Duarte Caldeira – Concordo. Há um maior número de ignições mas a área ardida é significativamente menor. Não só pelo Verão ter chegado em força apenas em finais de Julho, mas também pela maturidade dos bombeiros a combater os fogos na sua fase inicial e por haver melhor coordenação operacional.
– Como tem visto o papel político a tentar debelar este problema nacional?
– Os fogos sempre foram uma arma de arremesso político. Há espaços florestais ao abandono, ninguém liga ao mundo rural, não há um cadastro florestal actualizado, e as políticas correctivas têm tardado. Continuamos a ter uma floresta explosiva.
– O estado das florestas é então preocupante...
– Muito. Na limpeza das florestas, ainda há um longo caminho a percorrer. É vital um esforço entre municípios, bombeiros e particulares. Depois vêem-se as pessoas desesperadas a tentar proteger as suas casas.
CM
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