segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eólicas a "reflorestação" do século XXI

No tempo dos nossos (bisa) avós as montanhas eram reflorestadas por lindíssimas árvores desde o pinho, castanheiro ao carvalho e hoje, os monopolistas das distribuições energéticas fazem-no de maneira diferente, valem-se do factor “energias renováveis (limpas)” para atulhar as montanhas de enormes aglomerados de ferro com base em fins lucrativos de largos milhões de euros.

Quem desce pela EN-338 da Portela do Arão até à Vide (vale de origem glaciária de extrema beleza) dando continuidade ao Piodão, o que nos chama atenção é a Serra do Açor cada vez mais repleta de ferro e enormes ventoinhas para produzir as chamadas energias amigas do ambiente mas a reflorestação da verdadeira floresta, a mais importante, é simplesmente “esquecida” por quem dá o parecer favorável à construção destes autênticos monos.

Sérias dúvidas se são ou não feitos estudos de impacte ambiental o certo é que crescem umas atrás das outras e que se estendem por vários quilómetros centrados principalmente nos topos das montanhas criando uma estranha floresta que em vez de bela e verde mais parece um planeta desabitado idênticos aos que costumamos ver nas séries televisivas de ficção.

Todos nós temos conhecimento que as empresas responsáveis por estes projectos são aquelas que ao fim de cada ano vemos aumentados os seus lucros em avultados milhares de euros e em proporção pagam às freguesias beneficentes apenas um bochecho relativamente ao aluguer destes terrenos baldios, mas não é tudo, os moradores de algumas aldeias mais desfavorecidas queixam-se agora de barulhos que não existiam anteriormente, do impacte paisagístico negativo fruto das construções abusivas que vão devassando as montanhas que doutras freguesias também fazem parte já que por mais não seja da beleza que outrora era unicamente coberta por vegetação e queixam-se sobre tudo de em nada beneficiarem na energia que pagam nos seus domicílios cada vez mais cara.

São cada vez mais edificadas torres eólicas montanhas acima e abaixo, o ambiente e a sua biodiversidade estão cada vez mais degradados e abandonados. Os governantes deste país criam leis para que as ditas energias renováveis sejam o futuro de um país mais limpo mas não se dão conta que a verdadeira reflorestação é a mais urgente, a mais necessária ao subsistema humano e enquanto isso, as malditas torres vão ganhando terreno não sei se para fabricar energia, movimentar o pouco oxigénio puro da atmosfera ou para enriquecer os que são cada vez mais ricos.

Enviado por: majo

3 comentários:

  1. Assim que vi e li esta publicação no faceboock achei-a interessante e lembrei de um trabalho que ainda há muito pouco me serviu de base a um trabalho semelhante... foi notícia no jornal económico, em 29/07/2010 o texto que se segue:

    A eléctrica fechou o primeiro semestre do ano com um lucro de 565 milhões de euros, 18% acima do registado no mesmo período de 2009.

    Em comunicado enviado ao mercado, a EDP informa que o lucro atribuível a accionistas avançou 18% nos primeiros seis meses do ano para 565 milhões de euros.

    Os números saíram acima do esperado, uma vez que os analistas consultados pela Reuters esperavam que o lucro tivesse aumentado 11% no primeiro semestre, para 479 milhões de euros.

    A EDP explica em comunicado que o aumento do lucro nos primeiros meses do ano foi essencialmente suportado pela performance operacional no Brasil e também pelo desempenho da EDP Renováveis, a quarta maior éolica do mundo em capacidade instalada.

    A participada da EDP anunciou ontem que o seu EBITDA avançou 27%, para 343 milhões de euros no primeiro semestre de 2010.

    Já o EBITDA consolidado da EDP cresceu 14% para 1,83 milhões de euros até ao final de Junho, impulsionado, no Brasil, pela valorização do real, em cerca de 23%, e pelo aumento da procura, beneficiando também da consolidação dos activos adquiridos à Gas Natural e ainda de maiores proveitos regulados nas actividades de gás em Portugal e Espanha.

    Os custos operacionais subiram, por seu turno, 7% para 898 milhões de euros, a reflectir o aumento da actividade nas áreas de produção, a valorização do real, e as condições meteorológicas adversas no Brasil.

    Em termos de energia distribuída, registou-se um aumento de 23% no primeiro semestre face ao período homólogo, sendo que na Península Ibérica esse aumento foi de 5,1% para 30.443 gigawatts/hora, com a recuperação da procura no segmento industrial, diz a empresa no mesmo comunicado.

    As acções da EDP subiram 0,4% para 2,53 euros na sessão de hoje.

    SR. MAJO, GOSTEI DA SUA REFLEXÃO, GOSTEI DO MODO COMO TOCA NA FERIDA DA FLORESTA, GOSTEI DAS FOTOS QUE ACOMPANHAM O TEXTO, GOSTEI DA FORMA COMO SE MANIFESTA CONTRA OS QUE MILHÕES GANHAM E AMEI COMO FOCA A URGÊNCIA DA REFLORESTAÇÃO ONDE O GOVERNO DEVE DE IMEDIATO TOMAR MEDIDAS SÉRIAS.
    Ana Paula Guarda

    ResponderEliminar
  2. gostei dessa...
    os chamados lobis que comem tudo e não deixam nada

    ResponderEliminar
  3. majo és um crítico... mas tens razão, apoio-te 100%.

    Liliana Cardoso

    ResponderEliminar