quinta-feira, 14 de maio de 2009

Afinal Sempre Haveria Algo de Errado nos Alertas da ANPC

Como se tem vindo aqui a referir, os Alertas que são definidos pela ANPC em colaboração directa com o IM, não estavam a ser cumpridos na íntegra e por isso, hoje a ANPC e o IM estão reunidos para discutir novos produtos que facultem com mais rigor as condições climatéricas. Quem lembra o mês de Março sabe que os alertas estiveram accionados com temperaturas abaixo dos 30° e o CONAC diz agora que só serão activados os Alertas de maior cautela de incêndios mediante as condições meteorológicas acima de 30°C, 30% de humidade no ar e vento superior a 30 KM/h. Porque é que no mês de Março não teve as mesmas grelhas de accionamento de Alertas em função às condições climatéricas?

Incêndios
Instituto de Meteorologia realizou encontro com Protecção Civil para discutir de colaborações.
O Instituto de Meteorologia (IM) realizou hoje um encontro com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) para discutir o contributo do IM na problemática dos incêndios florestais

À margem deste encontro foi anunciada uma nova página do IM na Internet que se traduzirá por uma grande reforma em termos de grafismo, sendo que os conteúdos serão idênticos. A nova página estará disponível logo no início de Julho, de acordo com informação do IM.
No workshop «A Meteorologia e os Incêndios Florestais», o IM apresentou os vários «produtos» que dispõe e que utiliza para fornecer informações sobre o risco de incêndio, bem como as condições meteorológicas que podem influenciar a evolução dos incêndios.
O IM elabora mapas de risco de incêndio diários, por concelho, com base em várias variáveis, nomeadamente meteorológicas (temperaturas, vento, precipitação e humidade) e relacionadas com a cobertura vegetal.
De acordo com o comandante nacional da ANPC, Gil Martins, as cartas do risco de incêndio produzidas pelo IM são «utilizadas no planeamento aéreo e terrestre dos meios disponíveis para combate a incêndios».
O comandante nacional é da opinião de que as cartas de risco de incêndio devem ser divulgadas, negando qualquer aproveitamento delas por incendiários, tal como questionou o presidente do IM, Adérito Serrão.
Gil Martins explicou a aplicação dos dados disponibilizados pelo IM, referindo que a conjugação de determinadas condições meteorológicas favorecem a ocorrência de incêndios.São elas: temperaturas acima dos 30º, valores inferiores a 30 por cento de humidade e vento superior a 30 quilómetros por hora.
Uma situação «caótica», referiu Gil Martins, é aquela que combina as condições meteorológicas referidas mais temperaturas mínimas superiores a 20º e mais de 30 dias sem chuva.
Contudo, o comandante nacional lembrou que 98 por cento dos incêndios são de origem humana, por negligência ou dolo. O workshop realizado integrou o ´briefing´ diário, por vídeo-conferência com a ANPC.
Neste ´briefing´, a meteorologista de serviço no IM apresentou as previsões do estado do tempo para hoje e para os próximos dias, focando-se sobretudo nos parâmetros que podem estar relacionados com os incêndios: temperatura, vento e humidade.
Neste encontro com a ANPC ficou a saber-se que sábado as temperaturas vão subir ligeiramente em Portugal continental, voltando a descer no domingo devido à acção de uma depressão vinda do Atlântico.
No domingo existe a possibilidade de aguaceiros na litoral a norte do cabo da Roca.

F: Lusa

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