A área adida entre Janeiro e 15 de Agosto deste ano é de quase 24 mil hectares, mais sete mil hectares de floresta do que em 2008, embora este tenha sido um ano atípico, comunicou o Comando Nacional de Operações de Socorro.
«Em termos de dados provisórios [desde o início do ano até ao dia 15 de Agosto] temos 12.092 ocorrências de incêndios florestais, com uma área ardida estimada total, provisória também, de 23.772 hectares», anunciou o responsável pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS).
Comparativamente ao ano passado, de acordo com dados avançados por Gil Martins, houve, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 15 de Agosto de 2008, cerca de 7500 ocorrências, que provocaram uma área ardida de aproximadamente nove mil hectares.
No total dos doze meses de 2008 registaram-se 17 mil hectares ardidos. No entanto, o comandante nacional operacional desvalorizou os dados, sublinhando que 2008 foi um ano excepcional.
«Obviamente que a área ardida deste ano é superior à do ano passado, mas é bem inferior àquilo que aconteceu na média dos últimos cinco anos ou da média dos últimos dez anos», apontou.
O responsável acrescentou que a Autoridade Nacional de Protecção Civil pretende chegar a 2012 «com uma área ardida média de cem mil hectares por ano», objectivo que faz parte do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.
«Neste momento, aquilo que podemos constatar é que essa média é muito inferior a esses cem mil hectares», sublinhou Gil Martins.
No que diz respeito aos dados correspondentes à fase Charlie, período no qual existe maior risco de incêndios, entre 1 de Julho e 15 de Agosto, houve 2029 ocorrências, que se traduziram em 3221 hectares de área ardida.
Por outro lado, na primeira quinzena de Agosto registaram-se 1653 ocorrências, com uma área ardida de 1110 hectares de floresta.
Para o comandante do CNOS, estes dados explicam-se maioritariamente com os «comportamentos de risco» dos cidadãos.
«Os comportamentos estão melhores do que o que estavam em anos anteriores, mas estão piores do que no ano passado. Continuamos a ter que manter um esforço e uma pressão muito grandes em termos do comportamento.
As pessoas têm de se habituar a que, durante o Verão, não podem fazer fogo na floresta em qualquer circunstância», explicou Gil Martins, sublinhando, porém, que também os «comportamentos de risco» diminuíram comparativamente à média dos últimos cinco e dez anos.
Lusa / SOL
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