A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu hoje perante o Ministério da Saúde que toda a classe deve ser vacinada contra gripe A H1N1, argumentando tratar-se de «um grupo de risco» por ter contacto permanente com a população.
No final da reunião, o presidente da ANBP, Fernando Curto, garantiu que, na reunião de hoje com técnicos do Ministério, a proposta da associação foi considerada «lógica e pertinente».
A ANBP pretendia expor à ministra Ana Jorge a sua preocupação em relação a vários aspectos relacionados com a prevenção dos bombeiros profissionais face à gripe A, designadamente o facto de a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) ter definido anteriormente estar apenas «prevista a vacinação de 25 por cento dos bombeiros».
Fernando Curto referiu que o objectivo da ANBP é que, para fazer face a esta pandemia, não sejam apenas vacinados 25 por cento dos bombeiros, mas toda a classe, quer os 10 mil profissionais, quer os cerca de 21 mil voluntários.
O contacto permanente dos bombeiros com a população em geral e com muitos turistas que chegam diariamente às grandes cidades levam a ANMP a pedir a vacinação de todos os bombeiros portugueses, aguardando que o Ministério da Saúde, perante as vacinas que estiverem disponíveis, atenda este pedido, considerado essencial até para evitar uma maior propagação da doença.
O presidente do ANBP referiu que dois bombeiros já estiveram de quarentena por medida de precaução, não se tendo confirmado a infecção pelo vírus H1N1, mas que todo o bombeiro português que tiver os primeiros sintomas de febre deve adoptar aquela postura preventiva.
«Felizmente não houve ainda nenhum caso de H1N1 entre os bombeiros», comentou, considerando ser altura de tomar todas as precauções.
Confrontado com o facto de haver outras profissões que exigem também a vacinação por estarem em contacto com a população, Fernando Curto observou que, com o devido respeito, os bombeiros são aqueles que estão em contacto 24 horas com as pessoas e em que o risco é acrescido.
Durante a reunião, a ANBP alertou também os técnico do Ministério da Saúde para a necessidade de renovação em todos os quartéis de bombeiros dos stocks relativos aos kits contra a gripe H1N1(máscaras e luvas), pois o existente vai-se utilizando e inutilizando.
Lusa / SOL
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