Os grandes incêndios que devastaram o concelho do Sabugal no início da semana terão causado prejuízos entre sete e dez milhões de euros, segundo um levantamento preliminar da autarquia.
"Ainda não foram contactados todos os agricultores afectados, mas estamos no terreno e esperamos ter o relatório definitivo no final da próxima semana", adianta o autarca do Sabugal, Manuel Rito.
Até lá, o executivo deliberou, ontem, solicitar ao Governo que "faça, de uma vez por todas, o cadastro geométrico da propriedade rústica do concelho". Um instrumento que, para o edil, é "fundamental para que se evite outra tragédia similar no futuro", pois permite "um verdadeiro emparcelamento" e o controlo da limpeza das propriedades.
A autarquia decidiu ainda contactar a Autoridade Florestal Nacional para "garantir o escoamento pago da madeira que ardeu", naquela que será uma ajuda aos proprietários, devendo também ser solicitados apoios à reflorestação. O executivo deliberou igualmente proibir a caça nas áreas ardidas, já que algumas reservas municipais foram "bastante afectadas".
O Ministério da Agricultura anunciou que vai disponibilizar apoios extraordinários para a alimentação do gado (50 euros por cabeça de ovino e caprino e 100 euros por bovino) e concederá ajudas de 50% a fundo perdido para a reposição do potencial produtivo.
"Este apoio permitirá reparar, por exemplo, situações de perda de olival, de vinhas, de animais mortos, de colmeias e também de equipamentos agrícolas, como motores de rega e tubagens", refere o Ministério, que não descarta a possibilidade de avançar com outras ajudas.
Segundo um primeiro levantamento, os técnicos da Direcção Regional de Agricultura apuraram prejuízos nas freguesias de Bendada, Casteleiro, Moita, Sortelha, S.Estêvão, Aldeia de Santo António, Água Belas, Baraçal, Quintas de S. Bartolomeu, Rapoula, V. Touro, Vale de Espinho, Quadrazais, Foios e Soito.
"Uma avaliação mais exaustiva dos prejuízos será feita na próxima semana, além da divulgação das ajudas criadas junto dos agricultores", refere uma nota do Ministério.
JN
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