou, mesmo, feito o salão novo nessa cobertura, esta seria “uma boa fonte de receita”. O baptismo de uma artéria do Concelho com o nome do Comandante Geraldo Amorim Ribeiro, grande nome dos BVL, é uma promessa antiga que o presidente da AHBVL espera ver concretizada em breve.
Em representação da Câmara Municipal, marcou presença Salgado Rosa, Tenente responsável pela Protecção Civil de Matosi-nhos. Já pela Junta de Freguesia matosinhense, esteve presente António Santos.
Simulacro: 25 bombeiros e cinco viaturas no terreno
Antes deste jantar/convívio, os BVL realizaram, na Rotunda Fonte Luz, um simulacro. O exercício envolveu um carro ligeiro e um carro de transporte de gás que simularam um acidente socorrido por duas ambulâncias, três viaturas de combate a incêndio e 25
homens. A ideia era testar os meios dos BVL em caso de derrapagem de um pesado transportador de matéria inflamável.
“O exercício demorou cerca de duas horas e o balanço é muito positivo. Quisemos testar os meios que temos no terreno e simulamos a derrapagem de um camião cisterna que provocou duas “vítimas” devido ao embate num carro ligeiro. Foi um trabalho moroso, porque exigia muito cuidado. Tratava-se de matérias muito perigosas. Também fizemos exercício de desencarceramento”, descreveu o comandante dos BVL, Carlos Antunes.
Este simulacro contou com a participação e apoio do Grupo Resende. Segundo o conse-lheiro de segurança e responsável pela manu-tenção da frota da empresa de transportes, Américo Tavares, este tipo de parecerias é “comum, importante e recomendável”.
“Temos uma frota que exige muitas atenções. Além do transporte de ligeiros que todos conhecem, também detemos uma vertente de transporte de combustíveis, substâncias perigosas que, até por lei, nos obrigam a parti-cipar e realizar simulacros. Temos uma equipa de intervenção preparada e o equipamento neces-sário, mas a interligação com os meios locais é fundamental para nós e para os bombeiros. O Grupo Resende está grato aos BVL por serem sempre muito colaborantes”, concluiu Américo Tavares.
Depois do simulacro e da tradicional baca-lhoada que decorreram no sábado. Estavam programadas para domingo uma missa de sufrágio na igreja do Bom Jesus de Matosinhos, seguida de romagem ao Cemitério de Sendim.
Matosinhos TV/Paula Teixeira
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