terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Emigrante na Austrália com queixas

O Governo português diz que nenhum cidadão nacional a residir na Austrália pediu apoio às autoridades consulares devido aos incêndios, enquanto um emigrante lamentou um telefonema do cônsul em Melbourne criticando-o por ter falado à Imprensa.

De acordo com fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, ouvida pela agência Lusa, "há 15 mil portugueses nas zonas mais afectadas pelos incêndios" e, "até agora, nenhum pediu qualquer apoio às autoridades portuguesas ou australianas".

Mas um português atingido pelos incêndios havia denunciado, anteontem, um "vergonhoso" alheamento das autoridades diplomáticas e consulares portuguesas.

Tais críticas foram consideradas "um disparate" pelo cônsul português em Melbourne, e Luís Geraldes disse, ontem, ter recebido um telefonema pouco afável de Carlos Lemos: "O cônsul ligou-me a ralhar, com uma atitude autoritária, por ter dito aquilo à Imprensa".

Este cidadão referiu, também, que o apoio está a ser prestado pelo Governo australiano, reclamando "apoio psicológico e moral" das autoridades portuguesas presentes na Austrália.
Na opinião deste emigrante, as autoridades que representam Portugal na Austrália deviam contactar os cidadãos portugueses na região afectada pelos incêndios, oferecendo apoio, algo que, garante, não está a acontecer.

Tais críticas parecem não fazer sentido para o Governo português. Assegura a fonte do gabinete do secretário de Estado que a situação está a ser acompanhada, salientando que o normal é que, em caso de necessidade, sejam os cidadãos afectados a solicitar a ajuda do consulado ou da embaixada.

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