A GNR começou hoje a distribuir 102 novos conjuntos de equipamento para investigação de causas de incêndios florestais pelo dispositivo territorial, incluindo na Madeira e nos Açores, disse hoje à Lusa o tenente-coronel José Grisante.
Estes materiais, que "não estavam em falta" nos destacamentos da GNR, vão substituir e ampliar a capacidade de trabalho dos militares do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), acrescentou o responsável.
O oficial da Guarda Nacional Republicana (GNR) reconhece, no entanto, que "faltam aparelhos de GPS" (Global Position System - nome em inglês), para a aferição geográfica das áreas ardidas, mas que "nenhuma investigação ficou por realizar" devido à "colaboração dos gabinetes florestais" camarários, que em algumas situações "emprestam à GNR os aparelhos de GPS", explicou o tenente-coronel.
José Grisante, director do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, disse também que os materiais custaram "cerca de 58 mil euros", suportados na totalidade por uma empresa do Movimento Eco.
Os conjuntos de material que hoje começaram a ser distribuídos, e que até ao final desta semana já estarão à disposição dos militares do SEPNA, são compostos por uma mala com uma estação meteorológica, uma bússola, várias pinças, uma lupa, estacas de direcção e limitadores de área, além de materiais de protecção individual e de recolha de prova, referiu José Grisante.
A primeira entrega foi para o distrito de Aveiro com seis conjuntos de material, nomeadamente para os concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Oliveira de Azeméis, Ovar e Santa Maria da Feira, mencionou o oficial da GNR.
A empresa que suportou estes custos foi a Mota Engil, uma das parceiras do Movimento Eco, concluiu aquele oficial da GNR.
O Movimento Eco - Empresas Contra os Fogos - abrange mais de duas dezenas de organizações, entre bancos, empresas de distribuição, fornecedores de serviços, representantes de equipamentos, marcas de automóveis e abastecedores de energias, entre outras, com o objectivo comum de apoiar bombeiros e entidades envolvidas no combate a incêndios e na redução da área ardida em Portugal.
De acordo com Autoridade Florestal Nacional(AFN), desde 1 de Janeiro até 15 de Julho deste ano, registaram-se 9.047 ocorrências de fogo, das quais 2.457 foram incêndios florestais e 6.590 fogachos, tendo consumido uma área total de 19.239 hectares (ha), dos quais 5.524 foram de povoamentos florestais e 13.715 ha de matos.
Este ano, só nos primeiros seis meses, até 15 de Julho, ardeu mais área (19.239 hectares) do que na totalidade do ano passado, que registou 17.244 hectares de área ardida, de acordo com a AFN.
Bombeiros de Portugal
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