domingo, 7 de março de 2010

Mulheres da Protecção Civil e forças de segurança homenageadas em Santarém

A história de quatro mulheres com cargos de responsabilidade nas forças de segurança e na protecção civil no distrito de Santarém serviu de mote para a homenagem que a governadora civil hoje promoveu, em antecipação do Dia Internacional da Mulher.
Na presença de duas secretárias de Estado, a da Administração Interna, Dalila Araújo, e da Igualdade, Elza Pais, a governadora civil, Sónia Sanfona, explicou por que razão entende que ainda hoje faz sentido assinalar este dia, apesar dos avanços das últimas décadas, sublinhando o enriquecimento trazido pela presença das mulheres em serviços tradicionalmente realizados por homens.
Cristina Pereira, bombeira de segunda classe nos Voluntários de Ourém, Patrícia Almeida, a tenente que comanda o destacamento de Santarém da GNR, Lurdes Fonseca, adjunta do Comando Distrital de Operações de Socorro, e Lúcia Simões, agente principal da PSP, foram as mulheres que relataram a sua experiência num vídeo exibido para uma plateia de centena e meia de mulheres.
O claro predomínio de bombeiras na assistência corresponde à maior presença feminina nos serviços de protecção civil (serão um quarto dos 1.600 bombeiros das 28 corporações do distrito), contra os escassos seis por cento de presença na GNR (50 em perto de mil efectivos) e os perto de 10 por cento na PSP (39 em 440 efectivos).
Lurdes Fonseca, 33 anos, que recordou a “contradição” que encontrou quando entrou para os bombeiros de Coruche, há 14 anos - entre um espírito protector, de não dar trabalho árduo às mulheres, e a atitude de “ela não é capaz” -, disse à Lusa que actualmente são as mulheres quem mais entra nas recrutas.
Grávida, Lurdes Fonseca - que, com Patrícia Gaspar, adjunta do comando da Autoridade Nacional de Protecção Civil, são as únicas mulheres a integrar a estrutura nacional de comando (num total de 51 elementos) -, frisou que a dedicação que a profissão exige só é possível graças à compreensão do marido e à ajuda fundamental da mãe na gestão da casa.
Elza Pais considerou como um “desafio do futuro” acabar com as “discriminações invisíveis” que ainda dificultam o acesso das mulheres a lugares de topo, considerando que a luta pela conciliação da vida profissional, pessoal e familiar “é um desafio que não se tem colocado aos homens”. A sessão contou com as tradicionais rosas vermelhas e um lanche de confraternização.
O Mirante

1 comentário:

  1. gostava imenso de ver esse filme de que falou. Gostava de ver o relato destas mulheres...sabe me dizer se o encontro no youtube?

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