Simão, de dois anos, não parava quieto. Era uma criança cheia de vida, sempre a correr e a brincar. Anteontem, fugiu para um tanque e saltou para a água, sem que os primos e o irmão, de dez anos, se apercebessem.
A aventura foi fatal. O bebé que estava em casa dos tios, em S. Julião, Valença, foi encontrado pelos familiares na água já inanimado.
Apesar das tentativas de reanimação, chegou sem vida ao Centro de Saúde de Valença.
O ambiente em casa dos familiares do pequeno Simão era de grande consternação. Os pais estão medicados e em estado de choque.
Emocionada com a tragédia que a família está a viver, a tia do menino, Dulce Rocha, revelou ao CM a imagem que ficará gravada em todos. "Era pequenino, branquinho e com cabelos aos caracóis. Tinha uns olhos esverdeados lindos. Era muito traquina e brincalhão e esse acabou por ser o seu mal."
A autópsia será feita amanhã. À tarde deverá ocorrer o funeral na freguesia vizinha de Fontoura.
"Isto é desesperante. O tio foi ao interior da casa e eles estavam a brincar no pátio. Quando voltou, já não sabiam dele. Ainda tentaram salvá-lo, mas de nada valeu", disse a familiar.
PORMENORES
150 MORTOS
150 MORTOS
Pelo menos 150 crianças e adolescentes morreram afogados em Portugal desde 2001.
MENOS DE QUATRO ANOS
Os números revelados pela Associação Portuguesa para a Segurança Infantil, mostram que a maioria das crianças que morre por afogamento em Portugal tem menos de quatro anos e é do sexo masculino.
POÇOS E TANQUES
Os dados da APSI revelam ainda que, no Norte, a maioria dos casos de afogamento ocorre em poços e tanques. Vedações junto aos locais podem ajudar a prevenir acidentes.
Os dados da APSI revelam ainda que, no Norte, a maioria dos casos de afogamento ocorre em poços e tanques. Vedações junto aos locais podem ajudar a prevenir acidentes.
CM
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