sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Agrária quer formar agentes municipais

A ESA, do Politécnico de Castelo Branco, quer vir a formar os trabalhadores dos Serviços Municipais de Protecção Civil. Apresentou a candidatura junto da ANPC e tudo indica que vai ser aprovada.
A Escola Superior Agrária (ESA), de Castelo Branco candidatou-se ao Sistema de Formação dos Trabalhadores dos Serviços Municipais de Protecção Civil.

Como explica o director da escola, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) criou esta possibilidade e definiu um conjunto de competências que devem fazer parte da formação destes agentes. Depois definiu as entidades formadoras, reconhecidas, como o Regimento Sapadores de Bombeiros, a Escola Nacional de Bombeiros e o Centro de Formação Autárquica.

“É evidente não são suficientes e a ANPC abriu o leque a outras entidades com capacidade de formação. Atendendo a que temos já um curso de Protecção Civil, em interdisciplinaridade com a Superior de Tecnologia, decidimos avançar”, diz Celestino Almeida.

De resto, a ESA conta já com um CET – Curso de Especialização Tecnológica, de grau 4, em Protecção Civil, (já na segunda formação). “Os alunos deste curso saem com diploma profissional, se bem que muitos dos que se matriculam no CET têm sempre aspiração de entrarem na licenciatura, porque essa possibilidade está prevista, mas o curso é essencialmente profissionalizante”, continua o director da escola.

Para além da licenciatura, a escola disponibiliza, ainda, três mestrados que, não sendo específicos em protecção civil, abarcam áreas que lhe são complementares, como: Sistemas de Informação Geográfico, Monitorização de Riscos Naturais e Sustentabilidade dos Sistemas e Tecnologias e Sistemas Florestais.

“Neste quadro propormo-nos formar os trabalhadores dos Serviços Municipais enquadra-se perfeitamente nos nossos objectivos. Uma vez que temos toda a linha da formação do ensino superior, ao nível da protecção civil, fazia todo o sentido apostar nesta área”, reitera Celestino Almeida.

A ANPC apresentou um leque de módulos, nas áreas de Direito e Protecção Civil, Tecnologias e Protecção Civil, Riscos Naturais e Tecnológicos, Ordenamento do Território e Planeamento de Emergência. Cada uma destas cinco áreas desdobra-se em vários cursos e a ESA escolheu aqueles que mais tocam e se relacionam com esta área geográfica.

“A ideia é dar resposta às necessidades de formação da área neste território, embora na licenciatura e mestrados se aborde tudo. Nesta área de formação profissional, que é mais orientada, tentámos ajustar a nossa proposta àquilo que nós entendemos que são as necessidades da região”, explica Celestino Almeida.

Ainda segundo o director da Agrária, para além do ensino superior politécnico, a ESA tem um Centro de Formação reconhecido. As exigências da ANPC passavam apenas por uma dessas condições. “Nós temos as duas, pelo que não vejo razão para esta candidatura ser inviabilizada”, concretiza.

Ainda tudo está no inicio e agora resta esperar pela aprovação da candidatura. Depois, há que negociar todas as condições e molde como a formação se vai desenvolver.

“Já contamos no nosso quadro de formadores com ex-alunos nossos. Todas as contratações ou prestações de serviço passam por aí. Contamos com eles já nesta linha de formação, essencialmente no CET e eventualmente nesta formação profissional”, conclui Celestino Almeida.

Nuno Caseiro é o coordenador do curso de Engenharia de Protecção Civil e irá acompanhar em termos pedagógicos toda esta formação.

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