sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dispositivo de combate a incêndios de Castelo Branco perde quatro meios aéreos

O Distrito de Castelo Branco vai ver reduzido o número de meios aéreos no dispositivo especial de combate a incêndios florestais para este ano, passando a contar, na Fase Charlie, com três helicópteros, dois ligeiros e um médio.

No ano passado, além destes meios, o distrito contava com mais dois Dromaderes e dois Air Tractor (aviões).

Segundo informação avançada hoje em Castelo Branco numa apresentação do dispositivo de combate, os helicópteros vão ficar instalados nos centros de meios aéreos (CMA) de Castelo Branco, Proença-a-Nova e Covilhã e a sua área de intervenção passa dos 35 para os 40 quilómetros.

O comandante operacional distrital de Castelo Branco da Autoridade Nacional de Protecção Civil afirmou que esta redução reflecte a estratégia nacional, «tendo em conta que foram retirados do dispositivo nacional todos os meios de asa fixa, nomeadamente os Dromaderes e os Air Tractor existentes nos últimos anos».

Rui Esteves referiu que a nível nacional vão estar disponíveis dois Air Tractor’s anfíbios, um deles sediado em Seia, no distrito da Guarda, disponíveis para o ataque ampliado.

A governadora civil manifestou alguma preocupação em relação a estes cortes, mas afirmou que vai existir uma atenção ainda mais reforçada por parte da GNR junto das áreas agrícolas e florestais.

«Não podemos estar a exigir meios aéreos que depois não venhamos a necessitar», disse Maria Alzira Serrasqueiro.

A responsável recordou que estavam previstos mais seis meios aéreos que não chegaram a ser contratualizados porque o Governo entrou em gestão, frisando que um desses meios estava destinado a Castelo Branco.

Por seu lado, o comandante operacional nacional adiantou que Castelo Branco mantém os mesmos centros de meios aéreos e o mesmo número de helicópteros.

Vaz Pinto destacou que «apenas alguns aviões agrícolas foram retirados deste dispositivo distrital. Esta foi a solução encontrada e que nos pareceu bastante acertada».

O comandante nacional lembrou que, se for necessário, poderá fazer-se uma análise da situação, tendo em conta o índice de risco e o número de ignições, e poderá ser deslocado um meio nacional se as condições meteorológicas assim o ditarem.

«Os meios aéreos são nacionais e pode sempre fazer-se o seu balanceamento se as condições meteorológicas forem adversas», frisou.

Na Fase Bravo, até 30 de Junho, o dispositivo distrital de Castelo Branco conta com 428 recursos humanos e 102 técnicos terrestres, com o apoio de 11 postos de vigia, dez da Rede Nacional e um privado.

Dois helicópteros ficam disponíveis a partir de dia 15 de Junho - um bombardeiro médio em Castelo Branco e um ligeiro na Covilhã.

Na Fase Charlie, a mais preocupante, que decore entre 1 de Julho e 30 de Setembro, vão estar no terreno no distrito albicastrense 675 recursos humanos e 142 recursos técnicos terrestres.

O Centro de Meios Aéreos de Proença-a-Nova conta, nesta fase, com mais um helicóptero, também ele ligeiro.

SOL/Lusa

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