O Ministério da Saúde anunciou hoje que o INEM vai abrir um concurso, ainda este mês, para admitir 492 novos técnicos de ambulância e emergência com o objectivo de "reforçar a operacionalidade dos meios de socorro pré-hospitalar".
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, durante uma reunião com o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE).
Num comunicado enviado no final da reunião, o Ministério da Saúde refere que "durante o mês de Agosto, o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] vai proceder à abertura de concursos para a admissão de 492 novos técnicos de ambulância e emergência (TAE), com o objectivo de reforçar a operacionalidade dos meios de socorro pré-hospitalar e os cuidados prestados aos portugueses".
O Ministério da Saúde (MS) anunciou também que se vai iniciar um processo de consulta pública sobre a carreira especial dos TAE.
O processo, que vai decorrer até 10 de Setembro, vai ser discutido com o Sistema Integrado de Emergência Médica, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros e a Comissão Técnico-Científica do INEM e deverá "conduzir à definição de um conceito comum sobre o perfil funcional e o conteúdo formativo da carreira", adianta a nota.
A reunião entre o sindicato e a tutela veio no seguimento do pré-aviso de greve para Setembro, lançado terça-feira por estes técnicos, que ameaçavam deixar de transportar doentes com gripe A (H1N1) caso o MS não avançasse com a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar.
No encontro, o secretário de Estado da Saúde garantiu que a carreira dos TAE não está juridicamente extinta, sendo que a legislação em vigor define o perfil funcional e a formação exigida para o ingresso.
O sindicato já anunciou a suspensão do pré-aviso de greve e considera que a admissão de 492 novos TAE é o fim dos contratos precários de alguns funcionários, medida "há muito reivindicada".
Na reunião, o MS demonstrou ainda "interesse em investir na melhoria da formação dos actuais e futuros TAE, bem como na estabilidade do seu exercício como condição para a melhoria da prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar".
CMP.
Lusa/Fim
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Por acaso o provérbio “Quem não chora não mama” faz sentido.
ResponderEliminarDe um momento para o outro país tem capacidade financeira para contratar 492 elementos para as ambulâncias e desenvolver um projecto de carreiras, enquanto isso há mais de dois anos o governo e os municípios andam a criar a contas gotas as equipas de intervenção nos bombeiros, que neste momento ainda não conseguiram criara 200.
492 Tripulantes ambulância, daria para criar cerca de 100 equipas de 5 homens nos bombeiros, coisa que levou quase um ano a conseguir, onde outros levaram umas horas, e a problema da criação de carreiras para os profissionais dos corpos de bombeiros humanitários, nem se vê luz ao fundo do túnel.
Já agora digam lá ao sindicato que os meios do INEM não fazem 80% do socorro a nível nacional, é pura mentira como é sabido de todos, se o INEM fazer 3% já é muito.
Olá Fénix tens toda a razão, subscrevo.
ResponderEliminarPorque é que os bombeiros não fazem o mesmo? Se o INEM faz menos de ¼ dos serviços de socorro e o maior número é efectuado pelos bombeiros então porque não se “chora para mamar” também?! Afinal onde está o problema, anuncie-se greve como o INEM fez ou será que eles têm mais força que os bombeiros só porque têm a ordem e os bastonários que os defendem… e os presidentes e comandantes das associações o que têm feito eles, parece que as forças faltam-lhes ou espírito de batalha não têm.
É como digo e repito Fénix, o teu ponto de vista está no meu caminho também pois fui bombeira durante alguns anos e hoje por motivos profissionais e a fazer doutoramento na carreira encontro-me no quadro de reserva mas sinto na pele o que de mal vai pelos bombeiros de Portugal porque o bichinho, esse fica comigo para sempre. Façam-se apelos á greve!!!
xana tavares