Pedro Silva, presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros, manifestou "surpresa e indignação" e alertou "a população para a gravidade da situação que põe em causa serviços essenciais aos arcuenses, nomeadamente a emergência pré-hospitalar e a capacidade de resposta operacional em caso de emergência ou catástrofe". "É uma grande irresponsabilidade que o responsável máximo da Protecção Civil assuma um corte de relações com o primeiro pilar operacional que são os bombeiros", disse, ontem, em conferência de imprensa.
Atendendo à gravidade da situação os órgãos sociais solicitam uma audição pública com o executivo municipal a realizar com maior brevidade para o esclarecimento deste diferendo. Em causa estará a utilização de verbas recebidas pelos bombeiros para fazer face a despesas no período de incêndios. "O Plano de Emergência Municipal (PEM) foi accionado a 27 de Junho, mas já antes, havia bombeiros de outras localidades no concelho a quem tínhamos de pagar a alimentação e combustível. Com a verba que recebemos pagamos essas facturas. Não houve qualquer desvio de verbas. Com o PEM accionado, a responsabilidade das despesas passa para a autarquia que nos veio cobrar facturas que lhes correspondem", disse Pedro Silva.
O autarca, Francisco Araújo, diz que estas verbas foram um "adiantamento" para a época de incêndios tendo a Associação Humanitária "recusado saldar a despesa, obrigando o município a gastar 60 mil euros". Dada a despesa "havia verbas que não serão transferidas". Considera ainda que "as declarações dos órgãos sociais são abusivas, pois o município está disponível para apoiar o corpo activo".
JN
Sem comentários:
Enviar um comentário