O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) defendeu, terça-feira, a «necessidade urgentíssima» de reforçar a Linha Saúde 24 ou de ser criado um mecanismo alternativo e alertou para os «grandes défices de informação» junto dos portugueses.
«Este foi aqui identificado como um dos problemas mais graves da fase em que nos encontramos», disse Duarte Nuno Caldeira, em Pombal, no final de uma reunião da LBP com os responsáveis das 18 federações distritais de bombeiros do continente para articular procedimentos no âmbito da gripe A.
O dirigente sublinhou a existência de uma «crescente dificuldade, todos os dias constatada, da Saúde 24 fazer o respectivo encaminhamento das pessoas que para ela ligam», acrescentando que irá fazer chegar esta «vulnerabilidade» ao Ministério da Saúde.
«É uma preocupação que nos assiste nesta fase e que tenderá a agravar-se à medida que o número de casos venha a aumentar», advertiu.
Duarte Nuno Caldeira afirmou ainda que no encontro foi abordado «o comportamento ao nível da comunidade», considerando existirem «grandes défices de informação». Insistindo na necessidade de uma «adequada resposta» por parte da Linha Saúde 24, o presidente da LBP revelou que a Liga dos Bombeiros Portugueses adquiriu dois mil kits, cada um com uma bata, um par de luvas e duas máscaras, que vão ser distribuídos aos corpos de bombeiros.
Além destes kits, os corpos de bombeiros aguardam por outros - entre 20 a 50 mil - cuja entrega, explicou, será da responsabilidade da Autoridade Nacional da Protecção Civil ou da Direcção-Geral da Saúde.
«Sendo desejável que antes já deveríamos ser detentores desse equipamento, não podemos dizer que é tarde, o que temos de dizer é que temos que acelerar, não podemos de facto perder mais tempo», alertou.
Também terça-feira, a ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu que a Linha de Saúde 24 tem de melhorar a resposta aos utentes, alguns dos quais se queixam de demora no atendimento e no encaminhamento dos casos de gripe A.
TSF
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