sábado, 30 de julho de 2011

Trinta viaturas prometidas há quatro anos por entregar

Duarte Caldeira diz ao i que os meses de Julho e Agosto vão testar cortes no dispositivo nacional.
Trinta das 95 viaturas prometidas em 2007 às corporações de bombeiros continuam ainda hoje por entregar, quatro anos depois. Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, disse ontem ao i que na próxima segunda-feira três corporações - Sertã/Arganil, Agualva-Cacém e Ponte da Barca - vão receber os carros prometidos na sequência de um levantamento nacional de necessidades realizado pelo Ministério da Administração Interna, a que se seguiu uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Ainda assim, quase um terço permanece por entregar, demora justificada com "falta de verbas e problemas com os carroçadores", adiantou Caldeira. "São viaturas necessárias e provavelmente hoje já existem outras lacunas", reconheceu.
Na segunda-feira, o responsável dos bombeiros vai reunir-se com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. O objectivo é propor uma alteração da comparticipação financeira do QREN, "a única via de modernização da frota de protecção civil", frisou.
A Liga dos Bombeiros Portugueses pretende que as associações humanitárias de bombeiros passem a ter o mesmo patamar de comparticipação previsto para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), ou seja, 85%. Na última candidatura, o QREN financiou as aquisições 70%.
Teste em Julho Segundo o último relatório da Autoridade Florestal Nacional, no primeiro semestre arderam duas vezes mais hectares do que em 2010, num total de 10 494. As condições atmosféricas são semelhantes às de 2008, diz a AFN, mas se se comparar os balanços até 15 de Julho, este ano ardeu o dobro da área.
Caldeira diz que ainda é cedo para estabelecer uma relação de causa-efeito com os cortes no dispositivo (menos 775 homens e menos 158 viaturas). "Terá mais a ver com o abandono dos espaços florestais e a imprevidência das pessoas, apesar de toda a sensibilização."
Julho, Agosto e Setembro representam, tipicamente, 60% da área ardida. Caldeira nota que só nas próximas semanas será feito um teste ao dispositivo, quando se registarem mais de 250 ocorrências diárias. Em Julho, essa barreira só foi ultrapassada nos últimos dias. Quarta e quinta-feira houve 677 fogos.
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